Jornal Correio da Venezuela
Jornal Impresso | 15.000 Exemplares | Semanal | Distribuição em toda a Venezuela e também Portugal
Fundado à 23 anos
Fale-nos um pouco da origem do Correio da Venezuela e da sua razão de existir.
O Correio da Venezuela é, desde a sua fundação em 1999, o órgão de comunicação por excelência da comunidade luso-venezuelana, sendo distribuído por todo o território da Venezuela e ainda em Portugal, embora de forma mais tímida, de momento. O nosso jornal surgiu pelas mãos de um empreendedor visionário que aspirou a que a sua contribuição à comunidade lusitana se traduzisse num novo meio de comunicação, com periodicidade mensal, que se tornaria o ponto de encontro com o país de nascimento. O seu nome de batismo foi “Correio de Caracas” e seria orientado para os portugueses residentes na capital venezuelana.
De que forma evoluíram?
Dado o nosso crescimento exponencial e a recetividade dos leitores, a partir de 2002, nasceu a nova denominação “Correio da Venezuela”, com publicação quinzenal e a produção de 10.000 exemplares, distribuídos na Venezuela e em Portugal. Posteriormente, a partir de 2005, o Correio surge com uma nova imagem, frequência semanal e tiragem de 15.000 exemplares, respondendo à demanda do mercado, com o objetivo de manter os seus leitores informados de forma mais contínua e eficaz. Sendo assim, permita-me contar-lhe que temos sido reconhecidos pelo trabalho que vem sendo desenvolvido e pela importância que tem o jornal nos meios de comunicação das Comunidades Portuguesas. O CORREIO, tem participado, assiduamente, em seminários, fóruns e congressos, organizados por instituições públicas e privadas. No dia 23 de Julho de 2010, recebemos o Prémio Talento da Comunicação Social 2009, concedido pelo Governo Português através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.
Entre 2011 e 2015, o semanário expandiu os seus horizontes com o lançamento do seu novo portal e a criação do seu espaço na plataforma digital ISSUU. No entanto, foram nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019, que vivemos o maior desafio da nossa história: perante a escassez de papel no país e a situação económica, o Correio teve a necessidade de migrar os seus leitores tradicionais para plataformas digitais, e simultaneamente, avançar com uma nova imagem e um novo site, assim como a criação de novas opções para o desfrute de conteúdos via newsletter, Instagram, Facebook, Twitter, Pinterest, YouTube, WhatsApp e Telegram. A nossa marca sempre se caraterizou pela inovação, oferecendo aos seus leitores diversos conteúdos, adaptados ao contexto global e escritos em português ou espanhol, para que possam aproveitá-los quando, onde e como quiserem, de forma totalmente gratuita. Mas a nossa principal caraterística é ser uma ponte na qual os nossos leitores matam saudades e mantêm a sua ligação com o país natal. Nas nossas páginas vibra a portugalidade, o Camões, a alma portuguesa. Sentimos orgulho do que fazemos, da nossa gente, das nossas associações, dos nossos valores. É por isso que, perante a situação que se vive na Venezuela, o Correio reafirma o seu compromisso com a comunidade luso venezuelana. Um meio de comunicação feito de dois países com um mesmo coração.
Está a falar-nos da vossa missão…
Sim, temos incutido os novos conceitos de uma empresa moderna, apesar de todas as adversidades, ou talvez até por estarmos conscientes delas. A nossa missão é manter informada a comunidade luso-venezuelana sobre notícias, eventos e tópicos relacionados com a Venezuela, Portugal e a diáspora portuguesa. Para isso, contamos com uma sólida plataforma multimédia, impulsionada pela paixão que sentimos pelas nações que nos definem. Também nos orgulhamos de manter os valores, tais como o resgate dos costumes e tradições; a objetividade e a imparcialidade, a defesa da livre discussão de ideias; a proteção da liberdade de expressão; a promoção dos direitos fundamentais, como a igualdade, o compromisso com a excelência e a ajuda no desenvolvimento da Venezuela.
No passado mês de novembro entrevistamos o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Como analisam o seu mandato em relação à Comunidade Portuguesa que vive na Venezuela e do próprio XXII Governo Constitucional?
Nos últimos anos, assistimos a uma presença e acompanhamento constante das autoridades portuguesas à situação que se vive na Venezuela. O ministro Augusto Santos Silva fez um bom trabalho, aproximando-se da nossa comunidade, não só em Caracas, mas também, no interior do país, ouvindo as preocupações, procurando soluções para as várias problemáticas que lhe foram expostas. Além destas aproximações, os representantes do Governo português, mantiveram contacto com os diferentes atores políticos da Venezuela, quer oficiais, quer opositores, a fim de defender os seus conterrâneos espalhados por todos os recantos do país. Não menos importante foram as diferentes medidas adotadas em prol da cidadania, entre as quais se destacam a implementação de uma rede médica portuguesa em vários estados do país, a eliminação das taxas nos consulados de Portugal no país, a realização de jornadas consulares e sociais no interior da Venezuela e a criação de um programa de acesso a apoios para quem regressa a Portugal. Medidas que a comunidade aplaude e agradece.