40+Lab
Empresa associada do mês
Pode-nos contar um pouco sobre o seu percurso profissional da Ana João Sepúlveda antes de se tornar CEO da 40+Lab?
Eu comecei por estagiar em estudos de mercado, depois de fazer a licenciatura em sociologia pela Nova. Em seguida, e a propósito de um livro que escrevi (Marketing Político na Internet, em 2020) foi parar à MentorIT, na época a empresa de consultoria da Novabase. Quando saí, voltei aos estudos de mercado, numa multinacional que foi, entretanto, comprada pela Ipsos. Depois disso criei a 40+ Lab, onde estou até hoje.
Ana, fale-nos sobre a história da 40+Lab e como a empresa tem evoluído ao longo dos anos.
A 40+ Lab foi um feliz acidente de percurso, ou seja, não foi de todo algo que tenha sido devidamente planeado.
Quanto em 2008 eu fiquei sem emprego, percebi que a área do envelhecimento seria uma área interessante de se trabalhar, principalmente ajudando as organizações a tirarem o melhor partido disso. Comecei a fazer uns projetos mais na área da saúde, como free lance e só montei a 40+ Lab em 2013. Durante muitos anos fiz projetos em áreas paralelas, até que o mercado começasse a perceber a minha oferta e posicionamento. A empresa cresceu a muito custo e com forte investimento financeiro da minha parte, porque não quis desistir, embora percebendo que teria de esperar uns anos até que o contexto me fosse favorável. Neste tempo fui construindo uma forte e muito bem qualificada rede de contactos, mais lá fora que em Portugal, e isso permitiu-me também crescer muito em termos de visão de mundo. Ao longo do tempo fui criando uma capacidade de perceber caminhos. Hoje estamos num novo momento de crescimento, com a internacionalização e com um afinar de foco e de oferta, que nos vai posicionar como uma das grandes empresas de consultoria estratégica, e não só, para a longevidade.
Pode partilhar um pouco sobre o seu percurso até criar a 40+Lab? O que a motivou a focar-se no tema da longevidade?
Como referi, foi um feliz acidente, porque me revejo totalmente naquilo que faço. Costumo dizer que sou daquelas pessoas que tem a felicidade de trabalhar na área que gosta e na maioria das vezes, com os clientes que gosta.
Depois de ficar desempregada, o que foi um dos momentos mais difíceis da minha vida, passei uns meses a tentar perceber onde me iria posicionar, porque tinha uma experiência de trabalho numa área que não me tronava competitiva no mercado da altura, onde alguns dos meus clientes, que traziam um currículo muito robusto, estavam no mercado e a criar as suas próprias empresas.
Comecei a estudar o tema do envelhecimento e a perceber quem liderava e onde. Foi a eventos e foi uma das minhas idas a Bruxelas que me fez perceber a complexidade do tema.
Percebi também que só se falava do aspeto negativo do envelhecimento das sociedades, embora umas vozes ténues, falassem em potencial de desenvolvimento económico. Foi isso que me atraiu.
Na altura achava que todos viam o mesmo filme que eu e que, por isso, seria fácil vender projetos de consultoria que ajudassem as marcas a tirar partido do mercado que se estava a desenhar. Não percebi que estava muito à frente e que este momento só se viria a concretizar perto de 2020, e que seria acelerado pela pandemia.
O facto de investir na construção de redes de relações e de fazer questão de falar com as pessoas que fazem parte da minha rede de contactos, ajudou-me tanto a perceber os caminhos de evolução do envelhecimento, como a formar um posicionamento e forma de estar e trabalhar.
Foi um longo percurso, de 2008 a 2020.
Que momentos ou projetos considera mais marcantes na sua trajetória profissional?
Tenho vários momentos que foram muito marcantes, e foco-me nestes tempos da 40+ Lab. Destaco alguns me que foram para mim marcos, tanto de crescimento pessoal como de crescimento da empresa.
Recordo-me de um quando nos chamaram para fazer um projeto de desenho de proposta de valor para um banco. Foi um bom momento, porque ganhámos o projeto pela nossa expertise, embora o resultado final, por questões internas do banco, não tenha sido aquele que queríamos. Mas foi um bom momento.
