A promessa das terras lusas

Desde finais dos anos 80 que Portugal tem vindo a ter uma procura crescente por parte dos cidadãos do mundo que desejam estabelecer-se neste país, criando novas raízes, abrindo-se a novas oportunidades para si e para as suas famílias. Porém foi pouco antes do virar do milénio que o Direito dos Estrangeiros começou a criar mecanismos mais eficientes e a ter em atenção mais detalhes no fundamento para as migrações. Fruto dos desenvolvimentos da legislatura nestas matérias, Portugal tornou-se um dos países com uma das mais das notáveis Leis dos Estrangeiros, tendo criado diferentes tipos de visto de residência (VR) que abrangem os vários propósitos, que ao longo dos anos, motivaram cerca dois milhões de cidadãos estrangeiros a fixarem residência em Portugal.
O ano de 2021 começou com várias promessas e sinais de esperança, com desenvolvimentos vários à escala global. Em todo o mundo temos assistido a acontecimentos que prometem a perpetuação de muitas mudanças em diferentes áreas, que sugerem não apenas um regresso à normalidade que sempre conhecemos, mas para uma ainda melhor do que aquela que deixámos antes da pandemia. Do ponto de vista das migrações, estes acontecimentos do espectro político, social, económico e empresarial, ao contrário do que se verificou entre 2015 e 2019, têm feito surgir novos padrões que podem ser analisados de diferentes prismas – desde o impacto na sociedade e economia de Portugal, até ao desvelar daquilo que precisamos melhorar rapidamente para mantermos a preferência dos cidadãos do mundo.
Na Ei! Assessoria Migratória, desde o início deste ano que temos verificado um crescente número de pedidos de visto de residência de pessoas oriundas de países que já há muito têm virado o seu interesse para se estabelecerem em Portugal, mas que ao longo deste ano não param de crescer, em quantidade, a um ritmo surpreendente.

Estados Unidos da América, Reino Unido, África do Sul, Índia e Israel, têm sido os principais países que nos chegam, diariamente, como novos pedidos de visto. As motivações para cada um sair dos seus países de origem, variam de caso para caso, de nacionalidade para nacionalidade, mas as razões pelas quais optam pelo nosso país são, em quase todos os casos, as mesmas.
Chegado agora o Outono, face aos dados relativos ao estado da vacinação contra o Covid-19 em Portugal, considerando que mais de 80% da população já está com todas as tomas da vacina, acreditamos piamente que os resultados conseguidos pela Task Force do Plano de vacinação e restantes entidades públicas responsáveis pelo processo, se tornaram mais uma fator atrativo para quem lá fora procura uma nova vida em Portugal.
Claro está que os fatores de sempre – clima, gastronomia, cultura, segurança, qualidade de vida, estabilidade social e política, capacidade de retorno de investimentos, qualidade dos serviços e dos produtos nacionais, serviços de saúde e educação públicos – continuam a desempenhar o papel principal no que diz respeito às grandes motivações quando se fala de migrar para o nosso país. Contudo, o que se pretende salientar, realmente, é o grau de eficiência, celeridade e capacidade de superar os obstáculos que foram surgindo pelo caminho, que conseguimos ter nesta jornada pela imunidade de grupo.
Uma vez mais Portugal destacou-se pela positiva neste combate contra a pandemia e deu que falar nos media internacionais pelas conquistas conseguidas. O ininterrupto crescimento de cidadãos estrangeiros com processos de visto e pedidos de autorização de residência pendentes são uma evidência do quão sexy Portugal está a ficar aos olhos de cada vez mais nacionalidades, que olham além das diferenças linguísticas e culturais, pondo outros valores acima de todo e qualquer eventual obstáculo.
Note-se que estes processos de visto de residência têm por base os pensionistas ou detentores de rendimentos próprios nos países de origem (vulgo visto D7).


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