A importância do foco
As férias são sempre uma boa oportunidade no ano, para nos afastarmos do dia-a-dia frenético em que muitas vezes andamos, e que não nos permite refletir sobre nós, os nossos entes queridos, e em todos os outros.
As férias permitem-nos recuperar energias, revitalizarmo-nos, mas sobretudo permite-nos realizar outras atividades que doutro modo não nos seria possível.
Muitos aproveitam este tempo para uma retrospeção, para se conhecer melhor e para recentrar as suas ações futuras de acordo com o que consideram realmente importante para a sua vida futura.
Por este exemplo as empresas também deveriam fazer o mesmo, deveriam elas também verificar, se as suas acções estão de acordo com a sua razão de existir.
No passado dia 8 de Julho pelas 17h53, assisti atónito a uma situação que merece reflexão. Um pai estacionou o seu carro junto da entrada da escola primária, onde anda o seu filho por breves minutos para o ir buscar, e como até era o último dia do ano lectivo, para além do seu filho vinha também carregado com todos os livros e cadernos do ano. Quando chegou ao seu carro, apercebeu-se que de forma muito eficiente um agente da EMEL já lhe tinha emitido uma multa. Protestou pelo facto, mas o amável e humano agente da EMEL, teve a gentileza de lhe explicar que tinha cumprido com seu dever, acrescentando que se o carro estivesse em segunda fila, não teria recebido a multa, mas como o pai teve o azar de estacionar correctamente o carro, nada havia a fazer.
É notável que a Câmara Municipal de Lisboa, CML, se preocupe em colocar agentes da EMEL a multar pais na hora da saída das crianças, mas, no entanto, não se preocupa em providenciar uma área para a tomada e largada de passageiros frente às escolas.
Isto acontece porque pelos vistos, parte para não dizer a totalidade da CML, perdeu o seu sentido de existir.
A CML deveria estar ao serviço dos munícipes de Lisboa. Quando se perde esta noção é normal ver uma organização a executar ações administrativas de forma puramente burocrática e tecnocrata, perdendo-se o sentido humano por detrás de cada acção da organização. Mas não é surpreendente, por essa mesma razão a CML através de várias pessoas e departamentos, transmitiu de forma rigorosa, minuciosa, eficiente e voluntarista os dados de tantos cidadãos livres, a estados ditatoriais e que desprezam os direitos humanos e a liberdade que tanto prezamos, sem considerar as consequências para a vida desses cidadãos e dos seus familiares. O que parece importante para a CML é que se respeitou uma determinada lei cuja existência se desconhece, violando uma série de outras e os fundamentais direitos humanos que deveriam estar acima de qualquer norma iníqua.
Qualquer empresa pode acabar como a CML, que se esqueceu da sua razão de existir e que se transformou num conjunto de acções administrativas e burocráticas.
As empresas não se podem esquecer que a sua razão de existir são os seus clientes e que nada faz sentido se as suas acções perderem esse foco.
Não sei se já se aperceberam, mas muitas vezes, em muitos restaurantes, os empregados têm a tendência para dar mais atenção a mesas vazias, do que a clientes.
Não hesite em contactar um contabilista certificado caso pretende encontrar um bom programa que ajude a recentrar o foco da sua equipa no que é realmente importante para a organização.