Dicas de bem-estar

Há uns anos, li um artigo em que o autor refletia sobre a evolução da educação e da medicina desde o século XVIII. Concluía, escrevendo que se um médico viajasse no tempo para o dia de hoje, espantar-se-ia positivamente com a grandiosa evolução da medicina e se o mesmo fizesse um professor, do mesmo século, ficaria incrédulo com o uso dos mesmos métodos de ensino expositivos, com as matérias enfadonhas e repetidas que em pouco acrescentam à vida pessoal, diária e profissional dos alunos. Esta constatação poderia levar-nos a todos, agentes do ensino, a refletir sobre as necessidades atuais das populações como cidadãos e profissionais de qualquer área. Nesse sentido e perante tantas catástrofes naturais, refleti sobre a eventualidade de ser surpreendida por uma situação em que apenas uma série de instrumentos e outros numa mochila pronta antecipadamente me pudesse salvar e facilitar a vida, no período em que esperamos por ajuda efetiva. Da análise que fiz das opiniões de alguns especialistas em sobrevivência, elaborei e resumi a minha própria mochila. Antes de tudo há a considerar que a mochila é pessoal e deve ser o mais leve possível, pensando na pior das hipóteses de que teria de me deslocar a pé à procura de auxílio e eventualmente ferida.

A minha mochila será impermeável e elenco as minhas escolhas: uma faca forte, multiusos que consiga entre outras coisas cortar lenha, uma corda fina mas forte que permita subir a um poste ou árvore, um recipiente em alumínio onde possa aquecer água e cozinhar alguma comida, um isqueiro, um canivete multiusos, um rolo de fita de algodão embebida em parafina de modo a servir de acendalha, duas mudas de roupa térmica e fina, incluindo meias, umas botas de montanha, uma toalha e um saco cama, de preferência com capuz. Para o imediato, uma garrafa de água potável, mas incluindo na mochila um filtro de água. Nas bolsas laterais da mochila irei colocar barras energéticas, algumas sementes, alguns enlatados pequenos com alimentos proteicos e vitamínicos, como leguminosas. É bom considerar um pequeno rádio a pilhas e um carregador de telemóvel autónomo de energia elétrica. Finalmente, algum dinheiro em moedas. Possivelmente nunca irei precisar deste recurso de sobrevivência, mas tem o valor de um seguro: é preferível ter e nunca usá-lo do que não o ter e um dia ser necessário. É sempre bom incluir na mochila um estojo de primeiros socorros, cujo curso deveria ser obrigatório no primeiro ciclo do ensino básico. Gostarias de fazer a tua própria mochila de sobrevivência? Gostarias de fazer um curso de sobrevivência e outro de primeiros socorros? Deixa a tua mensagem.

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