Pelas Terras de Basto

Neste segundo dia, começamos o nosso roteiro em Celorico de Basto. Como partimos de Mondim de Basto o nosso primeiro ponto é no centro de Celorico, mais concretamente na Quinta do Prado. Embora as suas origens sejam mais antigas, remontando ao século XVI, a construção atual aponta para os séculos XVIII e XIX, com o jardim original da casa pontuado por topiárias de exemplares ilustres de camélias, algumas formando casas de fresco, ao gosto dos chamados “Jardins de Basto”. A possibilidade de dar um passeio entre estes formosos jardins, marcados por um verde vivaz, é algo que torna esta quinta num verdadeiro encanto para todo o município e para todos os que a visitam. E, sendo Celorico, a Capital das Camélias, é aqui que em março decorre a Festa Internacional das Camélias, um dos eventos mais atrativos da região, a nível nacional e internacional. Este ano celebrou-se a 18ª edição, com milhares de visitantes reunidos para participarem no evento, que contou com diversas atividades, como desfiles temáticos, exposições e batalhas de flores. Se conseguir tirar uns dias de março para vir a esta festa, garantimos-lhe que não irá faltar diversão!

Seguimos para a zona ribeirinha, com o Parque Urbano do Freixieiro. Este destaca-se desde já, pelos seus moinhos hidráulicos: Moinhos de Britelo e Moinhos de Freixieiro, assim como pela Casa do Moleiro. Caraterizados por apresentarem uma arquitetura agrícola e residencial, vernacular, estes monumentos, construídos, presumivelmente, no século XIX, foram recentemente recuperados, assegurando-se deste modo a preservação e a valorização deste património de moinhos de água. Salientar que aqui em Celorico celebra-se o Dia Nacional dos Moinhos (7 de abril) com várias iniciativas que promovem a riqueza cultural que os moinhos desempenham, por isso caso fique curioso para fazer parte deste evento, já tem mais 1 dia para revisitar o município. Localizado nas margens do rio Freixieiro, o parque com o mesmo nome dispõe de fantásticas condições para lazer, graças à vasta arborização que o preenche (principalmente plátanos e amieiros). Inclui parque infantil, bar, restaurante, zona de merendas, relvados acessíveis, campo de jogos e um extenso parque de estacionamento. O seu nobre enquadramento paisagístico e as suas condições privilegiadas convidam-no a visitar.
Próximo ao Parque Urbano, localiza-se o Parque de Campismo e Caravanismo de Celorico de Basto. Inaugurado em 2009, o parque tem uma capacidade para albergar 350 campistas. Além disso, possui uma zona para caravanas e autocaravanas, e 4 bungalows (T1 e T2) completamente equipados, de capacidade até 6 pessoas. Se preferir ficar mais dias por aqui a aproveitar, este é um local descontraído para a sua estadia.
Aproveite agora para saborear as deliciosas pizzas, na inconfundível Invictus (pizzaria e snack bar). O menu que oferecem conta com várias opções gastronómicas apetecíveis, para que possa agradar a todos! O serviço é de enorme qualidade, assim como o ambiente do espaço e os funcionários. Além disso, os preços são realmente convidativos, por isso garantimos-lhe que na Invictus terá a melhor oferta de qualidade com custos reduzidos. O horário de funcionamento decorre entre as 12h00 e as 14h30, e entre as 18h30 e as 22h00, todos os dias da semana (à sexta e ao sábado o horário estende-se até às 22h30).

Não podíamos deixar Celorico sem antes, visitarmos o imponente Castelo de Arnóia. Esta fortificação românica localizada no topo de uma elevação, a cerca de 250 metros de altitude, coberta de vegetação, sobressai numa paisagem cinematográfica que nos leva numa viagem pela história da nação. Aqui ressaltam quatro elementos vultosos defensivos: a torre de menagem (cujo último piso e conjunto de ameias foram reconstituídos no século XX), o torreão quadrangular, uma única porta e a cisterna. O Castelo de Arnóia encontra-se classificado como Monumento Nacional.
Passamos à “cabeça” das Terras de Basto: Cabeceiras de Basto. E que outra edificação visitaríamos em primeiro lugar, senão o magnificente Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto, classificado como Monumento Nacional. Instalado na Praça da República, este mosteiro da Ordem de São Bento, de arquitetura religiosa, compõe-se de uma igreja e dependências monacais. A sua data de construção continua a suscitar divergências, com várias afirmações, entre as quais, recuam, por exemplo, até ao século VII. Datações à parte, o certo é que este teve um papel religioso muito profundo na região durante vários séculos, e, destacou-se sempre como uma estrutura arquitetónica rica, sendo, inclusivamente a Igreja reconhecida como “uma joia monumental do barroco português”. Aproveite para percorrer os jardins que circundam o mosteiro e conhecer “O Basto”, uma estátua que representa um guerreiro lusitano, e que é para os habitantes de Cabeceiras, uma personificação da honra e da coragem.

O ponto que se segue é o espaço perfeito para conhecer com detalhe o concelho, os costumes, as tradições e a rotina do povo de Cabeceiras. Estamos a falar da Casa do Tempo, um museu que arquiva e partilha a história da região, através das suas exposições de inúmeros exemplares, e do seu conteúdo multimédia, com experiências sensoriais e exploração de vídeos e conteúdos diversos em ecrãs táteis. Este Centro Interpretativo vai fazê-lo sentir-se numa máquina do tempo…como se estivesse a contactar com o passado e o presente em simultâneo! Encontra-se em funcionamento de terça-feira a domingo, entre as 09h00 e as 17h30. A entrada é gratuita.
E, é tempo de partirmos para a nossa última terra: Ribeira de Pena. Visitarmos locais que apresentem uma biodiversidade abundante ao nível da fauna e da flora, é sempre uma opção magnética que não pode faltar num bom roteiro. Por isso, escolhemos para si o Parque Ambiental do Bucheiro (de Ribeira de Pena), que se prolonga ao longo de 18 hectares de floresta protegida. Durante a sua caminhada pelo percurso pedonal, pode consultar informações sobre as numerosas espécies, e observar uma exemplificação dos seus habitats naturais, já que aqui os animais se encontram em recintos que procuram reproduzir o seu ambiente original. A flora autóctone é diversificada, com zonas arbóreas e múltipla vegetação, que serve, recorrentemente, de sombra e alimento para os animais que aqui habitam. Conta também com um Centro de Interpretação, uma horta pedagógica e uma área com plantas aromáticas e medicinais. O Parque contribui de uma forma notável para a valorização do património ambiental regional, bem como para a sensibilização da importância da proteção ambiental.
Se ainda estiver com energia pode aceitar uma atividade diferente no Pena Aventura Park, ligada a diferentes elementos, desde o ar, com o fantasticable, à água, com o rafting. Aqui a animação é garantida! Caso o seu corpo já esteja, pelo contrário, a pedir repouso, jante e descanse no Pena Park Hotel, com toda a comodidade e conforto assegurados, num fantástico estabelecimento de 4 estrelas.
Bons sonhos, reencontramo-nos nos ventos natalícios de dezembro!


Parte
I


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