Simone Salgado

Uma referência no mundo dos negócios

Cruzar Simone Salgado é um presente por ser uma mulher que incute admiração quando revela a sua caminhada solitária e a sua história de superação. É uma inspiração para todos. Uma líder autêntica. Mineira, mãe de três filhos, empresária, mentora, escritora, palestrante internacional, especializada em Inteligência Emocional e Negócios treinada por Daniel Goleman, Tony Robbins e Augusto Cury, conseguiu superar os maiores desafios com resiliência, determinação, disciplina e sobretudo humildade infletindo o rumo da vida para o sucesso.
Fundadora do Instituto Simone Salgado e CEO do S. Group Investments, uma holding internacional, é também idealizadora do Conexão Brasil USA, um evento intercontinental de empreendedorismo, Business, network, crescimento profissional e pessoal. Ocorreu recentemente em Portugal, no Instituto Viver com Propósito, um sucesso com 1500 presenciais e mais de três milhões de espectadores online.


Graduada pelo Manor College em International Business, é Master em Coaching pela Federação Brasileira de Coaching, com Bacharel em Counseling e Mestranda em Coaching pela Florida Christian University nos EUA. Certificada em PON Global pela Harvard University, é empresária há mais de 20 anos nos Estados Unidos dirigindo um grupo de 5 empresas americanas nas áreas financeira, varejo e educação, localizadas em Filadélfia, com vasta experiência em comunicação, networking e parcerias dentro do país. Autora de 5 livros publicados com temas sobre Coaching, Inteligência Emocional, Desenvolvimento Humano e Business, entre eles “Gestão com Gentileza” figurando na lista dos mais vendidos do PublishNews, lançado em 2022 no Museu do Louvre, em Paris, Portugal, EUA e Brasil.

Por que decidiu partir para os Estados Unidos?

Aos 16 anos já tinha o desejo de ir viver para os Estados Unidos, em casa não faltava nada mas quando fui estagiar para a Caixa Económica Federal, tive acesso às pessoas ricas, naquele momento sabia que queria ser uma pessoa próspera. Fui para os Estados Unidos aos 21 anos, tinha uma amiga que me levou para um restaurante português para começar a trabalhar na cozinha e quando fui para o balcão nos primeiros dias de trabalho, um casal português disse-me assim « Olá rapariga, estás boa? Queríamos um prego no pão, um fino e uma meia de leite » brinco com isso, pensei « ali nem falo português » (risos). Foi um grande aprendizado ter trabalho no restaurante durante quase dois anos, queria empreender porque me apercebi que havia uma comunidade brasileira, mais de 500 pessoas e só existia uma pequena lojinha brasileira. Com a minha amiga abrimos a primeira loja em dezembro de 2000 e foi uma crescente até 2007, abri outras lojas. Veio a crise de 2008, o governo mandou embora imigrantes e documentados, aí tive que fechar, vender tudo. Estive muito doente, fiz um burnout, quando quebrei fiquei com dívidas, tinha pressão, muita cobrança e culpava-me muito: como consegui tornar-me uma milionária em cinco anos nos Estados Unidos e agora ficar com uma dívida de milhares de dólares? Naquela luta tinha os meus três filhos pequenos, mandei-os para o Brasil perto dos meus pais, essa decisão foi muito difícil mas sabia que era o melhor para eles.
Esse período de cinco anos foi « o meu deserto » tentando-me encontrar emocionalmente, psicologicamente, fui trabalhar na construção civil nessa época durante três anos com muita pressão, muita humilhação, era supervisora de Drywall; quando subia as escadas, escreviam todos os palavrões, todos os insultos porque era uma mulher liderando 150 homens, era uma grande ofensa para eles, essa maldade estava exposta. A culpa que carregava era tanta que pensava que merecia isso, hoje falo muito com as mulheres dizendo que é necessário ter autoconhecimento e ter discernimento, o Augusto Cury e o padre Fábio de Melo foram os meus salvadores naquele momento. Comecei a estudar durante a minha doença, li mais de 40 livros, achei a inteligência emocional e procurei uma cura, resolvi sair do meio. Decidi voltar para o Brasil durante um ano e meio e foi lá que finalizei a cura. Financeiramente, sentia-me péssima, não conseguir produzir nada… Em março de 2012 decidi voltar para os Estados Unidos, em Filadélfia, devendo mais de meio milhão de dólares mas regressei mais fortalecida emocionalmente, psicologicamente, espiritualmente e em constante estudo, decidi reconstruir, recomeçar, aliás, essa história é contada no meu primeiro livro « Recomeço », para mim, era uma questão de honra que os meus filhos pudessem andar de cabeça erguida na cidade onde nasceram.

