Fortalecimento das Relações entre a AILD e o Conselho das Comunidades Portuguesas

A Associação Internacional dos Lusodescendentes (AILD) tem vindo a manter uma relação de proximidade com o Conselho das Comunidades Portuguesas de forma regular através da participação do CCP na revista “Descendências”, que mensalmente assina um artigo de opinião através dos seus diversos conselheiros, mas também, através de contactos diversos, quer com o presidente do Conselho Permanente, quer com diversos conselheiros de diferentes círculos eleitorais/países.

O CCP como sabem é um órgão composto por um máximo de 90 membros, eleitos pelos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro que sejam eleitores para a Assembleia da República, estando atualmente eleitos 76 Conselheiros em 52 Círculos Eleitorais, decorrente das eleições realizadas a 26 de novembro de 2023.

E é precisamente na sequência de todos estes contactos, mas também, da ideia que sempre defendemos que o CCP é um órgão extremamente importante, que sempre elogiamos, que tem vindo a ganhar forma e dimensão a ideia e o desafio do fortalecimento das relações entre a Associação Internacional dos Lusodescendentes (AILD) e o Conselho das Comunidades Portuguesas enquanto passo crucial para garantir um futuro próspero e coeso para as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Essa sinergia oferece inúmeros benefícios, tanto para a AILD e associações das comunidades como para os lusodescendentes em geral.

Permiti-me fazer uma reflexão mais aprofundada para explicar e justificar o porquê dessa relação ser tão importante:

Representação Unificada: Ao trabalharem em conjunto, a AILD e o Conselho das Comunidades Portuguesas podem representar de forma mais eficaz os interesses dos lusodescendentes perante os governos de Portugal e dos países de acolhimento. Essa representação unificada aumenta o peso político e diplomático das comunidades, facilitando a defesa de seus direitos e a promoção de suas causas.

Ampliação de Redes: A AILD, com sua abrangência internacional, e o Conselho das Comunidades Portuguesas, com seu foco nas relações com o governo português, podem criar uma rede mais ampla e robusta de contactos. Essa rede pode ser utilizada para facilitar a troca de informações, a partilha de boas práticas e a mobilização de recursos.

Fortalecimento da Identidade: A colaboração entre as duas entidades contribui para fortalecer a identidade lusodescendente, promovendo a cultura, a língua e os valores portugueses nas comunidades espalhadas pelo mundo. Essa identidade compartilhada cria um sentimento de pertença e estimula a participação ativa dos lusodescendentes na vida das suas comunidades.

Desenvolvimento de Projetos: A AILD e o Conselho das Comunidades Portuguesas podem unir forças para desenvolver projetos conjuntos que beneficiem os lusodescendentes, como programas de educação, cultura, empreendedorismo e apoio social. Esses projetos podem contribuir para o desenvolvimento das comunidades e para a promoção da integração dos lusodescendentes nas sociedades de acolhimento.

Além disso, ao trabalharem em conjunto, as duas entidades podem exercer uma maior pressão política para a implementação de políticas públicas que beneficiem os lusodescendentes, como a facilitação da cidadania portuguesa, o reconhecimento de qualificações profissionais e o apoio à criação de associações de lusodescendentes.

Importa olhar para este desafio como uma oportunidade, ou seja, a crescente diversidade e complexidade das comunidades portuguesas representam um desafio, mas também uma grande oportunidade para a AILD e o Conselho das Comunidades Portuguesas. Ao trabalharem em conjunto, as duas entidades podem encontrar soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelos lusodescendentes, tais como: Projetos concretos que poderiam ser desenvolvidos em conjunto; Desafios específicos enfrentados pelas comunidades portuguesas em diferentes países; Estratégias para fortalecer a participação dos jovens lusodescendentes nas atividades das associações; O papel da tecnologia na conexão entre as comunidades portuguesas, entre tantos outros.

Fica assim a ideia já em estado avançado, cujo desafio será colocado em cima da mesa após a reunião plenária do CCP agendada para o início de outubro de 2024, onde será constituído o novo Conselho Permanente e as Comissões Temáticas, e portanto, já com os rostos com quem poderemos conversar e encontrar pontes de entendimento, vincando assim a nossa forma de ser e de estar, a colaboração e cooperação, onde seguramente, “juntos iremos mais longe”.

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