Mensagem do Presidente Philippe Fernandes

Associação Internacional dos Lusodescendentes

Internacionalização

No dia 23 de setembro, tive o gosto de me deslocar ao Consulado de Portugal em Paris para oficializar a constituição da delegação de França da AILD.
Voltar ao país onde nasci deixa-me sempre feliz mas por outro lado também nostálgico, no entanto este dia foi particularmente feliz, não só por conhecer os elementos da nova delegação, mas também por termos tido a presença do Exmo. Senhor Dr. Carlos de Macedo Oliveira – Cônsul-Geral de Portugal, que muito nos honrou e que presidiu ao evento. As palavras que partilhou connosco no início do evento, descreveram muito bem a essência da AILD e que nos esforçamos a cada momento por pôr em prática. As suas palavras são a confirmação de que vamos no bom caminho e são um grande estímulo e apoio para todos nós. Não posso esquecer o desafio que lançou à AILD, de representar os lusodescendentes de todas as comunidades portuguesas, pois as realidades de cada uma delas são bastantes diferentes. Por essa razão a AILD vai aceitar o desafio, estabelecendo como prioridade abrir uma delegação em cada continente.
Não posso deixar de mencionar o acolhimento generoso e a presença do Exmo. Senhor Dr. Filipe Ramalho Ortigão, – Cônsul-geral Adjunto de Portugal em Paris, bem como a presença amável do Exmo. Senhor Dr. Álvaro Ribeiro Esteves, em representação de Sua Excelência o embaixador, Dr. Jorge Torres Pereira.

O meu contacto com os lusodescendentes permitiu-me perceber que os consulados em França debatem-se com uma redução significativa dos seus recursos humanos, dificultando o trabalho que o Consulado tem que realizar e por conseguinte, a comunidade portuguesa ressente-se das consequências dessa situação.
Portugal não se reduz ao continente, mas é também os seus arquipélagos, juntamente com as várias comunidades portuguesas espalhadas por esse Mundo fora. Portugal é muito mais do que o seu espaço geográfico. As decisões políticas e das entidades nacionais têm que também refletir essa realidade, pelo menos assim espero embora muitas vezes tenhamos a impressão de que isso não acontece. Tomemos como exemplo a voluntariosa e bem-intencionada campanha da Federação Portuguesa de Futebol, que pós a circular um autocarro no Europeu de França, dizendo que a Seleção portuguesa era apoiada por 11 milhões de portugueses, esquecendo-se por completo dos largos milhões de portugueses e lusodescendentes que marcavam presença constante a apoiar a selecção portuguesa.
A AILD quer contribuir para mudar este paradigma e ajudar a construir uma só comunidade.

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