Mensagem do Presidente Philippe Fernandes

Associação Internacional dos Lusodescendentes

Festejar todo o ano

Uma das fundadoras da AILD, disse recentemente que comemorávamos o Dia da Mulher todos os dias.

Apesar disso, a associação não quis deixar de comemorar o Dia Internacional da Mulher com a realização de um Webinar – Mulheres na e da Ciência, que por sinal foi um sucesso.
A Associação foi fundada por três mulheres e três homens, como diriam alguns, foi criada de forma paritária, embora na verdade este facto tenha sido apenas um feliz acaso.
Este fenómeno do politicamente correto e da promoção das quotas para tudo, parece mais uma ilusão dos que se pretendem promover como os grandes defensores da inclusão, da injustiça social e da defesa de determinados grupos humanos. No entanto, na prática, parece que apenas querem perpetuar as desigualdades sociais. A ideia de criar quotas para tudo, pode no limite, afastar as pessoas com mérito das universidades, da direção de entidades publicas e privadas, já que os critérios de quotas conhecidos e não conhecidos começam a ser tantos, que esperamos que as pessoas escolhidas percebam minimamente o que irão fazer…

Vejamos os critérios atuais: pertença partidária, pertença ou não de organizações secretas, a tonalidade da pele, o género, o grupo social, o bairro onde vive, a universidade onde se formou, etc… Dentro destes podemos ainda ter uma série de variações, definindo a percentagemde “raça” presente no seu sangue para ser considerado de um determinado grupo étnico, ou a percentagem de masculinidade ou feminilidade que se tem de demonstrar para ser considerado homem ou mulher, ou de todas as outras variantes infinitas entre os dois géneros… Uma certa corrente tenta impor, que na escolha se cumpram as quotas mais ou menos originais no acesso a determinada função ou organização, não se preocupando com o mérito de quem é escolhido.

Estou convencido de que quem se preocupa verdadeiramente com políticas de inclusão e de não discriminação, luta para a criação de condições entre os excluídos para que estes tenham a possibilidade de demonstrar o seu mérito, permitindo-os atingir o lugar merecido.
Evidentemente, que esperamos que quem escolhe e seleciona as pessoas, seja também movido pelo mérito, caso contrário, todo o processo fica outra vez inquinado. Por isso, é crucial a total transparência, em especial na esfera pública, sobre a composição das comissões que avaliam e selecionam as pessoas para determinados cargos assim como de todo o processo de seleção.

Não é curioso que os elementos do Tribunal Constitucional, um dos pilares da nossa democracia, acabe sempre na discussão do grande critério que foi crucial à sua escolha, o partido de pertença, ficando a variável mérito com uma função quase marginal.
Quando isto se repete ao longo de anos e anos, sem provocar uma revolta de toda a sociedade, contra um dos órgãos vitais da democracia, não será vã a discussão do mérito ou não das pessoas nos outros órgãos?

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