Marinela Cerqueira

História Social de Angola

Marinela Cerqueira é licenciada em Economia pela Faculdade António Agostinho e Neto, Pós graduada em Administração e Gestão de Desenvolvimento, pioneira do sector de micro finanças angolano, fundadora e coordenadora do projeto História Social de Angola – HSA, que tem como principal objetivo coletar memória oral dos angolanos e disponibilizar conteúdos aos construtores da história social de Angola no período Pós Independência e autora do livro “A Juventude Angolana no Período Pós Colonial: Contribuição a Análise Qualitativa”.

Comecemos a nossa conversa por conhecer um pouco melhor quem é Marinela Cerqueira e em que momento se começou a interessar por estes temas?

Nasci em Cacolo na província da Lunda Sul em Angola, passei a infância na região  cafeícola de Calulo, filha da única enfermeira naquele localidade e do Oficial do Registo Civil, cresci a brincar com crianças da escola primária e da missão católica,  a observar as diferenças sociais entre as populações locais, entre fazendeiros portugueses e alemães e a atuação da administração pública colonial.

Passei o resto da minha vida em Luanda e sou descendente das gerações que lutaram pela independência e participei ativamente em ações sociais em várias fases do desenvolvimento do meu país.

A tradução de artigos de imprensa sobre a guerra, as viagens pelo mundo e o trabalho com comunidades excluídas dos municípios do Sambizanga, Cazenga e Kilamba Kiaxi na capital angolana levaram-me a reviver algumas  desigualdades que pude observar em criança.

Até estudar Administração e Gestão de Desenvolvimento na Universidade de Manchester no Reino Unido estava convencida sobre a irreversibilidade da pobreza dos países em desenvolvimento. Esta experiência académica incluiu a visita de estudo ao Srilanka, estudar o projeto de desenvolvimento do Dubai, etc., demonstraram rumos ao desenvolvimento integrado. Portanto, estes temas sempre estiveram presentes e o meu “alarme social” tocou em 1998.

Quando é que surgiu o interesse pela história social de Angola?

Quando o meu tutor Sam Hicks chamou a atenção sobre a falta de “bom” material académico para teses sobre a maioria dos países africanos e defendeu usar este período de escrita para aprimorar o conhecimento sobre outros países, pois teria o resto da minha vida para estudar e escrever sobre Angola,  em 2003 a biblioteca do Instituto de Políticas e Gestão de Desenvolvimento – IDPM (na época uma das três maiores instituições de estudo e investigação de desenvolvimento )  se limitava pouco mais  a literatura africana sobre o Gana, Uganda e Quénia, por coincidência os países onde o FMI, Banco Mundial, outros doadores e policiais sociais tinham implementado com sucesso os famosos programas sociais de redução de pobreza. Na época, já era ativista do movimento Jubileu que lutava contra o sistema de pagamento das dívidas financeiras impostas aos países em desenvolvimento, já nos questionamos sobre as dívidas sociais como a da escravatura e outras do primeiro mundo, por isso aceitei ser testemunha da dívida da guerra de Angola no Tribunal Mundial Social em Porto Alegre. De regresso a Angola participei ativamente na tentativa de criarmos a Associação dos Ex-bolseiros do British Council, já com o objetivo de criarmos uma plataforma onde as teses de africanos e sobre África estariam acessíveis as academias africanas, havia que reunir habilidades para facultar material académico que chamasse atenção dos estudantes para a urgência da investigação e pesquisa das suas sociedades com base em material académico e histórico construído por nacionais.

O que a levou a escrever o livro?

A preocupação e o dever das gerações que viram o país Angola a “renascer” (antes do Mapa Cor de Rosa os Reinos Africanos que hoje integram o território de Angola já existiam), deixarem seu legado escrito  com recurso a memória oral e imaterial, porquê que não são reunidas condições para a  história de cada povo ser escrita pelos seus cidadãos?

