Faltam habitações de luxo em Portugal

Recentemente, iniciou-se uma enorme campanha inspectiva que visa combater o trabalho precário, ilegal e situações não conformes com a legislação em vigor, como consequência da concretização da Agenda do Trabalho Digno e de Valorização dos Jovens no Mercado de Trabalho, em que o Governo transpõe para a legislação portuguesa diretivas da União Europeia e do Parlamento Europeu, procurando implementar 70 medidas para melhorar as condições de trabalho e do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
De forma inédita, passa a ser crime empregar alguém e não o declarar, e a pena a aplicar nestes casos é de três anos ou multa até 360 dias.
Quando detetada uma situação de trabalho não declarado, presume-se a existência de um vínculo laboral nos 12 últimos meses.
Muitos pensam que este tipo de legislação visa sobretudo as empresas, e muitas pessoas singulares não prestam atenção à existência das leis laborais, principalmente os cidadãos estrangeiros a viver no nosso país.
Com esta nova legislação, muitas pessoas singulares, que empregam empregadas domésticas, não estão neste momento e cumprir a nova legislação, uma vez que muitas destas empregadas não são declaradas pelos respetivos empregadores.
A situação somente não é mais grave, porque existe uma tremenda falta de habitação de luxo no nosso país, tanto

para venda como para alugar, como também é difícil ter uma vaga em colégios privados internacionais, levando muitos a adiarem a sua vinda para Portugal. É inacreditável a lista de espera dos colégios privados, recentemente um conhecido colégio de Lisboa duplicou a sua capacidade e mesmo assim não conseguiu satisfazer a procura.
Constituindo isto por si só, a razão para se adiar a vinda para Portugal em um ou mesmo dois anos, pois garantir escola para as crianças, torna-se muito mais difícil do que arranjar uma casa para ficar ainda que inicialmente não se consiga a casa desejada.
A falta de habitação e lugar nas creches e infantários, atinge todas as classes sociais, tantos os mais pobres como ao mais ricos, os nacionais e os estrangeiros.
Não há simplesmente oferta, nem medidas políticas que resolvam estas situações, pelo contrário, desincentiva-se que os privados ajudem a resolver estas situações.
O Estado deveria concentra-se em acabar com o trabalho doméstico clandestino, pois isso significa mais receitas de impostos e segurança social, e em simultâneo permitir a construção de mais habitação de luxo, pois isto traduz-se na necessidade de maior número de empregadas domésticas e compra de artigos de luxo, o que aumenta a receita fiscal.
Com estas receitas extraordinárias é mais fácil financiar a habitação, escolas e creches para as outras classes mais desfavorecidas.

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