Regina Pessoa

© Rene Volfik

Em 1992 começou a trabalhar em animação como animadora nos filmes “Os Salteadores”, “Fado Lusitano” e “Clandestino” do realizador Abi Feijó. Em 1996 iniciou os seus próprios projetos e a realizar os seus filmes de animação: “A Noite” (1999), “História Trágica com Final Feliz” (2005), “Kali o Pequeno Vampiro” (2012) e “Tio Tomás a Contabilidade dos Dias” (2019).
Os filmes obtiveram um grande reconhecimento Internacional, com cerca de centena e meia de Prémios nos principais festivais e eventos mundiais (Annecy, Annie Awards, Hiroshima, nomeações para o Cartoon D’Or, nomeação para Prémio do Cinema Europeu, presenças nas Shortlist dos Óscares, etc…).
Todos eles fazem hoje parte da lista de filmes do Plano Nacional de Cinema e são estudados por crianças e jovens das escolas Portuguesas.

Quando e como se deu a ligação ao cinema de animação?

Comecei a trabalhar em Animação por acaso, a minha formação é de Pintura: estava a estudar na Faculdade de Belas-Artes do Porto, precisava de arranjar um part-time para ajudar a pagar os meus estudos, conheci algumas pessoas que trabalhavam no único estúdio de animação do Porto da altura, que viram os meus desenhos, gostaram e perguntaram: “porque não vais ao estúdio, mostras os teus desenhos… nós estamos a começar uma nova curta de animação, precisamos de pessoas para trabalhar…” Eu fui, mostrei os meus desenhos ao diretor do estúdio, o Abi Feijó, ele gostou e disse: “começas amanhã. »

No inicio e durante alguns anos trabalhei nos filmes de outras pessoas, nomeadamente do realizador Abi Feijó e mais tarde ele deu-me a oportunidade de eu poder desenvolver as minhas próprias ideias. No inicio senti bastantes dificuldade, vinha de Belas-Artes e a minha formação era visual e não literária, não tinha o hábito de escrever histórias. Então o Abi disse: “Pensa em algo que de facto seja importante para ti e não te preocupes em escrever um texto tecnicamente perfeito mas que corre os risco de ser vazio de conteúdo. Se o que tens a dizer for realmente importante para ti, tu irás dedicar-te de corpo e alma e isso vai ver-se nas tuas imagens. É é essa a motivação que precisas para te ajudar a ultrapassar todos os problemas e etapas da execução do filme. E no final, as pessoas que virem o filme, de alguma forma, sentirão isso também.”

Foi, é e será sempre um dos ensinamento mais úteis que aprendi na vida: procurar dentro de mim uma imagem, uma sensação ou emoção que seja realmente importante para mim. Foi assim que surgiu a ideia e a motivação para o meu primeiro filme e atrevi-me a fazer a minha primeira realização em animação que foi a curta metragem “A Noite” que é sobre uma criança que tem medo do escuro, inspirada na minha infância e na relação com a minha mãe.

E continuei a seguir esse ensinamento do Abi para todos os projetos e filmes seguintes, as ideias e motivação vindo sempre de memórias e experiências pessoais.

Usa as suas memórias e experiências nos seus filmes como inspiração. Considera que é a força dessa verdade e dessa pessoalidade que levaram ao prestígio e sucesso alcançados?

Realizei 4 filmes, “A Noite”, “História Trágica com Final Feliz”, “Kali o Pequeno Vampiro” e “Tio Tomás a Contabilidade dos Dias ». Embora seja uma filmografia curta, os meus filmes tornaram-se referencias na história do cinema de Animação Internacional… talvez pelos temas que abordo, talvez pelas técnicas que uso, talvez por haver uma coerência entre eles como fazendo parte de uma mesma obra que vou construído… não sei muito bem a resposta mas tenho uma teoria sobre isso: a partir do meu primeiro filme aprendi que era possível utilizar nos seus argumentos as minhas memórias e vivências pessoais, abordando temas bastante banais e comuns a todas as sociedades – a Solidão, o Medo, a Diferença, etc. Talvez por isso se tenham tornando tão universais uma vez que qualquer pessoa que tenha passado por situações semelhantes, aqui ou na China pode reconhecer-se e identificar-se com o filme. Mas a forma como abordo esses temas é minha e única, o que desenho e descrevo baseia-se na minha experiência pessoal, aqueles personagens são um tributo às pessoas anónimas que conheci, as situações que represento baseiam-se em episódios simples das suas vidas difíceis. É a minha forma de eternizar essas pessoas já que eles não puderam ter voz e se eu não falar deles eles serão esquecidos. Assim, os meus filmes são ao mesmo tempo universais e extremamente pessoais, penso que é essa sua principal força e a razão pela qual se tornaram icónicos.

