Exposição solar

aliada ou inimiga?

A sensibilidade aos raios solares varia muito consoante algumas características pessoais como: cor da pele, cor dos olhos e a cor dos cabelos.
Distinguem-se, desse modo, seis tipos (os chamados fotótipos), que variam desde o:
Tipo I: pele branca (leitosa), muitas vezes com sardas, olhos azuis ou verdes, cabelos muito claros ou ruivos; com facilidade estas peles sofrem queimaduras e caem habitualmente, não conseguindo quase nenhum bronzeado; até ao
Tipo VI: pele negra, olhos negros, cabelos negros; praticamente não queimam e bronzeiam muito.
A luz solar é imprescindível para o desenvolvimento da vida e para o equilíbrio ecológico do nosso planeta.
Os seus efeitos benéficos para a saúde humana são múltiplos: contribui para a síntese da Vitamina D pela nossa pele (indispensável para a utilização do cálcio da alimentação e para a formação dos ossos e dentes, com algum efeito positivo na prevenção do cancro da mama e do cólon e beneficiando o metabolismo no caso da diabetes tipo 2), regula e aumenta a produção da serotonina (neurotransmissor que melhora o estado de espírito e tem um efeito antidepressivo), acelera a cicatrização de algumas feridas; favorecendo a formação da melanina, protege a pele contra exposições solares futuras; melhora o psiquismo, a relação com os outros e o meio ambiente.

Quanto aos seus efeitos nocivos diretos, eles podem ser imediatos (queimaduras solares e a insolação) ou a longo prazo: problemas de circulação do sangue (varizes, etc.), envelhecimento precoce da pele, cataratas oculares, diminuição das defesas imunitárias e vários tipos de cancro da pele (cerca de 90% destes são devidos à exposição solar).
O melanoma maligno é o cancro da pele mais agressivo e verifica-se uma tendência evolutiva preocupante: em Portugal, no início da década de 80 surgiam cerca de 100 casos por ano, enquanto atualmente são diagnosticados mais de 700 casos. Os sinais e sintomas de alerta para a sua ocorrência são: alteração de qualquer sinal pré-existente na pele (na cor, forma, contornos, sangramento ou formação de crosta, aparecimento de prurido, ardor ou dor) ou o surgimento de sinais que não existiam antes. Costuma aparecer geralmente sob a forma de mancha ou nódulo de cor preta em pele sã ou sobre um sinal que já existia e na maioria das vezes, a cura só acontecerá se houver um diagnóstico e tratamento precoce.
Quanto às diversas formas de nos protegermos das radiações solares, sobretudo das mais nocivas – raios ultravioletas tipo B, que atuam mais entre as 12 e as 16 horas, passam por evitar a exposição solar durante esse período, usar barreiras de proteção (chapéu, t-shirt e óculos, para além da aplicação de protetores solares).
O critério principal de escolha de um protetor solar é o seu fator ou índice de proteção ( que aparece inscrito na embalagem, devendo ser mais elevado quanto maior for o tempo que a pessoa quiser estar ao sol e quanto mais naturalmente desprotegida for a sua pele, de acordo com os fotótipos), sendo que no caso das crianças ele deverá ser sempre superior a 30.

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