Editorial janeiro 2021

Neste primeiro dia do ano de 2021, desejo a todos os nossos leitores disseminados pelo mundo, renovadas esperanças e forças, no sentido de descobrirmos mais leveza nas nossas vidas.

Ainda que sem muita consciência, a cultura fez parte dos nossos confinamentos, melhor ou pior aceites. E, porque a cultura portuguesa nos é tão querida, nesta edição, entrevistámos a ministra da cultura do governo português, Graça Fonseca.

Fique atento às novas medidas tidas como imperativas na salvaguarda dos profissionais da cultura. A quantos de nós, um poema ou uma música salvou um dia? Voemos mais além este ano e para nos inspirar ao sacudir de asas, nada mais expressivo do que um pássaro, representado na nossa obra de capa. Kaninvy é uma ave sábia, mas nova é ávida de liberdade, um valor maior que aspiramos manter, na certeza da troca de atenção, carinho, proteção, alicerces habitualmente dignos dos ancestrais que com ou sem asas nos vão alertando que ‘a vida na natureza é bela’. A AILD, Associação Internacional dos Lusodescendentes, pela mão do seu presidente Phillipe Fernandes, declara-se esperançada no seu plano de atividades para este ano, deixando adivinhar muita diversificação empenhada, com referência a um caminho ambicioso na colaboração e parceria com entidades públicas e privadas.

Merece o nosso destaque a campanha de solidariedade junto do IPO e a exposição de obras de capa de 2020 do mestre Ismaël Sequeira.

Acrescentamos reflexões sobre o Brexit, em ‘migrações” e trazemos-lhe a opinião sempre atual de um conselheiro das comunidades portuguesas. Em’ artes e artistas lusos ‘desembrulhamos’ a lusodescendente Samantha Neves. Nas ‘tradições lusas’, abra uma excepção – porque o frio o permite – e delicie-se com os comeres de inverno ‘Botelos e as sorcas de adobrar carnes’, pela sempre escrita deliciosa de António Manuel Monteiro. Terminou a era- neste planeta – de Eduardo Lourenço. Registamos uma singela homenagem, nas curiosidades da nossa língua, a este ensaísta que teve a humildade de constatar que:

‘todos os meus livros são de circunstância… Já só escrevo de empreitada… Nunca me quis servir dos autores…’. Inês Bernardes apresenta-nos a ‘nova era para cada signo’, interpretando – como de costume – o céu que a todos une. Não perca a receita de ano novo em poesia e aproveite a sugestão das nossas lupas, Cá dentro e Lá fora. Espreite os nossos sabores sólidos e líquidos para que nunca lhe falte o palato. Que seja um ano legal e fiscal mais justo e informado. A todos desejo mais solidariedade, mais interajuda e resiliência. Bom Ano de vanguarda!

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