Como se faz um filme de animação? Porque processos passa?

Sou frequentemente convidada para conferencias e também aulas sobre o meu trabalho, o que me levou a refletir profundamente sobre o meu processo criativo. Isso levou-me à consciência que necessito de passar pelas seguintes etapas:

Uma IDEIA / Uma INTENÇÃO: O principio… Qualquer ideia pode ser boa: pode começar por uma imagem que nos inspira ou um som; por uma memória, pode ser sugerida por alguém, por algo de natureza pessoal…

MOTIVAÇÃO: É um elemento essencial: a animação é muitas vezes um trabalho chato, longo, frustrante, demora demasiado tempo e surgirão duvidas e vontade de desistir. Assim, a perguntar a nós próprios a razão pela qual queremos desenvolver este projeto dá-nos a MOTIVAÇÃO que é a força que irá ser útil a cada etapa até à conclusão do trabalho, para que nunca se perca de vista o objetivo final.

PESQUISA DOCUMENTAL / INSPIRAÇÃO / INFLUENCIAS: procurar autores, documentos, textos, procurar as imagens, a inspiração noutras formas de expressão artística que nos ajudem a documentar, desenvolver e consolidar a nossa ideia. Isso vai-nos dar confiança e convicção para avançar, é como termos amigos a apoiar-nos, sentimos que não estamos sozinhos e que sabemos do que estamos a falar quando apresentarmos a nossa ideia aos outros.

ZONA DE CONFORTO: Preparar o nosso « Ninho », o nosso local de trabalho », a nossa ZONA DE CONFORTO, onde vamos trabalhar e criar. Rodear o nosso espaço de trabalho de imagens, objetos que nos inspiram ou que nos dão MOTIVAÇÃO na parede à  para estamos protegidos e para que a motivação esteja sempre presente.

PESQUISA GRÁFICA: começar a desenhar, esboçar, gatafunhar. « Copiar » as imagens que nos inspiram, falhar, enfurecer-se, perder-se, desesperar… Demora pelo menos 3 dias até que apareça algo de interessante: pode nem ser bonito mas pode haver um detalhe interessante, um traço, um recorte que nos dá uma pista desenvolver outra imagem. E está encontrado o fio da meada. Experimentar diferentes materiais, suportes, formas de expressão, cores, iluminação. Arriscar, Experimentar, Recomeçar. Encontrar o seu estilo, a sua linguagem pessoal requer trabalho, perseverança  e tempo.

ESCOLHER / DECIDIR: de entre os inúmeros esboços, selecionar o caminho gráfico a adotar para o projeto, definir o conceito gráfico do filme. E uma decisão muito importante, requer atenção. Porque a partir daqui será a execução do projeto, não convém estar sempre a mudar de ideia…

EXECUÇÃO: a parte « operária do projeto, trabalhar, seguir o Plano de trabalho… No entanto o projeto não está concluído, há sempre pontos onde há duvidas como resolver situações: é bom manter-se aberto porque até à conclusão do projeto as coisas evoluem e a solução para os momentos mais indefinidos irá amadurecer e surgir. Por vezes vamos ficar cansados e já não nos lembramos porque estamos a fazer este projeto… É aí que a MOTIVAÇÃO volta a ser importante porque nos dá convicção para continuar.

