Mensagem do Presidente Philippe Fernandes

O equilíbrio das sociedades ocidentais assenta num Estado que se norteia pela Carta dos Direitos Humanos, respeito pelos tratados internacionais e numa constituição assente nos valores europeus. Por outro lado, assenta também numa classe jornalista independente, que escrutina a sociedade livremente, e nas várias organizações emanadas da sociedade civil, como as várias religiões, ONG de carácter caritativo, educativo, cultural, recreativo e do sector da saúde, mas também organizações de carácter lucrativo.

Para uma sociedade é vital poder contar com todo estes tipos de instituições.

Todos nós devemos dar o nosso contributo para que assim seja, quer através nos nossos impostos financiados ao Estado, quer através de donativos (dinheiro, bens, tempo, etc.) para organizações não governamentais, quer com outras contribuições que permitem, por exemplo, a existência de hospitais e escolas privados, quer através do nosso consumo escolhendo as empresas que merecem existir.

Os políticos e os funcionários públicos além de deverem ter sempre presente que estão ao serviço da sociedade civil e das suas instituições, devem também dar o seu contributo para fortalecer a sociedade civil no seu todo.

Nesse sentido, o Estado Português tem de assegurar apoio técnico, informativo e formativo, didático, material, financeiro e não se pode limitar a ter uma atitude passiva, à espera que lhe batam à porta, mas ser pró-ativo e ir ao encontro das instituições.

Ainda no passado dia 23 de setembro a Misericórdia de Sernancelhe alertava que as suas faturas da energia tinham aumentado 300% e que estimava que esse aumento poderia chegar aos 1.000%. O que seria se o Estado adota-se uma atitude passiva, muito provavelmente muitas Misericórdias e instituições equiparadas veriam as suas portas encerradas num curto espaço de tempo.

Ora, o Estado tem meios como ninguém para prever e agir antes que os desastres aconteçam…

Outra atitude o que Estado não pode adotar, é a de não assumir um papel formativo e didático para com as instituições sem fins lucrativos que precisam de se candidatar à obtenção de ajudas, subvenções, financiamentos a fundo perdido, etc. porque como não consegue assegurar este tipo de ações a todas as instituições, então não assegura a ninguém, para ser justo para com todas. Este tipo de atitude não contribuiu em nada para o bem de todos. O Estado decerto que não conseguirá jamais assegurar este apoio formativo e didático a todas as instituições, mas deve tudo fazer para que a informação esteja acessível a todos, de forma clara, simples e rigorosa. E tem de ter as portas escancaradas a todos que tomem a iniciativa de bater a sua porta a pedir ajuda, não recusando a ajuda a ninguém que se apresente. Deve-se favorecer o mérito de quem toma a iniciativa e não o contrário.

 AILD como muitas das instituições, é constituída por membros generosos que dedicam o seu tempo e recursos para que os objetivos da associação se concretizem, apesar das obrigações profissionais e familiares de cada um dos seus membros.

Desafio o leitor a explorar o nosso site e a nossa Revista para conhecer as atividades que vamos promovendo, nestes três anos de existência… No entanto, grande parte das atividades não mereceram qualquer apoio do Estado, já que infelizmente nos temos confrontando com sucessivos obstáculos no acesso ao financiamento público.

É certo de que temos recebido demonstrações de incentivo, de reconhecimento de alento, é bom ser objeto dessas demonstrações, mas infelizmente não são suficientes para materializar dos nossos eventos e atividades que temos projetados.

Também é certo que as empresas e pessoas de boa vontade podem tentar suprir o Estado e vir em nosso auxílio para concretizar os nossos projetos.

Como comentei anteriormente, certo de que o financiamento em dinheiro é importante, mas não é única forma de ajudar, o tempo de cada um também o é, mas todas e qualquer ajuda é sempre bem vinda.

Por isso, não deixe para amanhã, contacte hoje mesmo e ajude-nos a concretizar este nosso projeto. Desde já vos agradecemos.