A Pele

A pele é o maior órgão e o mais pesado do corpo humano, medindo aproximadamente entre 2 a 4 m² e pesando entre 4 a 9 kg, sendo igualmente um órgão essencial na sobrevivência humana.
As dezenas de milhões de células que existem num único centímetro de pele são responsáveis por muitas e diversificadas finalidades e propósitos.
A pele é composta por vários tipos de células, que se distribuem por três camadas, epiderme, derme e hipoderme, em que cada qual desempenha uma função, que abrange nomeadamente funções de proteção, de impermeabilização, de resistência, de elasticidade, de defesa imunológica até à atividade neuro-sensorial e de regulação térmica e ainda de uma função excretora.
As doenças de pele são muito frequentes, mas é fundamental referir que as alterações dermatológicas podem representar apenas um defeito estético ou situações autoresolutivas sem necessidade de qualquer intervenção terapêutica até a doenças crónicas com grande impacto na qualidade de vida ou mesmo a doenças que podem ser fatais se não for feito um diagnóstico atempado. Assim, é imprescindível uma avaliação médica para um correto diagnóstico, aconselhamento e decisão terapêutica adequada. As manifestações cutâneas são muito heterogéneas e a sua frequência é variada particularmente de acordo com a idade e as patologias subjacentes.

Como medidas gerais são importantes as medidas básicas de higiene regular, apropriadas às diferentes características da pele, e com particular relevância a proteção solar, tendo sempre presente que o excesso de exposição solar tem consequências negativas, pois para além das imediatas queimaduras solares e do envelhecimento prematuro da pele, o aumento cumulativo da radiação ultravioleta (RUV) repercute-se no aumento da incidência dos vários tipos de cancro da pele. Se é verdade que o sol tem efeitos benéficos sobre a saúde física e mental, as preocupações sobre a exposição excessiva e deliberada colocam-nos a obrigatoriedade de frisar, como um compromisso, as medidas preventivas cruciais nestas matérias.
Particulares recomendações em relação às crianças, merecem a nossa atenção, já que a pele é muito mais sensível, sabendo-se que uma queimadura solar na infância duplica o risco de mais tarde desenvolver um cancro de pele: As crianças não devem ser expostas diretamente ao sol no primeiro ano de vida; Qualquer que seja o protetor solar não está recomendado em idades inferiores aos 6 meses; Dos 6 meses aos 2 anos, utilizar sempre filtros físicos ou inorgânicos, protetor solar mineral, menos absorvido e com menor potencial de sensibilização, com índice de proteção (SPF) muito alto (50+); Em crianças com mais de 2 anos, utilizar protetor solar pediátrico com filtros físicos e químicos com mais amplo espetro de proteção de RUV; Mesmo com tempo nublado ou à sombra a fotoproteção não deve ser descurada, uma vez que a RUV se reflete na maioria das superfícies; Mesmo à sombra a RUV é equivalente a 30% da direta, assim, 3 horas à sombra equivale a 1 hora ao sol; Aplicar protetor solar em todo o corpo generosamente, não esquecendo lábios e orelhas, e com reforço 2/2 horas ou mais frequentemente se a criança estiver na água; Evitar exposição solar entre as 11 e as 17 horas; Usar vestuário adequado que cubra a maior extensão de pele.
A estrutura e funções da pele na sua complexidade, a par do aparecimento de alterações significativas como alertas na nossa saúde global, são extraordinariamente relevantes, pelo que deveremos adotar comportamentos que nos permitam cuidar com responsabilidade da nossa saúde, cuidando atentamente da nossa pele.

Deixe um Comentário

Your email address will not be published.

Start typing and press Enter to search