Baixa Visão

O direito à reabilitação visual

Num mundo construído tendo por base a capacidade de ver, a visão, o nosso sentido mais dominante, é vital em qualquer parte das nossas vidas. As pessoas com Baixa Visão, têm mais dificuldade em andar, ler, comer, participar em atividades e trabalhar, entre muitos outros obstáculos do quotidiano, com impacto na saúde física e mental.
De acordo com o World Report on Vision da Organização Mundial de Saúde, pelo menos 2,2 biliões de pessoas no mundo têm Baixa Visão, das quais 1 bilião de causas que poderiam ter sido prevenidas ou tratadas. Esta prevalência não se distribui uniformemente no mundo, sendo mais prevalente em países subdesenvolvidos, em pessoas idosas e em comunidades rurais. Com o crescimento e envelhecimento populacional, assim como com as mudanças no estilo de vida, a procura por cuidados médicos da visão aumentou.

Na idade pediátrica, as principais causas de Baixa Visão são catarata congénita, albinismo, nistagmo, retinopatia da prematuridade e glaucoma. Na idade adulta em países desenvolvidos, são a degeneração macular relacionada com a idade, glaucoma e retinopatia diabética.
As consequências da Baixa Visão nas atividades de vida diárias e qualidade de vida podem ser mitigadas com acesso precoce a cuidados de saúde e reabilitação visual. Existem várias componentes na reabilitação visual que são adaptadas às necessidades diárias de cada pessoa, nomeadamente orientação e mobilidade, ajudas para visão de perto e de longe, melhoria do contraste e visão periférica e estratégias de leitura. A otimização da visão residual e o ensino de capacidades que permitam usar essa visão no quotidiano promovem a independência e a participação ativa na sociedade. O acesso à reabilitação visual é um direito e deve estar disponível para todos que necessitem.
Por tudo isto, é imperativo reconhecer e celebrar as pessoas com Baixa Visão. Esta exposição destaca a importância do uso de outros sentidos e da visão residual num espaço que promove uma sociedade mais inclusiva e acessível a todos.

Exposição “Realces”

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