RESULTADO FINAL: pode parecer estranho, mas o projeto não acaba imediatamente.  Ele tem que ser apresentado ao publico, vai ser « julgado » e sentimo-nos muitas vezes frágeis e inseguros, sós diante de uma plateia. Mais uma vez a MOTIVAÇÃO vai ajudar-nos porque sabemos porque investimos naquele projeto é isso dá-nos força.

Desenvolveu técnicas próprias (embora não tenha feito formação de animação) que são no fundo a sua assinatura visual dos seus filmes. Como foi esse processo e que técnicas são essas?

Precisamente por não ter estudado animação não tive uma certa “formatação” que essa formação traz , o que me permitiu inventar as minhas próprias técnicas. Eu estudei Artes Visuais/Pintura, o meu gosto artístico foi marcado pela história da Arte, pelo cuidado na composição da imagem, pelas texturas orgânicas, pelo poder do Claro/Escuro e pelas técnicas de Pintura.

Para o meu primeiro filme “A Noite” ao começar o storyboard peguei no lápis que estava mais à mão, sem reparar na sua cor e que por pura coincidência era Carmim Queimado. Tratava-se do meu primeiro filme, então eu esforcei-me por transmitir o melhor que sabia em cada desenho a emoção que procurava. Como resultado, dei grande ênfase à expressão dos personagens, e à interação de luz e sombras. Eu tinha consciência que se tratava de uma história muito simples que só poderia viver se eu fosse capaz de criar o visual, o drama e tratamento de som certos.

Quando terminei o storyboard vi que tinha à minha frente um conjunto muito coerente de desenhos de determinada cor, com uma textura e com um jogo de luz e sombra muito interessantes, criando no seu conjunto um ambiente bastante forte.

Graças à sua textura e atmosfera monocromática, esses meus desenhos faziam-me lembrar vagamente o filme “Kafka”, de Piotr Dumala, um realizador Polaco que eu tinha visto alguns anos antes. Tinham-me dito que ele trabalhava com gesso. Então, eu desenvolvi a minha pesquisa pessoal sobre gravura em placas de gesso, tentei vários métodos com diferentes materiais e diversas tintas e ferramentas.

Após várias tentativas, muitas delas frustrantes, eu finalmente consegui resultados interessantes que não só respeitavam os meus desenhos, aumentando o seu potencial de textura, luz e sombra, como também enalteciam o drama e a poesia do filme. Era esse o ambiente que eu estava à procura.

Estava assim encontrada a técnica e fazia sentido: para uma história sobre o medo da noite, parecia coerente usar tinta escura sobre gesso branco, raspando a superfície negra para revelar a luz.

Gostei muito do resultado visual e nos meus filmes seguintes continuei a explorar e desenvolver técnicas de Gravura Animada, usando meios e suportes diferentes à medida que a tecnologia foi evoluindo… por vezes gracejo e digo que as minhas técnicas evoluíram “Da pedra ao Pixel”, uma vez que o meu Primeiro filme foi executado literalmente em Gravura Animada sobre Pedra (gesso), passei depois por fazes em que utilizei outros suportes mais leves como Gravura Animada sobre Papel e mais recentemente fiz a minha reconversão às novas Tecnologias (Pixel).

Assim, ao longo dos meus filmes e dos diferentes suportes que experimentei sinto quase como se tivesse atravessado as diferentes eras da Historia da Arte, desde a Pré-História até à Época Moderna. O meu estilo pessoal foi-se gradualmente definindo, marcado por tons monocromáticos, uma forte expressão orgânica e acentuada exploração de Luz e Sombra.

Este trajeto tem sido também importante para eu compreender que não é a técnica ou o suporte utilizados que estabelecem a individualidade de um artista e de como é importante definir a nossa linguagem pessoal de forma de que, quaisquer que sejam os meios utilizados, estes estejam ao serviço do autor e não o contrário.

O cinema de animação independente continua muito desconhecido do público português. A que se deve esta realidade?