Mas, a razão principal foi descrever como os factos ocorreram, quais os sentimentos e outros valores imensuráveis (até Amartya Sen os mensurar), como as tradições, a cultura e as liberdades trazidas pela independência, enfim inspirar as gerações futuras a perceberem que o desenvolvimento é um processo possível, a registarem os factos sociais, transcrevendo as memórias dos seus avós, tios, familiares, amigos   e através da sua história social obterem caminhos apropriados, evitarem repetição de erros e imposição de modelos bem sucedidos noutras geografias, mas que em África fracassaram.

Como nasceu o livro “A Juventude Angolana no período Pós-colonial”? E a ideia de passar o livro para uma plataforma digital, como surgiu?

Coloquei as minhas memórias no papel durante um fim de semana tranquilo em minha casa e fui timidamente falando com alguns amigos, uns encorajaram, um  gigante da narrativa nacional disse “isto não vale nada”. No entanto, quando houvesse maiores dramas na pobreza do meu país, agarrava-me ao rascunho, dizendo-me “és obrigada a fazer alguma coisa por estas gerações, a tua geração foi capaz de lutar por Angola”.

Durante um período difícil na vida de uma amiga começamos a passar o resto da noite a abordarmos assunto tão sensível, o bem estar dos angolanos no seu todo e contava alguns episódios que ela tinha ouvido falar, pois crescera em Portugal.

Aquilo ajudava a remexer as minhas memórias e comecei a afinar a metodologia. Era definitivo descrever  factos sociais, mas de forma organizada, a ideia sempre foi ordenar as memórias coletadas e classificá-las de acordo às necessidades primárias do ser humano.

Tracei o perfil dos primeiros depoimentos evitando figuras públicas e políticas, a ideia é aproximarmos o mais possível das comunidades  (auto) excluídas. O livro foi a etapa experimental do projeto maior. Como era assente na minha autobiografia, selecionei amigos e conhecidos, cuja trajetória de vida se cruzou com a minha, em muitos momentos testemunhamos os mesmos factos sociais, método permitido em ideias emergentes e que serviu de ensaio para o formato atual dos depoimentos. 

A ideia da continuidade via plataforma digital surge da disponibilidade das tecnologias de informação e a inovação permanente destas aplicações e suas ferramentas. Elas ajudam a contornar e reunir a  provar as descrições da memória oral e material. Por exemplo, nos depoimentos publicados na plataforma História Social de Angola (https://historiasocialdeangola.org/), já foram descritos factos e feitas recomendações cujos pormenores sociológicos se complementam (estes depoentes não se conhecem, pertencem a famílias e a classes sociais diferentes, do sul e do norte, residentes em Angola e em Portugal, alguns dos quais residem na Europa desde a década 80), mas  por alguma razão apresentam pontos de vista comuns, entre as quais foram partícipes e testemunhas dos mesmos factos sociais da história de Angola e até dos PALOP´s,  esta forma de triangulação ocorre desde os primórdios da etnografia. 

Como é que se sente por ter lançado algo importante para a juventude angolana?

Incapaz por não fazer mais, precisamos de fazer mais, a população angolana é maioritariamente jovem abaixo dos 25 anos de idade e precisa de esperança. Exercer a cidadania é também cada um contribuir com as habilidades que possui, podia fazer um master ou PhD, mas sinto contribuir muito mais se usar as habilidades adquiridas com todos lusófonos.

Qual é a importância dos angolanos contarem as suas memórias/histórias para o mundo?

A globalização e as TIC´s trouxeram novas formas de investigação e divulgação, hoje em dia se os países do norte facilitarem o acesso aos centros de investigação digital a academia e a sociedade civil pode coletar e distribuir informação sobre a história social de Angola e dos PALOP construída por nacionais, pois  todas elas se cruzam pelo denominador comum, a lusofonia, mas a memória humana é indispensável, a memória artificial ainda não deve dispensar a  humana na totalidade.

A memória oral e material preservada deve ser historiografada e traduzida nas línguas dominantes da academia como a língua inglesa. Por exemplo, os missionários historiaram a sua contribuição às sociedades locais, ainda há angolanos vivos que podem testemunhar, contrapor ou complementar descrevendo as suas perspetivas sobre os factos.