Quais são os seus novos projetos?

O sofrimento fez-me entender o quanto é importante o tempo da plantação, do cuidado para depois colher. Em 2019 abrimos o Jumbo, já faz quatro anos e temos o desafio do Monkey Money, um aplicativo que vai ser uma Fintech, é um banco aqui nos Estados Unidos para poder atender às comunidades em língua portuguesa; a construção desse projeto começou em 2019 e agora é que vamos fazer o lançamento no final do ano e provavelmente no ano que vem no Brasil. Tenho igualmente o projeto do próximo livro que será publicado brevemente « Mais de 100 Não ».

É escritora de vários livros nomeadamente de « Inteligência Emocional Feminina », podia partilhar connosco o que é a inteligência emocional?

Este livro adaptado de uma tese académica procura lançar um olhar sobre o problema. Mais do que isso, sugerir formas de desenvolver a inteligência emocional feminina abrindo um caminho de aprendizagem pessoal que poderá ser sustentado por um trabalho de coaching, com o objetivo de fazer com que a leitora possa lidar melhor com a vida e crescer em todos os aspetos.
O autor Daniel Goleman, conhecido sobretudo pela obra Inteligência Emocional, que merecidamente será citada muitas vezes no meu livro, chamou sempre a atenção para o facto de que nos tempos atuais, para além dos diplomas e da experiência, procura-se a capacidade do indivíduo de lidar de forma adequada com aqueles que estão à sua volta e consigo. Na minha perceção e rotina profissional, a inteligência emocional é um fator imprescindível para que a mulher se desenvolva e atinja os seus objetivos no que se refere à vida pessoal e à vida profissional. Daniel Goleman diz-nos que a inteligência emocional «significa administrar sentimentos, de forma a expressá-los apropriada e efetivamente, permitindo às pessoas trabalharem juntas, com tranquilidade, visando a metas comuns». No site Escola da Inteligência, idealizado pelo escritor Augusto Cury e voltado para o desenvolvimento da inteligência emocional, da saúde psicossocial e da construção de relações saudáveis, o autor Paulo Silvino Ribeiro define inteligência emocional como « a nossa capacidade de reconhecer diferentes emoções e sentimentos e conseguir administrar tudo isso sem passar por grandes sofrimentos». É indubitavelmente um conceito abrangendo muitas definições que poderão descobrir no meu livro.

A Simone gosta de partilhar conhecimento, por isso, fundou o ISS? Quais são os conselhos que daria às mulheres empreendedoras?

Desde 2014, quando abri o Instituto Simone Salgado, compartilho aquilo que aprendi, dou formação de Inteligência Emocional, de negócios, e as palestras têm como finalidade inspirar pessoas. Não é sobre mim porque não há nenhuma graça no sofrimento, na depressão, estar distante com os filhos quase sete anos, ter dívidas, no entanto é possível conseguir, é uma história que pode fortalecer outras mulheres. Se quiser empreender tem que Pesquisar, Ponderar, Planejar e Praticar, utilizar os 4P, considerar se está disposta a pagar o preço pelo seu sonho. Escrevi um livro intitulado «Borboleta Social 21 Atitudes Poderosas para Mulheres Empreendedoras» que poderá guiar qualquer mulher nos negócios assim como na vida pessoal e nos relacionamentos, a mensagem que queria deixar é a seguinte: que o fato de SER mulher nunca seja um impedimento, mas, sim uma dádiva!

Faria tudo de novo?

Não faria porque paguei um preço muitíssimo alto durante esse período de sete anos em que não vi praticamente os meus filhos, perdi muita coisa importante mas entendo que era a melhor decisão para eles naquela altura que ficaram com os meus pais. O facto de ter tido o apoio dos meus pais que cuidaram dos meus filhos foi uma bênção.

Como definiria o sucesso?

Para mim é ter uma vida equilibrada, próspera no sentido de não ter medo daquilo que falta, poder estar com as pessoas que eu amo estando em paz, estar com saúde mental, saúde emocional, ter essa conexão com Deus, estar realmente perto das pessoas que eu amo:
os meus filhos, os meus pais e o meu marido.
Sucesso é poder realmente escolher, ter a liberdade de escolha sem julgamentos.

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