Diana & Filipe

Um estágio em Heidelberg, levou a Diana a sair de Portugal, mas a família falou mais alto. Saíram 2 mas regressaram 4, e não se arrependem nada de terem voltado.

Que motivos vos levaram a sair de Portugal em 2015? Porquê Heidelberg?

Em 2015, eu fui fazer um estágio no EMBL (European Molecular Biology Laboratory), que fica localizado em Heidelberg. Já saí com o intuito de procurar uma posição de doutoramento, tendo em conta que na área de genética e biologia molecular há tão poucas oportunidades em Portugal. Fui a várias entrevistas pela Alemanha, mas o doutoramento que me cativou mais acabou por ser na University Hospital Heidelberg. O Filipe, pouco depois de eu ter arranjado a posição de doutoramento, foi ter comigo em janeiro de 2016. Foi para lá a trabalhar remotamente para a empresa portuguesa da altura, mas poucos meses depois acabou por transitar para uma empresa alemã, onde se mantém até agora.

Como foi a vossa adaptação a um novo país?

Foi um processo entusiasmante, mas cansativo, já que nenhum de nós até à data tinha tido qualquer contacto com a cultura ou língua alemã. Por exemplo, tivemos que nos habituar que os supermercados e lojas fecham todas aos domingos e adaptarmo-nos ao estilo de vida alemão mais virado para caminhadas e convívio com a família e amigos. Desporto também é uma realidade diária para a maioria dos alemães e como andam de bicicleta para todo o lado, a atividade física acaba a estar incorporada no dia a dia, bem como os passeios ao ar livre independentemente do tempo, como eles muitas vezes dizem: o tempo não está mau, as pessoas é que não estão equipadas à altura (“Es gibt kein schlechtes Wetter, es gibt nur falsche Kleidung.”) No fim de contas, o que se estranha acaba por entranhar e agora que voltamos vemo-nos a aplicar o estilo de vida alemão aqui em Portugal.

O que vos fez regressar?

Acima de tudo a família. Mas honestamente já saímos de Portugal a saber que iríamos regressar assim que eu acabasse o doutoramento e encontrasse emprego na área. Queremos que os nossos filhos cresçam com a cultura portuguesa e perto da família, à qual damos muita importância. Estamos eternamente gratos pelas experiências fantásticas que tivemos fora de Portugal, que sem dúvida nos enriqueceram muito. Agora que cá estamos não nos arrependemos nada de termos voltado.

Quais são os vossos projetos atuais?

Eu continuo a trabalhar para a minha empresa na Alemanha na área da genética humana. A empresa do Filipe na área de tecnologia da informação abriu um departamento em Portugal para onde ele foi transferido.

Como conheceram os apoios financeiros ao Programa Regressar?

De forma inesperada! Numa das nossas visitas a Portugal (em que aproveitamos para fazer de turistas que não fomos enquanto cá vivíamos), visitamos Sandomil (na Guarda). No alojamento onde ficamos o tópico apareceu casualmente numa conversa com os donos. Informação que ficou guardada ainda durante uns anos connosco, até ser realmente precisa para o nosso regresso.

Como correu o processo de candidatura?

Os documentos necessários são simples, bem como o processo. No nosso caso foi mais difícil porque as autoridades alemãs não emitiram os documentos com as datas todas (mudamos de casa algumas vezes) e tivemos que solicitar correções a diferentes municípios. Contudo, assim que conseguimos obter esses documentos, foi muito simples a candidatura. O Programa Regressar ajudou-nos muito no regresso, cobriu parte das nossas despesas com o camião das mudanças e os airbnbs onde ficamos aquando da viagem de regresso (feita de carro). O Programa Regressar vai continuar a ajudar nos próximos anos com os benefícios que inclui e estamos muito gratos por pudermos regressar a Portugal com esta ajuda imprescindível.

O Programa Regressar deseja muitas felicidades neste vosso regresso e muitos sucessos!

Programa Regressar

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