Não menos importante, é a história do pós independência, por não se reduzir somente a guerra, a assistência social e ao estado. O boom económico resultante da commodity petróleo também levou a formação de recursos humanos que tal como todos os países africanos não estavam disponíveis quando as “independências” foram conquistadas, há necessidade de estimular a produção de investigadores angolanos e alcançarem às novas gerações  indicando caminhos para soluções sociais.

Sabemos que o lançamento do livro em Portugal foi em Abril deste ano. Para quando o lançamento do livro em Angola?

A apresentação do livro seguiu o formato académico, o capítulo educação foi apresentado por uma colega de liceu a escritora Luísa Frestas, os restantes pela professora Antonieta Rosa Gomes e a plataforma digital pelo consultor Nuno Duarte, o prefacista esteve presente e a Guerra Paz, contamos com a moderação da Solange Salvaterra Pinto, os PALOPs estiveram representados por Portugal, São Tomé, Guiné Bissau e Angola, contamos com a presença de depoentes e de amigos numa manhã de sábado no antigo espaço de cultura lusófona o Espelho d’Água em Belém. O escultor Brasileiro Amary Machry respondeu ao apelo ofertando a escultura Trouxa de Escravos cujo leilão será feito brevemente.

Neste momento, a equipa do História Social de Angola está concentrada em captar suporte institucional da academia e financiamento. A transcrição e o registo de memórias com recurso aos audiovisuais é dispendioso, até agora trabalhamos com poucos recursos humanos e financeiros. Alguns potenciais parceiros têm aberto oportunidades, esta entrevista é importante nesta fase de divulgação.

Temos divulgado via redes sociais e está à venda em Angola. Quanto a apresentação em Angola poderá acontecer no primeiro trimestre de 2023, temos understandings  com uma universidade privada e uma instituição pública. Pretendemos fazer oficinas de trabalho com instituições de estudo e de divulgação de audiovisuais como a rede de mediatecas pelo vínculo com os jovens.  

Neste momento reside em Portugal, mas tem uma equipa em Angola. Como é que faz esta gestão?

A residência temporária em Portugal criou espaço para concluirmos o livro, avançarmos com a plataforma digital e beber da academia, em Lisboa há congressos e debates académicos gratuitos e  a participação em conferências via web ajudaram na atualização das metodologias sobretudo os debates em torno  da  Descolonização das Mentes.

Ter amigos é fundamental para realizar novas experiências, estes amigos acreditaram e abraçaram o projeto ao ponto de trabalharem de forma voluntária e mais uma vez o whatsapp e o google drive facilitam. Contei com a participação de angolanos a residir em Portugal como o DJ  Johnny  e o Higino Octávio na área de fotografia e imagem. Da Alemanha recebemos o apoio da Elisa Costa da Universidade de Basel. A revisão das primeiras 80 páginas e os depoimentos realizados em Luanda foram da responsabilidade de Isilda Hurst. A Sónia Cançado, coordena as atividades em Angola, trabalhamos diariamente. A produção audiovisual está sob responsabilidade do Djassy Quissanga e do Jorge Palma, dois angolanos que selecionaram o audiovisual como profissão e cuja paixão está demonstrada na qualidade dos documentários, três membros da equipa cresceram e formaram-se em Portugal. A criação e a gestão do portal são responsabilidade de uma equipa portuguesa. 

A participação dos depoentes  e terem  indicados outros tem sido crucial nesta fase,  facilitando as adaptações necessárias do modelo e neste momento nos sentimos mais seguros para selecionar as variáveis para a amostra da escalonagem do História Social de Angola. Seguimos a lógica de experimentação assente em “ pequeno é bonito, mas o grande é necessário”.

Quais as dificuldades sentidas no início do projeto?

Levar os três sectores (público, privado e social) a abraçarem o projeto e reconhecerem a sua emergência. A descolonização da academia é o nosso maior desafio, fazer acreditar que cidadãos que tenham o saber fazer podem desencadear esses processos, o segundo maior desafio é os angolanos aderirem e disponibilizarem memórias materiais e imateriais e finalmente o investimento financeiro. A receita é sempre a mesma, mudam os ingredientes da adaptação de modelos bem sucedidos assentes nos princípios padrão.  

