Internacionalização
Nos últimos anos, Portugal tem realizado grandes esforços para internacionalizar a sua economia, mas o esforço está enviesado, como diria se calhar um dos editores da Revista, Marco Neves. A palavra internacionalização não se resume apenas às letras que a compõem, mas remete também para uma série de dimensões da realidade que poderá ser bem mais complexa do que cada um de nós pode imaginar.
Verificamos que normalmente se entende internacionalização da economia portuguesa como um ato de importação de serviços e bens. Portanto este ato de comércio é feito entre um agente que está no estrangeiro e outro que opera a partir de Portugal. Esta visão simplista da realidade não permite trabalhar as políticas de internacionalização em todas as dimensões.
Internacionalizar uma economia, é também trazer quem está no estrangeiro a operar em Portugal e a partir de Portugal, permitindo a entrada de novos capitais, ideias, tecnologia, recursos humanos e técnicas inovadoras para dentro de Portugal.
Estas duas dimensões são importantes porque se potenciam uma à outra e podem criar um círculo virtuoso para a economia.
Nem sempre é fácil medir a internacionalização interna de economia, porque esta dimensão é menosprezada, acaba por não existir uma metodologia correta para a avaliar.
Tomemos como exemplo um lusodescendente pertencente à comunidade portuguesa em França. Ora quando este lusodescendente vem a Portugal, tanto para consumir como para produzir serviços e produtos, se usar os seus meios de pagamento franceses, o sistema nacional encara-o como um cidadão francês que consumiu serviços num restaurante, num hotel, numa qualquer loja, no entanto, se este mesmo lusodescendente usar os seus meios de pagamento portugueses nos mesmos locais, o sistema nacional encara que o consumo destes serviços se deveu à presença de um cidadão nacional, que é verdade, mas não traduz a real dimensão do contributo dos lusodescendentes e dos emigrantes para a internacionalização da economia portuguesa.
Os lusodescendentes e os emigrantes são sem dúvida os melhores agentes para dinamizar e internacionalizar a economia portuguesa, não só no território português como também fora dele, pois conhecem as duas realidades e conseguem aproveitar o melhor que há em Portugal, assim como podem trazer o melhor que há nos seus países de acolhimento, contribuindo, mais positivamente do que ninguém, para levar e trazer valor acrescentado à economia portuguesa.
Não hesite em contactar um contabilista certificado caso pretenda obter dados da internacionalização desconhecida, dinamizada pelos Lusodescendentes e emigrantes em Portugal.