Pelos feixes dourados à descoberta da Serra
II Parte
Gostou do dia de ontem? Prepare-se que hoje tem mais!
Não há nada como percorrermos as belas aldeias carregadas de valor patrimonial. Por isso, neste segundo dia de roteiro viajamos até 2 aldeias históricas de Portugal – Belmonte e Linhares da Beira – e uma aldeia de montanha – Folgosinho.
Antes de começar esta viagem, aconselhamos a que faça uso de um carro, já que as distâncias entre as aldeias (principalmente Belmonte e Linhares da Beira) ainda são bastante significativas. Se fosse a pé, entre essas duas terras, demorava cerca de 8 horas! Contudo, prepare-se, igualmente, com calçado confortável, já que em cada uma das aldeias vai ter que dar umas boas caminhadas à medida que as visita!
Terra natal de Pedro Álvares Cabral (navegador que em 1500 comandou a segunda armada à Índia, durante a qual se descobriu oficialmente o Brasil), e Nação Judaica (pela comunidade de judeus que aqui existia desde o séulo XIII), Belmonte carateriza-se pela história de séculos que carrega, as paisagens deslumbrantes e os habitantes de ouro.
Enquanto percorre as ruas indeciso com o que visitar primeiro, observe as casas à sua volta. Aqui é possível encontrar várias casas com caraterísticas da Arte Nova (movimento artístico), com, por exemplo, a utilização de azulejos no seu exterior.
Mas, claro, o destaque para começar da melhor forma possível vai para o Castelo de Belmonte. Autêntico símbolo cultural identitário da região, este monumento foi fundado durante o século XIII, em 1258, por autorização de D. Afonso III ao bispo D. Egas Fafe. A verdade, é que passados quase dois séculos passou a ter uma função residencial, já que em 1446, D. Afonso V doou o castelo a Fernão Cabral. Essas adaptações para residência são notórias, com as janelas panorâmicas e uma belíssima janela do estilo manuelino no pano de muralha oeste. Nos finais do século XVII, um violento incêndio consumiu a ala oeste do paço, o que levou a família a abandonar o local. Ainda durante o século XVII, existem indícios de que o castelo tenha reaparecido com a sua função militar primitiva, sendo-lhe então construídos os baluartes. Ao longo dos anos desenvolveram-se também trabalhos de prospeção arqueológica no interior do castelo e ergueu-se um anfiteatro para a apresentação de espetáculos. Declarado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 15 de outubro de 1927, esta construção é uma verdadeira máquina do tempo pela história portuguesa. Além do monumento em si, conta ainda com material arqueológico recolhido nas escavações arqueológicas, disponibilizado na torre de menagem. Pode visitá-lo de terça a domingo, entre as 09h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30, por apenas 2€ (para menores de 18 anos, estudantes e reformados o custo é de 1,5€).
Para adicionar mais um Monumento Nacional à sua manhã, descubra a Igreja de Santiago e o Panteão dos Cabrais. Certamente que já conhece ou ouviu falar na cidade espanhola de Santiago de Compostela. Esta Igreja, do século XIII, e Panteão adjacente do século XV, integram o Caminho Português de Santiago, o que significa que fazem parte do percurso daquela que é uma das peregrinações mais importantes da Europa! Vai deparar-se com um completo exemplar de arquitetura religiosa com traços estilísticos, românico, gótico e apontamentos maneiristas, sobressaindo a cornija decorada com esferas, cachorrada com motivos geométricos, zoomórficos e antropomórficos. O custo é de 1€ (para menores de 18 anos, estudantes e reformados o custo é de 0,5€), de terça a domingo, entre as 09h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30. Contamos-lhe só uma pequena curiosidade, é que estão aqui depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral e de outros membros da sua família.
Recentemente requalificado, o Museu Judaico desvenda os acontecimentos da comunidade no nosso país, a sua integração na sociedade e o seu precioso contributo para a arte, cultura, literatura e comércio. A maior mensagem é a da resistência de uma cultura em tempos adversos, e, a possibilidade de tolerância e convivência de duas religiões. O custo é de 4€ (para menores de 18 anos, estudantes e reformados o custo é de 3€), de terça a domingo, entre as 09h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30. Não deixe de visitar e meditar sobre os valores que devem ser sempre relembrados e praticados por todos nós.
Já aqui foi mencionado várias vezes o nome de Pedro Álvares Cabral…sabia que pode “conhecê-lo” também?! Figura com grande valor para Belmonte, seria quase impossível que não tivesse uma estátua dedicada! Por isso, perca alguns minutos e junte-se a este notável navegador!
E, se, falamos aqui em navegação, nada melhor que rumarmos, em direção ao Museu dos Descobrimentos! Foi a determinação da Câmara Municipal de Belmonte em proporcionar a todos a possibilidade de testemunharem a descoberta do Brasil, que levou à criação deste espaço. Também conhecido como Centro de Interpretação “À Descoberta do Novo Mundo (DNM)”, este traz toda a aventura de Cabral, desde a partida e a a vida em alto mar até ao primeiro avistamento das terras de Vera Cruz. Caso pense que o tema não é do seu interesse e que por isso não o deve visitar, mude já de ideias! Este museu é muito mais do que uma viagem comum pela história. Ao longo de 16 salas temáticas vai constatar uma enorme diversidade de atividades interativas, tecnologias modernas e técnicas museográficas impressionantes que levam qualquer um a sonhar! Até para os mais novos, acredite que se vão divertir com todas as atividades! O custo por pessoa é de 5€ (para menores de 18 anos, estudantes e reformados o custo é de 3,5€), de terça a domingo, entre as 09h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30. O DNM oferece-lhe uma experiência sensorial única, venha vivenciá-la…
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