Quais os atuais projetos do HSA? O que é preciso fazer para abraçar o projeto HSA?

O projeto é muito simples, limita-se a estar disponível para depositar (com verdade) as memórias orais e materiais e permitir a divulgação na plataforma para que os historiadores, etnógrafos, sociólogos e outros especialistas analisem e usem o material coletado.

Como afirmamos ao longo da entrevista pretendemos parceiros com sentido de pertença, o HSA pertence a todos predispostos a depositarem as suas memórias e está desenhado para ajustar a plataforma digital à dinâmica dos depoentes. Por exemplo, quando aparecer o primeiro depoente a depositar diretamente as suas memórias, sem precisar dos nossos serviços caberá à curadoria validar o depoimento e este será depositado pelo próprio e pode sempre ser complementado.

A experiência já demonstrou a predisposição faseada consoante os donos das memórias vão se  sentindo mais confortáveis e empolgados com o HSA, afinal estão a partilhar a sua história pessoal, da sua família, da sua escola, do seu empregador, dos seus tempos livres, hábitos e costumes, etc.

Trata-se de um processo de resgate da história social, privilegiando cidadãos comuns, alguns dos quais jamais teriam condições de tornar a sua história de vida  intemporal, queremos incluir pessoas não letradas digitalmente e com baixo nível de literacia; também queremos que estes cidadãos comum também aceda facilmente ao HSA, imagine ouvir um áudio via mensagem áudio ou clicar na mensagem via whatsapp.

Em África a internet ainda oferece pouca acessibilidade, paga-se menos ouvindo áudios ao invés de baixar um audiovisual, o nosso objetivo é disseminar a história social de Angola o mais profundamente, começamos a ter algum material em línguas nacionais, pois alguns dos nossos anciãos não se expressam em português.

Já o dissemos que o HSA precisa de muitos abraços e afetos das comunidades lusófonas, precisamos da tradução do nosso trabalho em línguas europeias para alcançar os doadores, o suporte da academia lusófona devia chegar em primeiro lugar, a brasileira está avançada na construção e reconstrução da história social recorrendo à memória oral.

A sensibilização dos arquivos centrais e locais apoiaria este projeto, recentemente fomos convidados a partilhar o HSA junto a comunidade prisional angolana em Portugal, alguns destes jovens pouco conhecem do seu país, sobretudo os descendentes nascidos em Portugal. 

Que expectativas têm relativas ao projeto HSA?

Temos fé e esperança nas instituições as quais já apresentamos o projeto incluindo os abraços trocados com algumas instituições nacionais, internacionais e também com pessoas singulares.

O feedback dos leitores tem sido emotivo, na sua maioria afirmam estar a reviver a sua própria vida uma vez que o livro e a plataforma serem transgeracionais, como o prefacista o Professor Octávio Serra Van-Dúnem afirmou na apresentação em Lisboa e outra expectativa é aceitarmos o desafio proposto por este reconhecido académico angolano em facilitar com que este trabalho se torne referência aos seus e  a outros estudantes.

A meta para 2023 é a doação de recursos para alcançarmos 1000 depoimentos, é desafiante? Sim, mas o financiamento necessário depende da boa vontade de fortes doadores como a Banca Angolana e do esbatimento de algumas rubricas orçamentais, se a academia nacional aceitar o desafio de participar na coleta, formação e tradução destas memórias.

E os descendentes de lusófonos mesmo a distância podem colaborar se for incentivada e os seus projetos forem apoiados via corpo diplomático, organizações internacionais e nacionais representadas nos países onde vivem. Prevemos residências de investigação junto às comunidades angolanas para coletarmos as suas memórias.

Estas expectativas fazem parte da Proposta aos Doadores que podemos remeter aos interessados.

Desafios e projetos para 2023? Quais os projetos que pretende desenvolver?

Parte da resposta está plasmada na pergunta anterior, reunir recursos para as expectativas se tornarem ações. Contudo, daremos continuidade de acordo à boa vontade da equipa em Angola. Em Portugal trabalho sozinha e estes depoimentos realizados em Lisboa ainda não dispõem de audiovisual  por falta de voluntários nesta área.

