Jornal Gazeta Lusófona
Jornal Impresso | 8.500 Exemplares | Mensal | 6000 assinantes (Suíça, Portugal e outros países)
Fundado à 23 anos
O jornal Gazeta Lusófona fundado por Adelino Sá, está ao serviço da comunidade portuguesa residente na Suíça desde 1998. Como nasceu este projeto?
O jornal Gazeta Lusófona surgiu de uma ideia idealizada pelo Adelino Sá e Manuel Araújo. Era um sonho do Adelino fundar um jornal que servisse a comunidade portuguesa na Suíça. As complexidades que ele encontrou quando foi para o país helvético levou-o a desenvolver este projeto editorial para minorar as dificuldades dos portugueses na Suíça, através da informação que ia publicando edição após edição. O projeto que não sabia que caminho teria acabou por vingar e estar ativo vai para 23 anos. Tenho a honra de colaborar com o Gazeta deste o primeiro ano da sua existência.
Quais foram os pontos menos positivos que destaca ao longo destes 23 anos e os mais positivos?
É complicado enumerar. Os negativos acabaram sempre por serem anulados pelos positivos. Confesso que não posso dizer que tenham existido muito pontos negativos. O Adelino tem uma característica fantástica que o ajudou enquanto foi diretor – não baixa os braços e encara os problemas de frente. O ponto positivo é a missão do Gazeta, alcançada ao longo dos anos. Isto é, servir a comunidade portuguesa residente na Suíça. Promover as associações portuguesas, que são imensas, num país multicultural, a começar pelas várias línguas. O Gazeta tem recebido o carinho desses portugueses que têm colaborado com este projeto que não tem objetivos comerciais e que vai desenvolvendo a sua missão – estar ao lado dos portugueses, colaborar com eles dando-lhes informação e divulgando o que melhor fazem, seja associativa ou individualmente.
Durante estes anos com certeza que surgiram histórias de cumplicidade com os vossos leitores. Conte-nos alguma que tenha ficado na memória.
Não vou pormenorizar nem identificar ninguém, seria injusto da minha parte. Mas, em várias ações de solidariedade, tenham sido por questões económicas ou de saúde, o Gazeta sente um enorme orgulho em ter colaborado para minimizar essa dor que tem atingido vários portugueses. Independente dessas ações, o Gazeta tem recebido o carinho de todos. Muita gente tem e continua a colaborar com este jornal que é um dos mais antigos, ativos, de língua portuguesa em toda a Europa.
Quais são os principais desafios e prioridades para a nova Direção que recentemente tomou posse?
Já assumi a redação do Gazeta vai para dois anos. Sei que, como diretor, tenho uma missão complicada a desenvolver. O trabalho do Adelino foi muito. Ele deixou, positivamente, um rasto por entre a comunidade portuguesa espalhada pela Suíça. Dar continuidade ao trabalho dele é o grande desafio. Até porque não foi fácil agarrar este projeto em plena pandemia. Um outro desafio e também prioridade, a curto prazo, é voltar ao contacto presencial com associações portuguesas e ajudar estas a voltarem ao normal do seu dia a dia.
Depois dessa normalidade acontecer o desafio será sempre o mesmo – servir os portugueses residentes na Suíça.
Qual vai ser a aposta? Aumentar o número de exemplares em papel, ou passar em definitivo para o online?
A aposta continua e continuará a ser a edição em papel. Felizmente temos mantido o número de assinantes. No entanto, também apostamos no “online” com a nossa página na internet e outras redes sociais – www.gazetalusofona.com.
Que novidades em relação aos conteúdos nos pode revelar para os próximos tempos?
Não temos grandes novidades. Continuaremos a desenvolver o que temos feito. Queremos estar ao lado das associações e das atividades que elas desenvolvem e promovem por toda a Suíça. Fazendo isso já estaremos a dar honra a esta missão aliciante que é informar.
Que mensagem quer deixar aos leitores da Gazeta Lusófona?
Aos leitores, assinantes e anunciantes eu quero deixar uma palavra de agradecimento por acreditarem neste projeto a caminho de um quarto de século a informar em língua portuguesa. Sem eles o Gazeta não faz sentido. Só com a colaboração e apoio de todos é que é possível levar mais longe tudo o que a comunidade portuguesa residente na Suíça faz.
Adélio Amaro nasceu em 1973, em Leiria. Entre vários cursos frequentou Design da Comunicação e História de Arte do Século XX. Atualmente é Presidente do Centro de Património da Estremadura (CEPAE) que engloba todo distrito de Leiria e o concelho de Ourém, tendo nos corpos sociais a presença de sete municípios. É Consultor para a Cultura Popular do Município de Leiria, Diretor Artístico do Agromuseu Municipal Dona Julinha, Presidente da BiblioRuralis Associação Cultural, Diretor do jornal Gazeta Lusófona (Suíça) e Coordenador Editorial da editora Portugal Mag (Paris, França).
Foi, por duas vezes (2002-2004 / 2017-2019), presidente da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura e presidente da Associação de Investigação e Cultura de Açores e Leiria.
Referenciado em vários manuais, é autor e coordenador de 63 livros e tem uma biblioteca pessoal com cerca de 15 mil títulos e mais de 30 mil entradas documentais, onde se destaca a coleção de jornais e revistas de todo o mundo, superior a 3 mil títulos. A Biblioteca tem um enorme destaque para a literatura Açoriana, Leiriense, Etnográfica, Brasileira e História.
Foi Jornalista Profissional (1996-2005), diretor e fundador de vários jornais. Colabora na imprensa de Portugal, Suíça, França, Brasil, Canadá e EUA. Tem cerca de 4 mil artigos publicados em mais de 80 jornais e revistas.
Foi fundador e sócio-gerente da editora Folheto Edições (2003-2015).
Já participou em dezenas de congressos e ações de formação, em países da Europa, Ásia e América e nesses mesmos continentes já fez centenas de intervenções, palestras, prefácios e apresentação de livros, organizando, também, dezenas de eventos culturais.
José Carlos Godinho
2 anos agoBoa noite Sr. Adélio Amaro
Fui professor e Coordenador do Ensino Português na Suíça ainda no tempo do amigo Adelino Sá, e acabo de publicar o romance COMO O FUMO DO COMBOIO – UTOPIA MARAVILHOSA, sobre a emigração portuguesa nos anos 60 e 70, e cuja acção se passa também na Suíça, pelo que me pareceu que talvez à GAZETA LUSÓFONA pudesse interessar publicar uma nota sobre esta obra, publicada pela Editora Primeiro Capítulo.
Caso veja interesse nessa publicação poderei enviar foto do livro, e fico à disposição para qualquer complemento de informação.
Pequena sinopse:
COMO O FUMO DO COMBOIO – A UTOPIA MARAVILHOSA
é uma estória vivida que flutua entre memória e ficção, com episódios verídicos que nela são representados por personagens construídos.
Pela obra perpassa o drama daqueles jovens, ávidos de liberdade, a quem a consciência impedia a participação na guerra colonial, e que por isso tiveram que deixar o país. Mesmo no exílio entregaram a sua juventude à causa da luta anti-fascista e anti-colonialista, muitas vezes de forma utópica, mas sempre com uma grande generosidade. COMO O FUMO DO COMBOIO dá o testemunho emocionado da empolgação com que o fizeram e da força que colocaram na vontade de mudar a sociedade do seu tempo.
Desde já agradeço a atenção dispensada e
Apresento os meus cumprimentos.
José Carlos Godinho