José Fanha

Cravos de Abril

Para os meninos que queiram recordar
o que não viveram

Tinha um cravo na lapela
tinha outro cravo na mão
pus um cravo na janela
e mais um no coração.

Dei cravos a tanta gente
tanta gente os deu a mim
nesse dia de repente
tudo em volta era um jardim.

Dei um cravo ao soldadinho
outro cravo ao capitão
liberdade pão e vinho
e que viva a revolução.

Cravo em verso cravo em prosa
cravo nosso meu e teu
em Maio que é mês da rosa
choveram cravos do céu.

Muito tempo já passou
no que passou desde então
mas o cravo esse ficou
dentro do meu coração.

Passa o tempo e não demora
no que passou desde então
mas o cravo inda cá mora
dentro do meu coração.

José Fanha

José Fanha

“José Fanha viveu o 25 de abril de 1974 com espanto, alegria e felicidade, como muitos outros jovens de então. Com o passar dos anos, percebeu que os jovens de hoje pouco sabem desses dias distantes.
Resolveu então contar a história de como era Portugal antes da Revolução dos Cravos, como se desenrolaram os dias do 25 de abril e como surgiu o Movimento das Forças Armadas que o fez acontecer. Não quis fazer um livro de História. Quis antes falar desse período como quem conta uma história fantástica e complexa, heroica, divertida e contraditória, mas maravilhosa e verdadeira. Uma história que mudou a História.”José Fanha viveu o 25 de abril de 1974 com espanto, alegria e felicidade, como muitos outros jovens de então. Com o passar dos anos, percebeu que os jovens de hoje pouco sabem desses dias distantes.
Resolveu então contar a história de como era Portugal antes da Revolução dos Cravos, como se desenrolaram os dias do 25 de abril e como surgiu o Movimento das Forças Armadas que o fez acontecer. Não quis fazer um livro de História. Quis antes falar desse período como quem conta uma história fantástica e complexa, heroica, divertida e contraditória, mas maravilhosa e verdadeira. Uma história que mudou a História.”

Wook

Esta rubrica pretende dar a conhecer ao mundo o melhor da poesia por diversos autores lusófonos. Os poemas são selecionados por Gilda Pereira, uma fã incondicional de poesia.

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