Outro, foi em 2021 quando a Gulbenkian nos chamou para um projeto em que fizemos um Benchmark para Portugal, na área da economia da longevidade. Foi a primeira vez que isso aconteceu, em que se colocou a economia da longevidade num estudo sobre cenários de desenvolvimento da economia nacional e por ser algo que eu queria que acontecesse faz muito tempo, fiquei muito feliz.
Mais tarde, quando a Impresa comprou e nossa ideia de fazer um projeto dedicado à longevidade, foi também um marco importante, porque sempre soube que o tema tinha de sais da bolha dos experts e passar para as ruas e a forma mais fácil e eficaz seria que o tema fosse adotado por um grupo de media.
Hoje temos o Expresso Longevidade, que vai nos seu terceiro ano de vida, e que está a ser muito gratificante, tanto pela forma como tem evoluído como pelos temas que têm sido debatidos. Tem sem dúvida, cumprido o seu papel, embora ainda haja muito espaço para crescer.
São 3 momentos que marcam objetivos que eu tinha traçado para a empresa e para o tema da longevidade, porque sou uma defensora da sua importância para Portugal e para as pessoas, em geral.
Qual é a missão da 40+Lab e como se diferencia de outras iniciativas na área do envelhecimento ativo?
A 40+ Lab, até ver, é a empresa de consultoria estratégica que é totalmente especializada na longevidade, em Portugal. Nós já não trabalhamos o tema do envelhecimento ativo, porque o incluímos na nossa visão da longevidade.
A nossa missão é trabalhar com os nossos clientes, parceiros, fornecedores e demais stakeholders para que todos tiremos o máximo partido da longevidade.
Acreditamos que a longevidade é um ativo para a sociedade, para as organizações e para as pessoas, que se deve manifestar na capacidade de que as sociedades têm de proporcionar a felicidade e a criatividade de todos, em todas as etapas da vida e em qualquer contexto. Isto quer dizer, que em termos ideais, a longevidade deve ser um veículo para o pleno florescimento das pessoas.
Sabemos que é hoje uma nova área da economia global, em desenvolvimento num cenário de envelhecimento das populações e de crescente intergeracionalidade. Por ser algo novo e complexo, a 40+ Lab posiciona-se como um agente que tem como missão trabalhar com os seus clientes / parceiros e outros stakeholders auxiliando-os a navegar neste novo “mar”, que tem tempos de bonança, mas também de tempestade. Ou seja, que tem aspetos muito positivos e outros muito complicados.
É este foco na longevidade, esta expertise construída ao longo de todos estes anos, a rede global onde nos inserimos e a maturidade da nossa equipa, onde contamos inclusivamente com uma pessoa altamente especializada na Inteligência Artificial, o que nos permite desenvolver projetos que unam longevidade e IA.
Pode destacar algum projeto ou iniciativa da 40+Lab que tenha tido um impacto significativo?
Aquele que teve, e tem tido, mais impacto foi sem dúvida o do Expresso Longevidade. Foi um projeto que teve de conquistar embaixadores internos, no Grupo Impresa, e que angariou logo o interesse tanto da Novartis, que se mantém como patrocinadora, como da Fidelidade.
Nestes 3 anos, ganhou espaço dentro dos canais do Grupo Impresa, passando para a antena da SIC e agora com podcast, que mantém um conjunto de entidades no Conselho Consultivo e que tem vindo a crescer em termos de público em geral.
Era o projeto que queríamos para ter porque sabíamos que o tema da longevidade tem de estar na praça pública, por isso continuamos interessados em projetos que nos permitam amplificar a temática da longevidade, porque esta é um dos nossos objetivos de impacto social, enquanto empresa.
Como vê o impacto do aumento da esperança média de vida na sociedade e nos mercados de trabalho?
Esta é uma área muito interessante de se trabalhar, porque temos hoje 3 ou 4 gerações a conviver num mesmo espaço de trabalho e com muitas semelhanças, mas também muitas coisas que não são comuns.
