Web3

Construindo Fidelização e Identidade de Marca

Imagina-te a percorrer o teu feed de redes sociais e encontrares uma publicação de uma marca que ressoa de contigo. Um post, uma história, ou um momento que se alinha profundamente com os teus valores. Neste cenário, estás habituado a ver a opção tradicional de “Gosto”, onde clicas e continuas.

Mas imaginemos uma alternativa… desta vez é-te também apresentado mais do que as opções habituais de “gosto” ou “seguir”. Em vez disso, é-te dada a opção única de “colecionar” ou “possuir” o conteúdo.

Essa peça digital, única, escassa e autenticada, faz parte de uma coleção distribuída ao longo de 10 semanas, em diversos momentos: através de Posts, Livestreams, Reels, etc. E várias dessas peças de coleção são também desenhadas por vários artistas com que te identifica e mais… no final haverá uma oferta especial a todos os fãs que conseguirem colecionar todos os 10 objetos!
Quase sem dar conta despertaste um sentimento de propriedade e busca que faz com que te sintas parte de um micro-movimento ao qual sentes ligação e alinhamento de valores. Vais estar mais atento ao que vem a seguir.

Isto no fundo é uma forma muito simples de criar mecanismos de fidelização e interação que as marcas tanto procuram nas suas audiências.
E esta nova onda de interação é particularmente relevante para novas gerações, onde os Millennials e a Geração Z procuram experiências com outros níveis de interação, e também optam por ter uma participação mais ativa e próxima das marcas que refletem as suas identidades.

Sejamos honestos: os programas de fidelidade tradicionais, muito popularizados com milhas de companhias aéreas ou programas de pontos de hotéis, podem muito bem ser relíquias do passado quando olhamos para as gerações mais jovens. Vários estudos indicam que estas demografias abandonam rapidamente estes programas devido à falta de relevância.

O artigo da McKinsey “Preparing for Loyalty’s next frontier: Ecossystems” (ver imagem) demonstra bem essa procura de novos tipos de benefícios. Claro que descontos e benefícios transacionais continuam a ser bastante procurados, mas agora também se procura algo mais: experiências, histórias e uma identidade de marca que se alinhe com as crenças dos consumidores.

Agora, falemos sobre a revolução que os NFTs (Tokens Não Fungíveis) iniciaram. Estes colecionáveis digitais não são apenas pixels num ecrã; são um testemunho de propriedade no mundo digital. Escritos e registados em blockchains públicas, os NFTs transportam uma prova incontestável de propriedade que se estende para além das paredes digitais. Quando alguém possui um NFT, é muito mais do que um símbolo de status: é um distintivo de autenticidade que qualquer um pode confirmar de forma independente e público.

E isso é uma caixa de pandora que quando aberta traz imensas possibilidades para as marcas mais inovadoras e propícias a arriscar.
Através da Web3 as marcas ganham uma nova forma de chegar a novas gerações e criar mecanismos de fidelização inovadores e com isso desenvolver a sua identidade de marca de forma completamente inovadora.

Quando a propriedade de um ativo digital pode ser validada e verificada de forma pública e independente, este torna-se também um bilhete que dá acesso a comunidades, a experiências exclusivas e a influenciar decisões de marca. As marcas estão hoje a acordar para o poder dos NFTs não apenas como colecionáveis, mas como as chaves para criar uma ligação emocional que alimenta a verdadeira lealdade.

Já não se trata apenas de acumular pontos; trata-se de participar numa narrativa partilhada onde cada NFT é um capítulo.

Filipe Pereira Fundador Crowdclass

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