Patrícia Gonçalves
A minhota guerreira. Do lixo ao luxo
Nasceu em Viana do Castelo, minhota de alma com coração de ouro, valorizando as suas raízes, genuína, generosa, Patrícia de Castro Gonçalves é uma guerreira que transborda de energia contagiando-a ao seu redor. Apaixonada por África e pela natureza, gosta de espalhar amor e positividade onde quer que esteja. Engenheira do ambiente, ingressou na área ambiental para o desenvolvimento desse negócio no Grupo Monte onde atualmente é administradora em Portugal e Angola, fazendo parte da Comissão Executiva. Fundadora da marca Do Lixo ao Luxo, palestrante internacional, pertencente ao Comité Global de Portugal Country Chair do Global Networking-G100, Patrícia Gonçalves não mede a vida pelos obstáculos mas sim pela coragem com que os enfrentam e vencem. É também uma amiga, sinto orgulho na mulher que se tornou, vivemos juntas quando estávamos ambas na Universidade de Aveiro. Foram momentos marcantes para o futuro. Uma amizade para sempre.
Explique em que consiste a marca “Do Lixo ao Luxo”?
Fruto de trabalhar na área do ambiente, onde se inclui a sustentabilidade e a gestão de resíduos, sou por outro lado apaixonada pelo mundo do luxo. Em 2021 criei a marca Do Lixo ao Luxo ® no sentido de acreditar que podemos sempre ser melhores e transformar o que não é bom numa oportunidade. Juntos e com coragem conseguiremos transformar o nosso planeta num mundo melhor, sustentável e mais feliz.
Este conceito aplica-se não só numa vertente ambiental mas também de transformação pessoal e empresarial, onde se pretende incluir o conceito da positividade, felicidade e bem-estar nas pessoas e nas empresas, tendo como pilares o desenvolvimento de amor próprio, amor pelo planeta em que vivemos e colocar amor em tudo o que fazemos quer na vida pessoal quer na vida empresarial. O maior luxo é de impactar positivamente e transformar a vida das pessoas.
Qual é o olhar sobre o seu trabalho?
Desafiante! Estar em cargos de gestão é desafiante e exige muito foco. Estou rodeada por uma equipa fantástica o que também nos permite crescer ainda mais realizando excelente trabalho! O mundo empresarial é muito exigente e obriga-nos a estar atentos e em constante evolução. Não existem rotinas e é bom chegar ao final do dia e concluirmos que o dia foi produtivo, conseguimos avançar com os temas em curso e que conseguimos evoluir rumo aos objetivos que definimos. Amo o que faço e em particular colocar em prática o espírito empreendedor e aventureiro que sempre me foi passado pelo meu pai ao longo dos anos. Gosto de estar ligada ao mundo empresarial e ao desenvolvimento de negócios, o que me permite ter acesso a muita informação e várias culturas. Gosto de conhecer pessoas e ter amigos em vários pontos do globo. Gosto de novos desafios, o contacto com várias realidades, sectores, países e culturas diferentes. Atualmente a minha atividade profissional divide-se entre Portugal e Angola. Trabalho com excelentes profissionais nos dois países e tenho muitos e bons amigos. Fascina-me ter a noção real que para além da vida profissional, na qual coloco à disposição as minhas competências, existe uma outra vertente humana e de profunda amizade que nos acompanha ao longo da vida. É bom saber e confortante que somos reconhecidos como bons profissionais e que deixamos uma marca positiva no mundo.
Qual é a sua definição de sucesso?
É gostarmos do que fazemos, estar em constante busca de aprendizagem, ser feliz, viver com amor e ter dinheiro também ajuda! (risos)
Que mensagem gostaria de deixar às mulheres lusófonas?
Na palavra « empreendedor » existe « dor », o caminho não é fácil mas como disse o Papa durante a Jornada Mundial da Juventude, não devemos ter medo mas coragem para avançar. Cultivem-se, adquiram competências, não desistam dos seus sonhos, o Amor vence tudo, na área de negócio, queremos acima de tudo equidade, as mulheres são diferentes, praticam uma liderança de empatia, de conexão, de ligação e não precisam de ter uma liderança masculina, autoritária.
Vivenciou a Jornada Mundial da Juventude, como foi essa experiência?
Não sei explicar o que vivi, foi muito emocionante, havia energia, positividade, carinho, alegria, quer sejamos crentes quer não sejamos, ninguém ficou indiferente, Lisboa foi marcada para sempre com a presença do Papa, ver esses jovens do mundo inteiro a cantar é transcendente, foi um momento mágico, a fé move montanhas.
Inspirando-me nas palavras do Papa «cada um de nós é um dom, um dom único».