Esta pluralidade de gerações vê-se também, obviamente, na sociedade e a grande questão é como desenvolver uma sociedade onde queremos que todos vivam mais e melhor e que seja, simultaneamente, um espaço de significado para todos.
Isto impacta, em primeiro lugar a forma como pensamos a sociedade, as gerações e o contributo de cada uma. Ainda há um enorme trabalho a fazer na mudança de mentalidade para que todos percebam que necessitamos uns dos outros.
A longevidade trabalha-se hoje nos futuros pais e esse trabalho de hoje tem impacto nos netos daquela criança que vai nascer, assim o diz a ciência.
Isto quer dizer que, por exemplo, a forma como lidamos com a imigração hoje tem impacto nos futuros portugueses, filhos daqueles que hoje imigram.
Se continuarmos a promover uma sociedade que não está preparada para novos habitantes, e que os que vêm, das classes mais baixas, não têm hoje boas condições de vida, iremos pagar uma dura fatura mais adiante, porque os filhos destas pessoas vão ser portugueses com menos longevidade.
Isto para dar um exemplo de algo que se fala pouco, mas que terá um tremendo impacto na economia e na sociedade.
A bem dizer, a longevidade é transversal a praticamente todas as áreas da sociedade e por isso é fundamental que se perceba a sua importância e que existam políticas públicas que enderecem esta realidade demográfica, que é o facto das pessoas viverem mais tempo.
Em Portugal, o que falta para promover um envelhecimento mais ativo e saudável?
Eis uma pergunta de difícil resposta, porque se já foi feito muito, ainda não fizemos o suficiente. Já temos algumas boas políticas públicas, já temos alguma estratégia para procurar endereçar esta problemática, mas do meu ponto de vista, falta ainda muito. O caminho é longo e complexo e parece-me, muitas vezes, que já se fala em longevidade, mas usa-se a palavra para falar de envelhecimento. Ainda não se mudou o chip, como se diz.
É preciso mudar mentalidades, não somente em relação ao ser-se velho, que não deveria ter nada de negativo, deveria ser encarado como algo normal, mas em relação ao que é longevidade.
Do meu ponto de vista estamos na cauda dos países que estão a liderar este mercado. Insistimos em falar de envelhecimento quando a economia global fala, de facto, em longevidade.
Não temos uma visão de ecossistema para a longevidade, enquanto país, o que é fundamental para que esta nova área da economia global se desenvolva em Portugal.
Deveríamos nos posicionar como um ecossistema internacional para a longevidade, naquela perspetiva que acima referi e, do que sei, são os privados que andam a trabalhar nisso.
Aliás, nós mesmos estamos envolvidos num projeto com a AESE Business School para a reflexão do que deveria ser um ecossistema para a longevidade de forma que ela venha a ter um real impacto no quotidiano das pessoas.
Em síntese, já se fez muito, mas não temos uma visão de liderança, alguém que nos aponte um caminho e que seja galvanizador dos stakeholders que tem mais impacto na mudança da realidade.
Que oportunidades de negócio vê no mercado ligado à longevidade? Algum setor em particular está a captar mais atenção?
Atualmente ainda não se sabe o que é a longevidade, em termos de mercado de consumo, por exemplo. Sabemos que a longevidade está a formar-se como uma nova categoria de consumo, mas o que define esta categoria, que subcategorias tem e que produtos e serviços estão contidos, ainda não se sabe ao certo.
Sabemos sim, que é uma forma de estar, uma mentalidade que se forma e que será mainstream em breve. Por isso, sabemos que tem impacto na sustentabilidade das empresas, e que o ESG deverá integrar a longevidade.
Isto para dizer que as oportunidades são várias, desde já, na criação do referido ecossistema, depois, no desenvolvimento de um forte hub de investigação e inovação, porque a ciência deve ser um dos fortes pilares da longevidade. Já o é, mas deverá ser ainda mais.
Tem impacto no comércio de rua e nos serviços B2C.
