A Misteriosa Arca Musical de Natal
Palavra repleta de Magia que como um Xaile de Estrelas embeleza o Presépio na Noite mais Milagrosa do Ano. Época das Luzes e da Alegria. Porém – quase escondida no Esquecimento a Solidão. O Presente da Noite de Natal revela, para além das Prendas dos Reis Magos, como Esperança, Fé e Coragem iluminam o Mundo. Por vezes – um pequeno Gesto de Boas Palavras dissolvem a Solidão: “Boas Festas!”

No Silêncio da Noite entoa uma pequena Melodia, que oferece uma Aura de Magia à Árvore de Natal com o seu Celestial Presépio. Época das Luzes, que começa com o acender da Primeira Vela da Coroa de Avento. Quatro Velas a iluminarem o Caminho para Belém. Tempo de Contos e Canções Natalícias, Folares, Bolo de Rei e Rainha, Broas … todos os tradicionais Doces, antigas e novas Tradições, Cartas ao Pai Natal, Postais de Festa, Prendas, que se escondem, Árvores de Natal enfeitadas e muito mais na infinita Lista, que ao longo do Ano chamam a Saudade do Fado das belas Recordações. Porém – no meio das Festividades também existe algo, que nem sempre se dá a conhecer: a Solidão. Triste, quem chega a Casa e não vê uma Luz acesa a dar as “Boas-vindas”. Quem não recebe Votos de Boas Festas. Não enfeita um Pinheirinho e não recebe, nem oferece uma Prenda, porque não existe algures Alguém.
Sempre que chega o Advento recordo uma pequena Cena da Vida, que Outrora após um longo e difícil dia vivi. Dias pequenos, mas cristalinos com a Brancura da Neve e Noites longas com as Estrelas a cintilarem no escuro Veludo do Céu. Quando saí da Universidade a Cidade brilhava com milhares de Luzinhas, mas o meu pensar navegava na Escuridão. Atravessei o Mercado de Natal e fui comprar o célebre conjunto de “Caneta e Papel” para os Apontamentos nas Aulas. Paguei, recebi o Saquinho e com a Mente a perguntar, se a Sorte estava a ser substituída por o não desejado Azar, ouvi as seguintes Palavras: “O que custa desejar “Boas Festas!”?” – Surpreendida “regressei” ao Presente, contemplei a Empregada como se tivesse acordado de um Pesadelo e realizei o presente Silêncio. Por um pequeno Segundo a Memória recordou a “Balada da Neve” de Augusto Gil. Estranho, atendendo que a fria e pobre Tristeza, que o Autor descreve, não encontrava semelhante Comparação com a descrita. Acontece que Momentos de Desespero e Solidão também deixam severa Frieza e Pobreza no Coração. “Batem leve, levemente, / como quem chama por mim. …. / E uma infinita tristeza, / uma funda turbação / entra em mim, fica em mim presa. / Cai neve na Natureza / – e cai neve no meu Coração.”
Recordando o citado conteúdo, pensei: “Realmente é verdade – pronunciar Boas Palavras somente requer um pouco de Atenção. Os meus Receios referente aos Estudos não eram motivo para Ausência de Consideração.” Realizei a Inversão das Palavras da “Balada da Neve”: Difíceis Tempos não obrigam à Desculpa para deixar cair a Frieza no Coração. Resguardar Alma, Mente e Coração ao chamar a Atenção do Espírito de Natal para a Existência da Chama do Carinho, que acende outra Luz – “Uma Luz acende outra Luz”.
Durante decisivos Minutos, que expliquei a razão do Esquecimento e a Senhora a situação compreendeu – surgiram Palavras de Esperança, que tudo ia correr bem (Correu – acontece, que somente o Futuro o revelou.). Quando me despedi, desejando um Bom Natal e Ano Novo, a anterior Escuridão dissolveu-se. Ao sair do Edifício verifiquei, que o passado dia não o conseguia magicamente fazer desaparecer. Porém – a “Magia de Advento e Natal” ofereceu Conforto e Confiança, que nem sempre o Azar vence. Importante é jamais perder a Coragem de procurar superar os Obstáculos da Vida, porque somente o Futuro conhece o Destino. Assim ao longo do Tempo nasceu a Ideia do Conto Natalício sobre uma “Misteriosa Arca Musical de Natal”. Tristeza, Solidão, Desespero pertencem à Caixa da Pandora – bem distante do Ser da Festa do Nascimento de Deus Menino. Por conseguinte, porque não contrapor uma diferente Caixa: Arca do Bem. Escrever sobre luzentes Acontecimentos, os guardar e como Presente de Natal oferecer a Musical Caixinha para iluminar Dias e Tempos de Escuridão?!. Um Presente de Palavras e Música. Insólito por ser transcendente e misterioso, dado que se oferece uma Prenda para a Mente guardar na Memória. Uma Arca como Símbolo da Mensagem de Belém e que segue o exemplo do Pequeno “Menino do Tambor”.
“O que custa oferecer um pouco de Espírito de Natal?”
Passado tantos anos ao escrever o presente Ensaio com o respetivo Poema é como recuar no Tempo e viver uma Nuance de Solidariedade e Proteção, que deixou a sua Pegada na Memória do Valor e Significado do Natal. Uma inesquecível Recordação, que deu origem a um especial Dueto: Caneta e Papel escreveram não somente os Científicos Apontamentos dos Estudos Universitários, mas sim também a Poesia da Vida, que nem sempre se revela com luminosa Clareza à Humanidade. Advento – conta a Lenda, que durante a Caminhada para Belém é o Tempo dos Anjos descerem à Terra, a fim de contarem do Celestial Presépio. Um Conto de Milagre. Será? Talvez, como a Lenda do Sininho, que o Pai Natal ofereceu ao Mundo: Enquanto existir Fé no Espiríto de Natal, que deseja “Boas Festas e Abençoado Ano Novo”, decidimos guardar os Luzentes Acontecimentos, a fim de proteger a Magia da Misteriosa Arca Musical de Natal – semelhante ao Sininho, que continua a ser ouvido. – Porém, somente se a Realidade resguardou um pouco das Recordações da Infância na Memória.
Boa Viagem de Advento.
Jornalístico Crossover – Quem pretender “colecionar” mais “Literárias Rosas” para o “Ramo da Vida”, aceite o convite para conhecer as Rosas Mensageiras ou de Recordação no Jornal Noticias de Fátima: “Rosas para Nossa Senhora do Rosário”. Boa Viagem.