Outros estão em construção e o primeiro da rubrica “Para Além das Minhas Memórias”, apresenta as memórias de uma médica matriarca de uma família tradicional do sul de Angola que pela sua profundidade ainda se encontra em construção cuja primeira parte está publicada.

Esta depoente na sua mais recente digressão ao solo pátrio está a validar memórias na sua terra natal junto aos seus contemporâneos (por falta de recursos não participamos nesta expedição), esta é uma iniciativa que retrata o sentido de pertença e a importância do HSA para esta cidadã do mundo cujo trabalho de memórias iniciou pouco antes do lançamento do livro e nos levou a uma importante memória material  responsável pelo acomodação de estudantes africanos alguns dos quais viriam a assumir lideranças nos seus países. 

Outro desafio é compor a equipa para escalonar a amostra e alcançar 1000 depoimentos envolvendo a diáspora angolana residente nos países lusófonos e os lusófonos residentes em Angola que contribuíram para a história social de Angola.

Uma mensagem para as Comunidades Lusófonas.

Na mesma linha de pensamento da ativista social Solange Salvaterra Pinto e da Professora Antonieta Rosa Gomes expressas na apresentação em Lisboa desafiamos os outros PALOP´s a prosseguirem projetos congéneres e a estabelecerem parcerias para a concretização das dimensões sociais da história dos nossos países. A comunidade Lusófona brasileira reúne condições para a aceleração destas parcerias e que continue a promover estas técnicas de memória oral entre as comunidades lusófonas africanas.

As outras comunidades lusófonas podem trabalhar em parceria em iniciativas da história social das suas comunidades que acabará por traduzir a participação destas comunidades na história dos seus países e na dos  países de residência.

Os lusófonos devem interagir com base no seu maior veículo de comunicação e de identidade – a língua portuguesa, com inclusão daqueles lusófonos que não a utilizam como instrumento de conhecimento, pois por diversas razões alguns descendentes não falam a língua portuguesa, mas ainda há tempo de a aprender. 

Estas dicotomias estão ligadas a questões ideológicas, a leis de emigração, as condições sociais, de residência e de nacionalidades, maioritariamente  globalizadas com recurso a novas palavras como a afrodescendência, o eurocentrismo, lusodescendentes e outras.  Há africanos descendentes dos PALOPs que não se classificam como afrodescendentes ou lusodescendentes, palavras emergentes, pertencentes a  contextos específicos que foram generalizadas, outros quando adquirem terceiras nacionalidades e residências cortam o cordão umbilical com o solo pátrio, peço as comunidades que reflitam sobre esta matéria e sobre a história social dos nossos países. O resgate da história material bantu, conhecido ou transformado em lusófono   pertencente a instituições públicas e privadas como museus e fundações, integra a evolução de um dos maiores movimentos do Séc. XXI vulgarmente conhecido como Descolonização das Mentes,  há passos neste sentido e os lusófonos devem seguir exemplos  como a exposição  permanente  Slavery & the Bank  que retrata como “a escravatura moldou o desenvolvimento económico da Britânia” patente  no museu do Banco Central do Reino Unido e esculturas com memória imaterial (imagens e textos) ao redor da City of London.

  • Maria João Swart
    2 anos ago Publicar uma Resposta

    Felicidades Marinela Cerqueira!

  • Luísa Fresta
    2 anos ago Publicar uma Resposta

    Excelente entrevista! Fica-se a saber mais sobre o projeto, fundamentos e suporte teórico. Sucessos, Marinela!

    • História Social de Angola
      2 anos ago Publicar uma Resposta

      Maria João Stuart, feliz em saber que este veículo lusófono restabelece o nosso contacto.

    • Marinela
      2 anos ago Publicar uma Resposta

      Luísa Fresta
      O conteúdo e a dimensão a alcançar nos transcendente, alguns ddeslumbram o horizonte, a outros teremos de partilhar que quando um povo galma uma montanha a visão de cada um é fragamento da história desta montanha, abraço ererno por depois da adolescência no Salvador Correia, comungarmos dos mesmos ideiais.

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