Impacta o turismo, e não falo em turismo sénior, e o mercado de capitais. Impacta todo o setor financeiro, saúde, os serviços ao cidadão, o desenvolvimento de tecnologia, alimentação e mesmo o setor do trabalho.
Impacta a forma como nos reformamos, e como se desenha o Estado Social e mesmo a forma como se pensa o Orçamento de Estado, para tocar num tema do momento.
Deveria impactar as bandeiras dos partidos políticos e dos sindicatos, e são esses que vejo mais afastados dos reais desafios da população.
O foco depende muito de quem olha. Se é o setor privado ou do Estado, mas as oportunidades estão aí e este é o momento onde podemos ter os maiores ganhos, mas também onde nos confrontamos com as maiores dificuldades, porque estamos em época de mudança de paradigma.
Que mudanças gostaria de ver implementadas em Portugal nos próximos 10 anos para melhor preparar a sociedade para o envelhecimento populacional?
Sou ambiciosa na visão e por isso quero apresentar 10 mudanças que gostava de ver nos próximos 10 anos:
1. Uma visão política inovadora que alinhasse Portugal às economias que já perceberam que a longevidade é, efetivamente, uma forte área da economia, como a Suíça, Singapura, Reino Unido ou mesmo a vizinha Espanha;
2. Uma mudança na forma de ver o desenvolvimento económico que possibilitasse tanto a criação de um ecossistema nacional para a longevidade, mas que também o promovesse;
3. Uma mudança de mentalidade, onde se promovesse um maior diálogo intergeracional seja ao nível laboral como da comunicação das marcas, e que com isso deixássemos de ter de combater o idadismo;
4. A aposta forte na literacia para a longevidade, em todas as idades e em todos os setores. Precisamos todos de saber que vamos viver mais tempo, quais as implicações e que somos co-responsáveis pela longevidade uns dos outros;
5. Que tivéssemos um setor social mais forte, de forma a maximizar o que há de bom, profissionalizar a gestão e com isso promover a inovação social para uma era da longevidade;
6. A humanização da sociedade. Parece ridículo o que digo, mas é um facto. Assusta-me este endeusamento cego da tecnologia, a falta de literacia dos mais jovens e a forma como a tecnologia está a ser usada e pensada, na sua relação com a longevidade. Impactos negativos já se verificam e não são tema de reflexão social;
7. O respeito pelo ser humano. Uma mudança em linha com o que referi acima, mas que é crítico quando se associa a produtividade de uma pessoa à sua razão de existir. Isto toca temas como a eutanásia, por exemplo. Do que sei e do que tenho estudado, as sociedades que menos valorizam a vida e que menos valorizam os velhos são aquelas onde a eutanásia está mais presente. Não podemos ter uma visão tão economicista da vida das pessoas, do todo;
8. Uma outra forma de ver o desenvolvimento territorial, porque a tendência para as super cidades é algo pouco positivo e o interior tem um atrativo, inclusivamente para a inovação, que não está a ser devidamente explorado;
9. Uma outra política de urbanização e de promoção da vida em cidade, porque atualmente está-se a promover a vida em condições anti-longevidade e, como referi, vamos pagar esta fatura mais tarde dado que a longevidade dos de hoje irá marcar a longevidade dos descendentes;
10. Uma nova visão política que faça de Portugal um país mais competitivo e isso passa por políticos com maior sentido de Estado, com maior compreensão do que é a longevidade e das suas implicações, de forma a sermos mais agressivos na atração de empresas, pessoas com maiores qualificações, capital e principalmente, com capacidade de atrair os portugueses que estão fora e que voltariam, se encontrassem em Portugal as condições que necessitam.
Em 10 anos gostava que fossemos uma longevity nation e que estivéssemos posicionados no mapa global com um hub estratégico da longevidade, dentro daquilo que nos faz sentido ser.
Que conselhos daria a empresas e empreendedores que querem trabalhar com a economia da longevidade?
