Keta Foods
Empresa associada do mês
Pode-nos contar um pouco sobre o percurso profissional da Anabela Marcelino antes de se tornar CEO da Keta Foods?
Estive numa empresa de importação de ferragens e ferramentas durante 5 anos, depois na multinacional, British American Tobacco onde estive 10 anos, tinha as funções de assistente logística e financeira, implementava a novas marcas de tabaco, reconciliação de estampilhas fiscais, e gestão de dívida vencida. Depois abracei o projeto da Keta Foods, um desafio de uma empresa que estava a começar do zero, foram incríveis os obstáculos e as adversidades ultrapassadas, duas crises, e tudo serviu para crescer.
Anabela, pode-nos falar um pouco sobre a história da Keta Foods e o que motivou a criação da empresa? Qual é a missão central da Keta Foods no mercado alimentar?
A Keta Foods surgiu no mercado português em 2008 com o objetivo principal de suprir uma lacuna existente no setor de distribuição e comercialização de produtos alimentares asiáticos.
Crescimento do mercado de produtos asiáticos e exóticos, a inovação alimentar, a elevada procura por qualidade e exclusividade, expansão do turismo e da gastronomia. Desde o primeiro dia, a empresa trabalhou para se posicionar como um parceiro estratégico para a indústria alimentar, principalmente para a restauração, oferecendo produtos inovadores e um serviço personalizado para servir as necessidades dos clientes.
Como é que a Keta Foods tem evoluído nos últimos anos, especialmente em termos de crescimento do portefólio de produtos e da expansão da empresa?
Desde 2008, temos tido um crescimento considerável, o que leva a estar sempre em constante procura de produtos de qualidade e com as melhores garantias para o consumidor. Esta liderança no mercado fez com que consigamos condições para servir os grandes e não perder oportunidades, como a exportação.
Quais são as principais inovações que a Keta Foods trouxe ao mercado, especialmente em termos de novos produtos ou processos sustentáveis?
Trouxemos as massas para o Ramen, o arroz para sushi, as algas, os vinagres, molho soja vindos das melhores fábricas do mundo. Em termos de sustentabilidade, a empresa tem implementado medidas significativas para reduzir o impacto ambiental das suas operações.
Em 2018, a Keta Foods evitou a emissão de 8,04 toneladas de CO2 equivalente, o que corresponde a menos 72.956,63 km percorridos de carro. Em 2019, essa redução aumentou para 26,41 toneladas de CO2 equivalente, correspondendo a menos 264.130 km percorridos de carro. Além disso, a empresa recebeu o Certificado de Carbono da Sociedade Ponto Verde. Promovemos ações em eventos para incentivar empresas a fazer o mesmo caminho.
Quais são as políticas de sustentabilidade que a Keta Foods implementa nas suas operações no trajeto dos seus alimentos? Como é que a empresa está a contribuir para a preservação do meio ambiente e a promoção de práticas responsáveis?
Queremos fazer muito mais. Já plantamos 500 árvores na mata de Leiria, e em Sintra, também abraçando causas sociais, principalmente dentro da comunidade local e no Banco Alimentar com voluntariado e doações, e também na CAPITI, ajuda no desenvolvimento infantil. Promovemos boas práticas dentro das instalações, como a reciclagem, redução energética, gestão de resíduos. As nossas compras são calculadas em volume e peso no sentido de fazer contentor cheio e também fazemos compras colaborativas com outros parceiros.
Quais são as principais tendências que está a observar no sector alimentar, especialmente em relação aos hábitos de consumo dos portugueses? Como é que a Keta Foods está a alinhar-se com essas tendências?
O consumidor está cada vez mais exigente, além de querer inovação, devido às redes sociais, está muito volátil, temos de ser ágeis e estar sempre a inovar. As tendências são analisadas mês após mês, e estamos sempre atentos ao que começa na Europa, e por norma antecipamo-nos, e até maioria das vezes criamos a tendência.
Como é que a Keta Foods planeia continuar a crescer de forma sustentável, garantindo tanto a qualidade dos seus produtos como a satisfação dos seus clientes?
Para continuar no mercado, vamos continuar a apostar na qualidade, e estar atento ao que o consumidor precisa. Pretendemos expandir noutros mercados, e trazer outros produtos para alcançar outros tipos de cozinha. Apostar nos colaboradores, e na sustentabilidade.
Anabela, como líder da Keta Foods, quais são as principais qualidades que considera essenciais para gerir uma empresa neste sector dinâmico?
Eu sempre fui empática, e gosto de estar ao mesmo nível. Lido com as pessoas de igual forma, sem distinção, sempre de porta aberta, disponível para qualquer situação. Ouvir mais e falar menos, dar muito feedback, criar condições para reter as pessoas, e ter um bom ambiente de trabalho, e claro dar-lhes autonomia.
Como sente a portugalidade? É um tema presente na sua empresa?
Eu sinto que a empresa teve a capacidade de criar valor em Portugal, criando postos de trabalho, pagando impostos, ao fornecer milhares de restaurantes em Portugal, esses tiveram de contratar pessoas, nós somos responsáveis por 30 famílias na Keta Foods, e mais outros milhares que trabalham na restauração, sem o nosso trabalho este setor da economia não teria crescido.
A AILD está a criar uma rede internacional de pessoas que se vão poder interligar e colaborar entre si. Como vê este projeto e quais as vossas expectativas?
Eu acredito que uma rede internacional irá fazer com que todos possamos partilhar conhecimentos e aprendizagens, ajuda a encurtar caminho.
Tendo em consideração que esta entrevista será lida por muitos empresários espalhados por todo o mundo, que palavras deixaria sobre a AILD relativamente a esta plataforma global?
Faz todo o sentido apoiar as empresas com partilhas, ideias, e fazer comunidades, unidos vamos mais longe, muitos parabéns pela iniciativa.