Mudanças, Liberdades… e Oportunidades!
Tempo de mudanças! No passado mês de março o país virou politicamente à direita, em busca de mudanças, já no dia 25 de abril, comemorou-se os 50 anos da liberdade em Portugal, a liberdade enquanto valor nuclear no processo de desenvolvimento, deixando a sociedade portuguesa refém destas mudanças!
No entanto, a sociedade, seja ela enquanto cidadãos individuais, seja organizada através do seu tecido empresarial, dos organismos públicos, ou de associações, tem sofrido ao longo dos tempos o impacto da ação política, mas também, deve ela própria ser protagonista e construtora de mudanças, agarrando desafios e oportunidades.
Portugal precisa que a liberdade conquistada há 50 anos seja um fator de desenvolvimento em prol do país e dos seus cidadãos. Portugal precisa de um governo e orçamentos que privilegiem a dinamização do país no seu todo, um governo e orçamentos que ponham fim ao sufoco fiscal e às burocracias que bloqueiam a vida dos portugueses. Um governo e orçamentos que permitam que as empresas cresçam, e sejam motores de crescimento económico e social, que as famílias vejam os seus impostos traduzir-se em respostas para a saúde, para a habitação e para a educação. Portugal precisa de um governo e orçamentos que se foquem nos problemas em detrimento dos ciclos eleitorais e dos interesses partidários.
Ao fim de cinco décadas de democracia e de liberdade, o que mudou? O que queremos mudar? Para onde queremos caminhar? Esta é a reflexão e o desafio que se coloca.
Senão, vejamos, os portugueses trabalham em média, mais horas do que os restantes europeus, a produtividade é baixa, e os seus salários são também mais baixos, afetando, sobretudo, os mais jovens, que têm emigrado à procura de melhores oportunidades.
A AILD tem estado atenta, empenhada e participativa precisamente aos que emigraram, aos lusodescendentes espalhados pelo mundo, que constituem as comunidades portuguesas e representam Portugal fora de portas.
Temos procurado levar mudanças, ser um veículo ativo e representativo de Portugal no mundo, e com estes concidadãos interagir e levar até eles a esperança de um Portugal que não os esquece, os reconhece e os admira, pois, são eles os grandes embaixadores da nossa língua e da nossa cultura no mundo, e que diariamente manifestam o seu patriotismo e amor a Portugal.
Nas últimas duas edições da Descendências Magazine, esta rubrica tem vindo a elencar algumas das atividades, desafios e projetos que estamos a desenvolver para e com as comunidades portuguesas, encarando o Associativismo como um dos motores de progresso e desenvolvimento.
As associações são um símbolo na sociedade, de democracia, de liberdade e solidariedade, e que devem ser diariamente reconhecidas pelas instituições do estado pelo trabalho valoroso e voluntário que desenvolvem em prol dos pilares essenciais anteriormente enumerados.
Tocqueville refere-se ao associativismo exatamente como uma “garantia de liberdade e de democracia, onde se reúne um conjunto de pessoas com o intuito de alcançar um objetivo definido”.
Numa época de mudanças e de novos desafios, parece-me essencial fazer esta reflexão e recentrar o movimento associativo como símbolo, mas sobretudo, como instrumento ao serviço de objetivos comuns, um parceiro altruísta na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A AILD quer assim reiterar a sua disponibilidade para colaborar nestas oportunidades de mudança, colocando as pessoas no centro, nesta construção de um Portugal com mais futuro, que garanta o futuro às novas gerações e possa incluir as comunidades portuguesas neste desígnio nacional.
Contem com a AILD, contamos com todos vós.