AILD dá a conhecer-se

através da RDP internacional

No passado dia 30 de março de 2023, foi para o ar mais uma edição do programa “Câmara dos Representantes” – RDP internacional, conduzido pela jornalista Paula Machado, dando voz e destaque ao trabalho que tem sido desenvolvido pela AILD – Associação Internacional dos Lusodescendentes e dos seus projetos para o futuro.

Estiveram em direto e em representação da AILD, Philippe Fernandes, Presidente da direção e fundador; José Governo, Diretor Executivo e fundador; Gabriela Trindade, Diretora Geral Conselho Cultural da delegação da AILD do Reino Unido, e Joaquim Magalhães Castro, Diretor Geral para o Mundo.

Ao longo de cerca de 45 minutos, a jornalista Paula Machado procurou através do programa da RDPi “Câmara dos Representantes”, dar a conhecer a AILD, o seu trabalho, os seus projetos e a sua estreita ligação às Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo, e a sua ligação a Portugal.

Paula Machado abriu o programa lançando o desafio a todos os intervenientes para definir “o que é ser Lusodescendente”, tendo sido um exercício difícil, dada a sua dimensão, mas praticamente unânimes no essencial, que é possuir ascendência portuguesa, com ligação à língua e cultura portuguesa e que se estende aos territórios dos países de acolhimento, dando origem às inúmeras comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Philippe Fernandes começou por apresentar formalmente a AILD, como surgiu, a sua missão, visão, valores, objetivos e o seu espaço de intervenção, que é cada vez mais amplo e abrangente, dado o crescimento da sua estrutura de ação, mas também, e sobretudo, pela importância das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo.

Gabriela Trindade e Joaquim Magalhães Castro falaram da sua atividade ligada à língua e cultura portuguesa, enquanto escritores, mas também da sua ação enquanto membros de delegações da AILD fora de Portugal, e da sua interação com Portugal e AILD-mãe.

José Governo, de uma forma muito sintética, procurou listar e dar a conhecer os inúmeros projetos e desafios da AILD para este ano de 2023, alguns projetos novos, outros projetos de continuidade do ano anterior, como é o caso da exposição “Obras de Capa”, a ação “Obrigado e Boa Viagem”, ou ainda o concurso literário “As minhas férias em Portugal”.

Dada a quantidade de projetos, desafios e iniciativas e a existente falta de apoios, mas sobretudo, também, pelo fato da AILD realizar um enorme e contínuo trabalho de promoção de Portugal no mundo, da sua língua e cultura, inserindo-se em alguns dos eixos temáticos plurianuais previsto no Plano indicativo Anual da Ação Cultural Externa, José Governo lançou o desafio ao Governo, precisamente para que esta estrutura associativa merecidamente possa integrar a Planificação da Ação Cultural Externa.

José Governo lamentou ainda a falta de apoio de que a AILD tem sido alvo por parte da anterior Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr.ª Berta Nunes, tendo demonstrado na sua ação, uma enorme falta de reconhecimento, valorização e sensibilidade pelo trabalho desenvolvido pela AILD. No entanto, manifestou esperança que o atual Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. Paulo Cafofo, possa ter um olhar diferente e uma atitude que valorize, reconheça e apoie, uma estrutura que desde 2019 tem conseguido fazer “omeletes sem ovos”.

Philippe Fernandes e José Governo, deram ainda destaque aquilo que diferencia a AILD das demais estruturas associativas, destacando ser uma associação que está todos os dias a crescer, sempre aberta à integração de novos membros, agora reforçada pela criação das delegações da AILD pelos países onde existem comunidades portuguesas a residir, criando-se desta forma uma verdadeira rede viva de Portugal no mundo. Estas palavras foram naturalmente reforçadas pela Gabriela Trindade e Joaquim Magalhães Castro, que vivem a realidade da AILD através das delegações fora de Portugal, nomeadamente, Reino Unido e Ásia, respetivamente.

Finalmente, foi evidenciado uma das matrizes fundamentais da AILD naquela que é a sua ação e o seu “chão”, que se prende com a atitude de trabalhar em cooperação, articulação e colaboração, seja do âmbito público ou privado. E é precisamente por esse conhecimento e realidade, que levou Paula Machado a iniciar esta conversa da “Câmara dos Representantes”, com uma frase de Clarice Lispector “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe”.

Câmara dos Representantes

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