Helder Wasterlain
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Vive e trabalha em Bruxelas desde 2012. Produtor e escritor do projecto Code Mémoire que recebeu um prémio pelo Ministério da Cultura Francófono – Fédération Wallonie-Bruxelles em 2019.
Na área da Dramaturgia escreveu: Disse-me que tinha um cu de bailarino (2020); Menu (2019) ; CRU – ZZZ – ARRR (2019); Já esteve mais longe (2012), seleccionado para uma compilação da Revista Núa, Vigo, Espanha, que deu destaque aos novos dramaturgos portugueses; Um dia de raiva (2011) – vencedor do Prémio Fatal, atribuído pelo Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa; O Lar da Tosca, (2011); I’m so sorry karaoke (2010), IIª Mostra de Teatro de Peças de Curta Duração, organização Primeiros Sintomas; Benny Hall (2009); O Filho Pródigo, escrito conjuntamente com João Maria André (2008); Memórias de um pandeireta abandonado (2005).
Helder Wasterlain: actor, encenador, ilustrador e escritor. Em qual destes papéis se sente mais realizado?
Gosto do exercício de mudança constante.
Code Mémoire é um projeto artístico que visa promover a mediação entre o público e o património. Fale-nos um pouco deste projeto.
O projeto começou em Coimbra. A ideia do Code Mémoire é trabalhar territórios que tenham “alma” e que por razões já determinadas ou ainda indeterminadas sofrem de abandono ou estão a perder as suas origens devido a processos vários como o da gentrificação. O nosso objetivo é trabalhar e criar territórios sensíveis.
A palavra sensível tem duas interpretações: por um lado, problemático e por outro, capaz de criar sensações. E neste projeto as sensações são dadas através das histórias sonoras.
Foi o facto do seu pai ser Belga que o levou a ir viver para Bruxelas?
Não, foi o facto de José Sócrates, Pedro Passos Coelho e o FMI terem sido mandatados para dirigir o país.
É mais fácil ser artista na Bélgica do que em Portugal? Tem mais apoios do Estado?
Não é uma questão de país. Ser artista não é fácil em nenhum país. Tenho apoio do Estado Belga.
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Quais as principais diferenças que encontrou ao nível artístico, nomeadamente adesão do público, divulgação pelos media dos eventos culturais, estruturas físicas – museus, teatros, salas exposições, etc – em relação a Portugal?
É mais fácil ir ao encontro das pessoas que dirigem as instituições. Basta um email; e as pessoas respondem aos emails, coisa que em Portugal… acho que se esqueceram.
Uma página por dia durante 365 dias.
O que é o projeto “A4”?
É projeto de disciplina e um exercício de leitura aberto às inúmeras possibilidades criativas e de interpretação. A4 é sobretudo uma maneira criativa que encontrei para me dar mais trabalho.
Inevitável no momento que estamos a atravessar perguntar-lhe como está a “sobreviver” a esta pandemia?
Bem. Adorei estar confinado. Sou um ser confinado por natureza.
Quais são os seus projetos para este ano?
Muitos, mas dá azar falar de projetos futuros. Sou supersticioso.
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Pensa regressar a Portugal?
Sim, tenho dois projetos para fazer lá. Um de teatro e outro associado ao Code Mémoire.
Qual é o seu maior sonho?
O Prémio Nobel.
Uma mensagem para todos os artistas do mundo.
Não tenho.
Website
www.codememoire.app