Obra de Capa

Título: Laços cinzentos
Dimensões: 100 x 80
Técnica: Acrílico sobre tela
Artista Plástica: Cristina Troufa

Cristina Troufa

Cristina Troufa nasceu no Porto em 1974. Em 1998 concluiu a Licenciatura em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e em 2012 o Mestrado em Pintura na mesma Faculdade. Desde 1995 que participa em exposições coletivas e individuais em Portugal, Itália, Espanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Taiwan, França, Inglaterra e EUA. Referenciada e entrevistada em vários meios de comunicação social dentro e fora de Portugal. Em 2011 obteve uma bolsa da FADEUP em cooperação com a Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2015 foi artista convidada e membro do júri na seleção de artistas portugueses do projeto “PortugArt” em Londres. A sua obra está presente em coleções de arte públicas e privadas tais como: Liberty Seguros, Museu Municipal de Espinho, FBAUP, FADEUP, MAEDS, Centro Cultural de Cascais e Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha e também ilustra a capa e miolo de diversos livros e revistas nacionais e internacionais.

Laços cinzentos

Nem somos nossos contemporâneos nem coincidimos por inteiro no corpo que habitamos. Somos certa distância de tempo e de lugar. Feitos de uma tendência, tentativa constante para a inteireza. Um sonho de completude que possa explicar o absoluto, atribuir a justiça à vida, à contingência de pensar.

Poderíamos ter a cabeça à parte. Levada para arquivo ou morta por antecipação. Suspensa, como numa trégua que nos permitisse sobrar apenas no corpo e perdurar sem culpa, sem compromisso. O compromisso é na cabeça, salão de debate onde a multidão nos interpela. E não podemos senão aguardar que se aquiete nos ombros ao jeito de uma bandeira pela qual, enfim, não passa mais o vento.

Nem somos errados nem permitimos garantia. Buscamos intervalos. Tempos de crescimento surdo, mudo, que nos entregarão à força no regresso, no ímpeto que nos sobrevive apesar de tudo.

Valter Hugo Mãe


© Ana Esteves Brandão

Valter Hugo Mãe

Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em muitos países.
Autor dos romances: Deus na Escuridão, As Doenças do Brasil; Contra Mim (Grande Prémio Romance e Novela, Associação Portuguesa de Escritores); Homens imprudentemente poéticos; A desumanização; O filho de mil homens; a máquina de fazer espanhóis (Prémio Oceanos); o apocalipse dos trabalhadores; o remorso de baltazar Serapião (Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino.
Escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: Contos de cães e maus lobos, O paraíso são os outros, As Mais Belas Coisas do Mundo e Serei Sempre o Teu Abrigo.
A sua poesia está reunida no volume publicação da mortalidade.
Assina as crónicas “Autobiografia Imaginária”, no Jornal de Letras, e “Cidadania Impura”, na Notícias Magazine.
Com exceção da poesia, que tem chancela Assírio & Alvim, toda a sua obra é disponível pela Porto Editora.



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