Alô, alô, marciano. Aqui quem fala é da Terra.

Para variar, não queremos guerra…

Estamos a assistir a uma banalização da guerra.
Um pequeno punhado de gente define, planeia e concretiza guerras. Desfilam pelas televisões e pela Internet grandes mísseis, ogivas nucleares e outros ‘supositórios’ gigantes verde tropa, que mais parecem brinquedos de crianças sem consciência nem racionalidade a brincar ao mais forte, astuto, antecipando o próximo passo a enganar e baralhar os meninos, peões perdidos num jogo de xadrez, distraídos nos mercados de Natal, onde até as luzes de circo esganam troncos de árvores.
Coitadas, com tanto brilho próprio. Tudo brilha num Natal e Fim de Ano, onde se continua a matar em nome de Deus e do Amor. A Guerra e o Natal não combinam. Não por culpa do “capitalismo” e liberdade de dar e receber presentes embrulhados de ternura, mas pelo desperdício de biliões em armamento. Dizem: de defesa. Já se fizeram e desfizeram acordos de desmilitarização, trocaram juras de amor, deram abraços e fizeram promessas de lealdade mas, em boa verdade, aqueles que teimam em ser os negócios mais rentáveis do mundo continuam a ser o armamento, o tráfico humano e a droga, numa dança de pódio.
Contra isto, nozes.
Não é a negação da natural e ancestral agressividade do Homem ou uma visão infantil ou adolescente de que se pode sim acabar com as guerras. Trata-se da gritante perplexidade perante a tentativa de nos convencer que a guerra – na senda da disputa por território – é o que nos resta para alcançar a Paz. Duelos de mísseis? Desejos de Boas Festas por caças Fl6, à hora marcada, como fazia Raul Sonaldo? Só pode ser paródia. ‘Está lá, é do inimigo? É para dizer que hoje a guerra está fechada’.
E nós, empreendedores? Vemos a banda a passar? Sentarem-se à mesa da diplomacia? As guerras passadas foram ‘ganhas’ ou perdidas quase sempre nas trincheiras com cavalos mais ou menos robóticos, com o sacrifício dos filhos das Pátrias honrosas das linhas dos seus territórios. Não podem esquecer-se de que educar as crianças e os jovens para a Paz e Harmonia fica para quem, sem argumentos, tenta fazer jogo de cintura e de vez em quando – perante tanto paradoxo e hipocrisia – vêm alunos pegar numa arma a imitar a guerra dos crescidos. Esses são poucos e almejam cegamente, poder e mais poder com armas vendidas pelos mesmos a todos os lados do ‘conflito armado’, expressão como gostam de rotular com laçarotes as guerras puras e duras que impõem marcas profundas a quem experimentou esse ‘teatro de operações’.
Será mesmo o Homem um ‘animal falhado’? Ou vamos finalmente, fazer da Paz o maior negócio do mundo? Boas Festas e uns exclusivos Ano e paradigmas Novos!

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