Editorial novembro

Caros Leitores

Esta altura do ano, com a proximidade do Natal e das últimas semanas do ano, sinto sempre as pessoas à minha volta, particularmente introspetivas. Umas mais, outra menos, é certo, mas acredito que o contexto do mês de novembro nos convida a este tipo de reflexões. Olhamos para a herança que mais um ano a lutar contra a pandemia de Covid-19 nos deixou, num lento, mas certeiro, regressar à normalidade.
Contemplámos mais a fundo a nossa essência e o que nos define enquanto seres humanos. E, efetivamente, faz parte do que nos define o legado dos nossos ascendentes, da cultura e do ambiente no qual fomos criados, dos princípios que nos foram transmitidos e das coisas e pessoas que aprendemos a admirar e respeitar.
Em suma, somos todos descendentes de uma mesma cultura, de uma mesma língua que ao longo dos séculos foi ganhando as suas ramificações e sofrendo as suas alterações, diversificando-se e tornando-se mais rica e facilitadora para as mais variadas interações. É esta riqueza e esta diversidade que temos almejado dar a conhecer com a nossa revista! Investigadores, escritores, artistas plásticos, professores, historiadores, juristas, economistas, cientistas, jornalistas e todos aqueles que possam contribuir para a nossa identidade cultural, terão sempre um espaço na Descendências.
Nascida a partir de uma confluência de estados de alma – um misto de nostalgia do que fomos no passado, da nossa história, do que nos trouxe até aqui e do sonho de até onde queremos chegar juntos, celebrando e divulgando a nossa

língua, a nossa cultura, a Descendências tem trabalhado ao longo deste ano no sentido de celebrar e dar a conhecer as nossas conquistas e reconhecimentos, partilhando as nossas histórias, promovendo o crescimento conjunto enquanto comunidade lusófona. Não deixámos nada ao acaso! A qualidade e formato dos artigos, o cuidado estético na apresentação da revista, o formato digital altamente inovador e que pretende abarcar todas a faixas etárias, a presença nas diversas redes sociais, a diversidade de temas e artigos, as obras de arte que compõe as nossas capas. Há quem diga que já ninguém lê revistas (mesmo online) mas tenho para mim que isso se deve a uma qualidade que deixa muito a desejar, no caso da grande maioria das revistas e da forma densa como são apresentadas nos meios digitais. Ao longo deste ano, tão próximo de terminar, a Descendências tem se revelado como uma revista que cativa mais e mais leitores a cada edição lança, prendendo e surpreendendo cada leitor de cada vez que nos lê.
É um pouco de todos nós e da nossa essência em cada página volvida! Neste mês de Novembro, sempre na sombra da antecipação do mês que se avizinha, recordamos alguma efemérides que, para quem pensa globalmente são boas recordar, das quais destacamos: Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas (dia 2); Dia Mundial do Órfão (dia 8); Dia Mundial da Bondade (dia 13); Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa (dia 15); Dia Nacional do Mar (dia 16).

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