Obra de Capa

Lueur

Compartilhado, conquistado, marcado, conhecido, reconhecido, apropriado, movido familiar, desejado, SONHADO … tantos são os verbos que nos permitem “pensar” território.

 “Lueur “explora o território invisível das emoções. Mosaico de fios, costuras, desenhos e pinceladas onde vêm transplantar-se fragmentos de imaginário e de memória, numa doce melancolia, como uma confidência.

Corpo e território dialogam numa linguagem alegórica atravessada pelas noções de privado e de coletivo. Tal como território, o corpo é lugar geográfico, terreno de jogo e de simulacro. 

Numa obra com múltiplas referências, o imaginário da historia de arte deposita-se nos corpos anónimos à mercê de questões identitárias, mergulhando-nos assim numa atmosfera de inquieta contemplação.

Sonhos em suspenso pelo fio que prolonga, deforma, rasga e cerca unindo assim o fragmento ao absoluto, o cá ao lá.


Texto: Sónia Aniceto

Estou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

Fernando Pessoa



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