Toda a minha vida tem sido lutar por esse reconhecimento, com paciência, perseverança e estratégia: conheço o meu país, sei que se tivesse ficado apenas por cá à espera que reconhecessem o meu trabalho provavelmente isso nunca iria acontecer. Quando comecei nos anos 90 do século XX o cinema de Animação de autor em Portugal também estava a começar e a população geral via-nos como uns tontos inúteis que “faziam uns desenhos que não servem para nada em vez de se dedicarem a um trabalho a sério ». Assim, sabia que tinha procuraram trazer de fora o reconhecimento para que aqui em Portugal começassem a ver o meu trabalho de outro ângulo, é assim que funciona ainda hoje. Comecei a fazer os meus filmes em coprodução com países onde o cinema de Animação já tinha grande reconhecimento, a França e o Canadá. A cada projeto vivi e trabalhei longos períodos nesses países, o que me permitiu aprender imenso sobre a forma de trabalhar e de divulgar esta arte. O meu trabalho ganhou outra dimensão, ficou mais arejado e profissional e uma vez os filmes prontos tiveram grande aceitação e reconhecimento nos festivais e eventos internacionais. E só aí, quando os portugueses, quer as pessoas comuns quer as lideranças políticas, ouvem nomes de distinções sonantes como « Festival de Annecy », « Shortlist dos Óscares », « Annie Awards », começaram a aperceber-se que talvez afinal esse trabalho não seja tão insignificante.

É um longo percurso de insistência mas penso que se pode ver a diferença de quando comecei e de agora no reconhecimento público português.

Como surgiu a ideia do ‘Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias’?

Desde que o meu Tio Tomás morreu em 2005 que eu tinha essa intenção de fazer um filme sobre meu ele, com quem comecei a desenhar quando era pequena nas paredes de sua casa.

A minha motivação era prestar homenagem ao meu tio, que foi um homem simples e excêntrico, com uma vida anónima, não era casado, não tinha filhos, não era importante para ninguém.

Mas ele era importante para mim e era um homem bom. E com este filme eu queria que as pessoas o vissem como eu o via, que o admirassem e respeitassem, queria mostrar que não é necessário fazer nada de extraordinário para se ser excecional na vida de alguém.

Além disso, o meu Tio era também um mistério para mim, ele tinha inúmeras obsessões e a maior era a sua mania pelos números, ela passava horas e horas todos os dias a fazer cálculos e deixou resmas de folhas cobertas de algarismos.

Eu guardei parte desses documentos, assim como os seus diários que sempre manteve, apesar da sua vida aparentemente banal ele encontrava sempre algo para escrever todos os dias.

Guardei também alguns dos seus objetos que ele usava na sua « escrita », que para mim carregavam em si a presença do Tio Tomás.

Para mim todo este material era precioso e eu queria usá-lo no filme, quer na imagem quer na construção da história.

Assim, a partir das minhas memórias da minha relação com o Tio Tomás e todo esse material dele que guardei, como ponto de partida escrevi-lhe uma carta póstuma que foi essencial para desenvolver o argumento do filme e qual foram também usados excertos como voz off no filme.

O ‘Tio Tomás’ foi uma coprodução que envolveu 3 países: Portugal, Canadá e França. Quais são os principais motivos e benefícios das coproduções?

São várias as vantagens de fazer coproduções:

Aprende-se IMENSO com a troca de experiências de trabalhar com outros países, com outras equipas, com outros métodos, seria infindável enumerar o quanto eu aprendi e cresci como artista.

O orçamento do filme fica significativamente mais reforçado, isso permite ser-se mais ambicioso nos objetivos artísticos a alcançar que de outra forma seriam impossíveis.

As responsabilidades são partilhadas, sentimos que não estamos sós no projeto, partilham-se etapas de produção do filme em cada país envolvido, segundo a melhor expertise de cada um, partilham-se, conhecimento, estratégias, partilham-se equipas e meios.

Eu trabalho com curtas metragens e sei bem como a vida de uma curta… é curta. Tendo outros países envolvidos no filme, temos a certeza que o vão assumir como “seu” também, se vão esforçar por o distribuir, divulgar, mostrar. Ter 3 países envolvidos na produção de um filme é multiplicar as suas chances, o seu espectro de ação, o seu período de longevidade.