Para tirar partido da longevidade, seja no seu impacto na economia seja em outra área da sociedade é preciso:
1. Perceber claramente que a longevidade é hoje uma força de pressão sobre a economia;
2. Saber que a longevidade é mais que uma buzzword, mais que envelhecimento, que é intergeracional e impacta as pessoas de hoje e aquelas que irão existir de hoje a duas gerações abaixo (descendentes);
3. Compreender que a longevidade é algo extremamente novo e complexo, por isso ainda há muito o que explorar e as certezas ainda são poucas. A ciência está a ter um papel estruturante e é preciso dar-lhe lugar para evitarmos o oportunismo e as pseudociências;
4. Perceber que estamos perante uma nova categoria de consumo e que isto é uma forte oportunidade de inovação e desenho de novas soluções, principalmente na área do comércio e serviços;
5. Ter em mente que esta é uma área de investimento fortíssima e que o aparecimento de novas soluções, principalmente de base tecnológica, cresce exponencialmente. A capacidade de fazer benhmark, de ter uma visão de mundo torna-se um ativo ainda mais para quem quer investir em inovação para a longevidade.
Como vê o futuro da 40+Lab nos próximos 5 a 10 anos? Quais são as grandes ambições e objetivos da empresa?
Eu tenho mesmo muita dificuldade em pensar a empresa a 10 anos. Ainda mais no atual contexto mundial.
O que posso dizer é que fizemos um forte trabalho de casa, para percebermos como nos podemos posicionar a nível internacional. Estamos neste momento a trabalhar o crescimento da equipa, a entrada de novos sócios e vamos começar a internacionalização.
O nosso objetivo é sermos em 2026 uma das 5 principais empresas de desenvolvimento da longevidade, nas perspetivas económica e social da Europa, sendo que queremos ser uma referência internacional também nos mercados de língua portuguesa.
Há alguma parceria futura que esteja particularmente entusiasmado em anunciar?
Nós estamos a fechar um conjunto de parcerias e não só. Estamos a estudar a aquisição de algumas pequenas empresas, de forma a acelerar o crescimento e a internacionalização. Mas por agora não posso revelar.
Como sente a portugalidade? É um tema presente na sua empresa?
A portugalidade é um tema para mim. Vivi 15 anos no Brasil e uma das coisas que trago é esta ânsia de colocar Portugal no mundo.
É por isso que defendo de forma tão acirrada a necessidade de posicionar o país no mundo da longevidade. É por isso que vejo o ecossistema como uma forma de promover Portugal e de atrair para aqui uma tipologia de stakeholders que são estratégicos e que nos permite crescer.
É também por isso que lancei um livro sobre a economia da longevidade – Economia da Longevidade, visão macro – em parceria com um vasto conjunto de autores internacionalmente reconhecidos, porque é uma forma de posicionar Portugal. Algumas das novas aquisições da 40+ Lab são portugueses e isso é muito bom, porque é uma forma de valorizar a nossa gente e o tremendo know-how que temos nesta área.
A AILD está a criar uma rede internacional de pessoas que se vão poder interligar e colaborar entre si. Como vê este projeto e quais as vossas expectativas?
É fundamental.
Portugal tem um ativo que ainda explora pouco, que é a nossa diáspora e os seus descendentes.
Um dos desejos que tenho é de criar uma rede de portugueses e luso-descendentes que tenham a temática da longevidade em comum, quase como uma rede da diáspora para a longevidade.
É uma forma de promover a exportação da nossa economia, mas também de reforçar os laços daqueles que são nossos descendentes, com Portugal e com a sociedade portuguesa, principalmente os mais jovens que são o futuro e que, devidamente “evangelizados” terão, sem dúvida, na longevidade um mercado de trabalho de relevo.
Tendo em consideração que esta entrevista será lida por muitos empresários espalhados por todo o mundo, que palavras deixaria sobre a AILD relativamente a esta plataforma global?
Mais que uma palavra, deixo uma convocatória: vamos nos unir para fazer da longevidade um eixo estratégico da economia nacional, dos nossos negócios e com isso tirar partido dos ativos que temos, de portugueses que já hoje dão cartas nesta área, mas também deste tremendo ativo que são os portugueses espalhados pelo mundo e os seus descendentes.