Brexit Call Portugal Home

O tema do Brexit – que durante os últimos anos foi tema de telejornal numa base, praticamente, diária – parece ter caído no esquecimento da maioria devido à pandemia e à guerra na Ucrânia. Depois de três anos e meio e muitas idas e vindas, a saída do Reino Unido da União Europeia, foi oficializada às 23h do dia 31 de janeiro de 2020.
Este acontecimento é histórico, pois foi a primeira vez que um país deixou a União Europeia desde sua criação. Há ainda muitos céticos a respeito dos benefícios e prejuízos que o Brexit pode trazer tanto ao UK como ao resto da UE, e destas inquietações temos verificado um fenómeno, no mínimo, curioso.
Porém, antes de partirmos para a reflexão a respeito deste acontecimento, por forma a refrescar as nossas memórias respondamos, assim, a algumas questões relativas ao Brexit.
O que é o Brexit?
A palavra propriamente dita é a abreviatura do processo inicialmente designado de “British exit”. Com o passar do tempo o termo tornou-se a representação de um conceito e do próprio processo de saída do Reino Unido da UE.

Por que razão quis o Reino Unido sair da União Europeia?
Num referendo realizado em 23 de junho de 2016, os eleitores britânicos puderam decidir se o Reino Unido deveria permanecer ou deixar a UE. A maioria – 52% dos eleitores — entendeu que o país deveria deixar o bloco (depois de 47 anos como membros da UE).
Contudo esta saída não aconteceu de imediato. Foi inicialmente marcada para o dia 29 de Março de 2019, mas o prazo, por não ser cumprido por falta de acordo, foi ainda adiado três vezes, marcando-se assim a data definitiva para 31 de janeiro de 2020.

O que diz o acordo?
As discussões centraram-se nos termos deste “divórcio”, que definiriam como seria esta saída do Reino Unido, e não no que ocorreria após esta separação.

Johnson manteve grande parte da versão inicial do documento, mas sem o ponto mais controverso, o chamado “backstop”, uma cláusula que pretendia evitar o retorno de uma fronteira fechada entre a Irlanda do Norte (que é parte do Reino Unido) e a República da Irlanda (que é um país independente e integrante da UE).
Outros pontos do acordo de retirada são:

• Os direitos dos cidadãos da UE no Reino Unido e dos cidadãos britânicos na UE permanecerão os mesmos durante o chamado “período de transição”;
• Quanto dinheiro o Reino Unido deve pagar à UE pela saída — o valor é estimado em cerca de 30 bilhões de libras ou R$ 170 bilhões.

Curiosamente, desde que o Brexit foi anunciado, na Ei! Assessoria Migratória temos recebido centenas de pedidos de cidadãos britânicos a procurarem os nossos serviços em busca de apoio para se estabelecerem em Portugal.
Quando falam sobre as suas motivações para criarem aqui novas raízes, a maioria destes cidadãos expressa mais aspetos relacionados com o nosso país, do que propriamente o seu descontentamento com o Brexit. A segurança social e política de Portugal; uma boa e equilibrada qualidade de vida; um sistema de saúde acessível a várias carteiras, composto por profissionais competentes; o clima solarengo durante os meses de Primavera e Verão, temperado com um frio comedido e chuvas moderadas no Outono e no Inverno; o povo cálido e hospitaleiro; as praias paradisíacas e com longos areais; os preços de imóveis muito mais baixos que nas suas terras natais; o futuro promissor com a transformação digital crescente nos setores público e privado.
A Ei! continua a ser o canal condutor dessa confiança que dá forma aos sonhos de tantos cidadãos do mundo – venham eles de onde vierem.

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