Mariana Rabaçal

Depois de 7 anos a residir em Londres, onde viveu e trabalhava como Enfermeira Especialista em Haemato-Oncologia, Mariana Rabaçal decidiu regressar a Portugal.

Que motivos a levou a sair de Portugal em 2015?

Em 2015 decidi emigrar por motivos pessoais e profissionais. Não só na altura o meu namorado, hoje marido, estava lá a estudar e trabalhar, como também profissionalmente enfermagem pouco tinha a oferecer em Portugal. E assim decidi arriscar nesta aventura.

Foi difícil a adaptação num novo país? Como foi essa experiência durante 7 anos a trabalhar na área da oncologia em Londres?

Todas as mudanças são difíceis de gerir sobretudo quando na altura se tem 21 aninhos, acabada de licenciar e a sair da casa dos pais. A juntar a isto ingressar no mundo do trabalho num país diferente, com uma língua diferente, costumes e práticas muito próprias, não é fácil. Mas com a atitude certa e vontade de aprender tudo se faz. Passado poucas semanas estava super adaptada e apartir daí foi só singrar em todos os aspetos. O trabalho na área de oncologia foi uma surpresa. Sempre achei que o meu futuro seria na área pediátrica mas entretanto esta oportunidade surgiu e acabei mesmo por me especializar em enfermagem hemato oncológica. Tornou-se uma paixão e o trabalho que lá desenvolvia dentro de equipas multidisciplinares era verdadeiramente fantástico. Aprendi muito, foram-me dadas muitíssimas oportunidades de estudo, e a progressão não tem limites. Sentia-me super realizada pessoal e profissionalmente.

O que a fez regressar?

A ideia de regressar a Portugal surgiu na altura do COVID. Já há algum tempo que falávamos na possibilidade de um dia voltar e as saudades que sentíamos do nosso país, da família, do mar, da comida, enfim… Mas com a chegada do COVID e posteriormente da nossa primeira filha, lá nascida, tudo ganhou outra perspetiva. A vontade intensificou-se e a procura de uma saída começou a ser cada vez mais tema de conversa entre nós.

Que papel teve o Programa Regressar nessa decisão?

Foi aí que descobrimos o Programa Regressar. Na altura não conhecíamos ninguém que tivesse recorrido a ele e até achamos que talvez fosse complicado demais. Mas após alguma pesquisa percebemos que tínhamos mesmo de aproveitar. Não vou mentir que o programa teve uma importância muito grande na nossa decisão. O estímulo financeiro que representa tornou a decisão mais fácil.

É a grande responsável pela modernização da Boutiques Aliby. Quais foram as principais inovações introduzidas e que planos tem para o projeto a médio prazo?

Diria que não sou a grande responsável. A Boutiques Aliby é um negócio de família com muito sucesso já há 43 anos. Contudo a chegada de sangue novo trás muitas vezes novas perspetivas, ideias e energia à até então PME de sucesso. Desde a minha chegada temos tentado desenvolver o lado online da empresa, com a expansão das suas redes sociais, criação de website, dinamização de conteúdos de entretenimento, etc. Já desenvolvemos workshops, prestamos um serviço e atendimento personalizado, nunca esquecendo um público muito próximo de nós – mulheres do IPO Lisboa. E claro com a abertura do novo espaço, a boutique ganhou ainda mais luz, conforto e glamour para olhar para o futuro de forma ambiciosa. Adoraria aliar os meus dois mundos – a oncologia e a moda num projeto, quiçá, de parceria e sinergia, sempre com o foco do bem estar holístico destas Mulheres.

O programa Regressar deseja-vos muitas felicidades neste regresso e muitos sucessos!

Programa Regressar

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