A importância do CCP e das Comunidades Portuguesas
As Comissões Temáticas do Conselho das Comunidades Portuguesas, são órgãos responsáveis de identificar, debater, discutir e emitir pareceres sobre assuntos específicos que afetam a vida das nossas comunidades espalhadas pelo mundo e canalizar possíveis soluções através e com o apoio do Conselho Permanente.
Ainda que o Conselho das Comunidades seja um órgão consultivo do Estado português e as suas opiniões, projetos e propostas não sejam vinculativas, nem por isso o trabalho esmorece ou se deixa de fazer. Se há coisas que caracterizam as comunidades portuguesas é o espírito empreendedor, o vigor e a paixão que a tudo lhe colocam, conseguindo assim ser reconhecidos como gente comprometida, trabalhadora, nos países de acolhimento, enfrentando por vezes muitas adversidades.
No momento atual Portugal necessita de todos os seus cidadãos, incluindo esse terço da nação que se encontra no estrangeiro, que nunca desmaiou nem deixou de olhar pelo seu país e pelos seus, e continua a manter um especial dinamismo. Um terço da nação, onde se contam alguns dispostos a regressar e a investir no seu país.
Ainda que a grande maioria que decide regressar o faz com uma idade não apta para iniciar carreira, trazem consigo o seu maior tesouro para enaltecer Portugal.
Esse tesouro são os filhos e os netos, muitos de eles já profissionais reconhecidos, formados em universidades de prestígio Internacional, e atualmente com ampla trajetória e experiência nas suas profissões, sejam elas arquitetura, engenharia civil, Direito, Odontologia e outros, sem esquecer os profissionais da medicina, onde os apelidos portugueses preenchem os mais destacados reconhecimentos nas mais diversas especialidades da medicina moderna e nas mais delicada cirurgia, contando-se muitos e excelentes médicos de prestigio internacional.
As distintas e prestigiosas Universidades portuguesas, devem ser chamadas à atenção, nas pessoas dos seus professores e reitores, para esta realidade inequívoca, para que com atenção e prudência, mas com boa análise e justa apreciação, reconheçam as aptidões destes profissionais de comprovada experiência.
Também as diferentes Ordens Profissionais, devem ser chamadas a verificar e reconhecer o profissionalismo dos seus colegas formados no estrangeiro, tratando-os como seus iguais, nem mais nem menos, pois a profissão é a mesma, e os profissionais formados no estrangeiro, vem cooperar com novas experiências, dando uma mais valia à profissão e não a tirar o lugar aos seus colegas.
Um profissional da medicina como por exemplo um cirurgião de reconhecida experiência e prestigio ou um Otorrinolaringologo com anos de experiência, só pode vir revalorizar o grémio e transmitir seu conhecimento aos seus colegas.
Faço um apelo a quem de direito, para que sejam flexibilizados os requisitos absurdos da burocracia, e que Portugal possa aproveitar os talentos formados no estrangeiro, dos portugueses que pertencem a esse terço da nação que se encontra distante, mas nunca ausente do seu país, Portugal.
O trabalho do CCP e as suas Comissões Temáticas, assim como a grande maioria dos conselheiros, continuarão empenhados em dar visibilidade a todos aqueles portugueses que por esse mundo fora se orgulham das suas origens, recordando que também estamos presentes sempre que Portugal precisa.