Qual foi a sensação de estar na shortlist para os Óscares na categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação?

São já duas vezes que filmes meus estão na Shortlist dos Óscares, a “História Trágica com Final Feliz” em 2007 e o “Tio Tomás a Contabilidade dos Dias” em 2020.

A sensação de ter um filme na shortlist e este depois não ser nomeado sobretudo quando estão entre os favoritos é uma sensação Agridoce… por um lado a alegria de “ter chegado até aqui”, por outro lado a frustração de “não ter chegado lá”. Mas não me posso queixar de barriga cheia, estou muito feliz com essas presenças.

E como foi receber o Annie?

Receber o Annie Award foi uma BOA Surpresa… aconteceu apenas uns dias depois da saber que o “Tio Tomás a Contabilidade dos Dias” não tinha passado às nomeações aos Óscares, eu estava portanto “sem fé nenhuma” e considerei mesmo não ir à Cerimonia. Depois lá decidi ir e parti para Los Angeles “leve”, sem expetativa de qualquer prémio.

Assim, foi de facto uma Boa Surpresa quando o nome do meu filme foi anunciado, demorei uma fração de segundo a reagir e lá fui, “leve” também para o palco!

Para quando uma longa metragem?

Penso que nunca acontecerá.

Para mim o formato de Curta-metragem é o que melhor serve a Animação no qual gosto de trabalhar,

é onde eu me sinto mais à vontade, sinto-o mais sensível e humano. Talvez nem sempre resultem filmes «perfeitos» do ponto de vista formal mas estou convicta que são um importante laboratório de estéticas, técnicas e narrativas que ajudam a renovar e refrescar a Industria, muitas vezes repetitiva e apoiada em formulas gastas e receitas convencionais.

Além disso, eu trabalho com visuais extremamente complexos que consomem muito tempo de elaboração, o que dificilmente seria possível numa Longa metragem pois nestas, mesmo quando são « independentes » é necessário “fazer compromissos artísticos” que não estou disposta afazer… quase sempre a Longa Metragem é obrigada a obedecer a uma determinada formula comercial que lhe retira frescura e que obriga a que toda a compreensão da historia passe pelos diálogos e ainda, que « agrade » ao publico infantil.

Como vê o futuro do cinema de animação em Portugal?

Portugal é um país pequeno, não tem um mercado de Cinema de Animação, que são as as séries e longas metragens que constituem os produtos da Industria de Animação.

O que temos é uma boa comunidade na Animação de autor, que a cada geração tem contribuído para o apuramento, reconhecimento e afirmação de um cinema de Animação de assinatura portuguesa. Essa afinação de uma identidade artística Portuguesa levou ao aparecimento no mesmo ano de 2 Longas Metragens recentes de grande qualidade, o NAYOLA de José Miguel Ribeiro e OS DEMÓNIOS DO MEU AVÔ do Nuno Beato, e, pela primeira vez em Portugal, temos uma Curta de Animação nomeada aos Óscares, o ICE MERCHANTS do jovem João Gonzalez, o que para deixa a sensação e a esperança que pode vir a haver um mercado de Animação em Portugal.

Mas tudo depende de como a tutela – ICA e Ministério da Cultura – atuarem nos próximos anos: até agora os incentivos do ICA têm sido essenciais para a afirmação e progresso da Animação Portuguesa e agora que começamos a ver resultados cada vez mais encorajadores, esses incentivos serão mais importantes que nunca para que esse potencial Mercado se possa desenvolver. Mas a tutela depende dos poderes políticos que gerem o país… basta vir um político ignorante e insensível à cultura (lagarto, lagarto, lagarto…) para que todo este trabalho regrida décadas.

Sabemos que já comprou a guitarra elétrica. Já começou as aulas?

Esse ainda é um projeto sem realização… mas ainda tenho Esperança!!!

Ao longo da vida aprendi também que não se devem realizar todos os sonhos de uma vez, é bom deixar alguns a marinar para a vida ter sempre algo a esperar 😉

© Rene Volfik

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