Mundo Lusíada

10.000 leitores mensais online | Maior portal de notícias lusófonas do Brasil | No dia 1 de setembro completa 24 anos

Uma publicação de referência em todo o Brasil

Como, onde e quando nasceu o Mundo Lusíada?

Odair Sene: O Mundo Lusíada nasceu justamente pela falta de uma mídia com linha editorial mais séria do que as tradicionais da época que costumam (ainda) a cobrir apenas eventos baseados em almoços das associações, muitas das vezes com publicações sem cunho jornalístico e com conteúdos mais modestos. Nossa publicação teve origem em São Paulo e cresceu a partir de São Paulo, tendo atualmente assinantes na maioria dos estados do Brasil. O Mundo Lusíada atua no mercado luso brasileiro desde 1º de setembro de 1998.
Mantém um portal: mundolusiada.com.br com mais de 11 mil páginas publicadas.
Nosso maior trunfo entre todos os chamados médias lusófonos, é que estamos no maior país de língua portuguesa do mundo com mais de 200 milhões de falantes. E a grande vantagem disso, é que falamos o mesmo idioma e a outra grande vantagem disso, é que o Brasil é o único país do mundo que tem o cidadão português como um irmão e não como um estrangeiro – e isso só acontece no Brasil, onde se quer, pode-se saber com precisão quantos portugueses vivem nesta grande nação.

Quais são as principais temáticas tratadas na edição impressa e na online? Quais os principais traços que as distingue?

Odair Sene: O Mundo Lusíada tem dois compromissos primordiais: divulgar a cultura portuguesa mantida pelas entidades luso brasileiras e também trazer para esta comunidade, os assuntos mais relevantes de Portugal no momento. Além de estar desde o início empenhado na divulgação da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e os principais destaques do noticiário de Portugal e Brasil. Pela linha editorial ser tratada com muito cuidado, temos dado sempre espaço para as questões políticas e económicas do Brasil e de Portugal. Isso nos fez ser reconhecidos pelos diversos Governos. E ao longo dessas duas décadas já participamos de encontros de comunicação social em Lisboa, no Porto, nos Açores, e até em Macau.

Acha que o jornal impresso vai acabar nos próximos anos? O digital já é sustentável?

Odair Sene: Sobre a existência do impresso, é uma pergunta difícil de “cravar” uma resposta. O mundo pergunta isso há cerca de 20 anos. Acho que teremos seguimentos mais fortes que manterão sim. Mas muitos seguimentos mais fracos, se já não migraram, vão migrar para o digital, sem dúvida.
Neste assunto eu ainda poderia apostar que muitos jornais considerados “grandes” no Brasil, Europa, Estados Unidos, enriqueceram enormemente ao longo de décadas, com volumosos subsídios públicos e, com essas condições também conquistaram fatias importantes nos mercados onde atuam. Já nos dias de hoje, governos estão tendendo a parar de “alimentar” este chamado “fogo-amigo” da grande mídia. No Brasil já cortam vultosas quantias que antes iam para os grandes jornais, revistas e televisões. Portanto eu acho que tem muita mídia grande empenhada em criar estratégias de sobrevivência para não morrer antes da hora.
Por outro lado, a mídia digital é tão real e ativa que podemos cravar a tendência de vermos cada vez menos matérias longas, textos mais enxutos, curtos e os vídeos sobressaindo em todas as áreas. Tanto é que atualmente o YouTube já tem mais audiência do que as redes de televisão. E por isso vem atraindo um volume gigantesco de anunciantes. É a tendência!

Durante estes anos com certeza que surgiram histórias de cumplicidade com os vossos leitores. Conte-nos alguma que tenha ficado na memória.

Odair Sene: Acho que todo jornal acaba criando cumplicidade, porque cria “confiança” e depois disso cria longas amizades e vem a cumplicidade, sem dúvida. No Mundo Lusíada acho que o melhor exemplo que eu tenho para dizer, são os vários e vários assinantes, e o vários e vários anunciantes que estão connosco no jornal há mais de DEZ ANOS!!
Quer maior cumplicidade que isso?

Que futuro ambiciona para o Mundo Lusíada?

Odair Sene: Falando muito sinceramente penso que o futuro vai ser estruturar melhor nossa área digital, que já tem o maior portal de notícias lusófonas do Brasil (e eu não conheço outro portal deste seguimento na América Latina) – estruturar melhor, fazer isso ser realmente a grande referência para o cidadão luso brasileiro (segundo análise de um jornalista da RTP, já somos) – e manter o impresso como um “resumo” do que tem de mais importante no online.
Aumentando a receita do digital e assim tirar um pouco o foco do impresso.

Brasileiro, casado, pai de três filhos, Odair Ricardo de Sene é o editor responsável pela publicação “Jornal Mundo Lusíada”, que foi fundado em 1º de setembro de 1998 e completa 24 anos em setembro próximo. Fotógrafo desde 1980, o jornalista Odair Sene tem sua filha, Vanessa de Sene também jornalista e editora de Internet, como “braço direito” da publicação que se tornou nesses 23 anos, uma referência da comunicação social luso brasileira. Odair participou em vários encontros da comunicação social fora do Brasil. Foi um dos membros fundadores da Plataforma da Comunicação Social (entidade criada para representar órgãos de comunicação das Comunidades Lusófonas ) fundada em Lisboa no ano de 2015. Com a “pandemia” o Mundo Lusíada paralisou a impressão do jornal físico, mas manteve a publicação no layout original em versão digital, aumentando assim a abrangência não só para os assinantes em vários estados do Brasil, mas para leitores lusodescendentes interessados na linha editorial da publicação. Odair Sene é um brasileiro de coração lusitano.