Grande Entrevista Mário Dorminsky e Beatriz Pacheco Pereira

40 anos do Fantasporto

Fotografia ©Memorabilia Studio

Francisco Mário Dorminsky de Carvalho, natural do Porto, fundador da revista Cinema Novo em 1978, e do Fantasporto em 1981.
Durante muitos anos dedicou-se a várias atividades na área da cultura, desde o cinema, passando pela arquitetura, o jornalismo e ainda o ensino. Desempenhou funções como vereador entre 2005 e 2013, sendo responsável pelo pelouro da cultura, património e turismo em Vila Nova de Gaia.
Atualmente mantém-se ligado ao Fantasporto juntamente com a esposa.
Beatriz Pacheco Pereira, natural do Porto, licenciada em filologia germânica esteve ligada à área do ensino entre 1972 e 2008.
A sua carreira fica marcada pela entrega da Medalha de Mérito Cultural do Governo Português, e a Medalha de Ouro das Cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.
Fundadora e diretora do Festival Internacional de Cinema do Porto, mais conhecido por Fantasporto, onde continua a desempenhar funções.

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Boa tarde aos dois. Agradecemos a vossa disponibilidade para esta entrevista. Para quem conhece pouco da vossa história de amor, podem contar-nos como se conheceram? Sabemos que não foi numa sala de cinema.

Mário: Já contamos com 46 anos de casados. É uma história muito simples e complicada. Isto é, complicada porque tu (Beatriz) tens o teu ponto de vista em relação a isto….

Beatriz: Ele tinha 16 anos e eu dei-lhe explicações. Depois gostávamos das mesmas coisas, por exemplo cinema. Tudo começou em 1972, no Círculo Portuense de Ópera, o Mário como tenor, e eu como soprano. Casámos em 1976. Trabalhámos sempre juntos no Fantasporto que fundámos em 1981, apesar das nossas próprias profissões. Eu como professora do ensino secundário e o Mário como jornalista. Muito trabalho e muita paixão pelo cinema e pelo Porto.

Mário: O Círculo Portuense de Ópera é uma das instituições da cidade que ainda existe, embora esteja em franca decadência, e que na altura era um dos dois grandes corais sinfónicos existentes em Portugal. Havia o coro da Gulbenkian e o Círculo Portuense de Ópera. Nós trabalhávamos em grandes salas, ora no Coliseu, ora no Rivoli e por aí fora. Eu já vinha de coros desde miúdo, desde o coro da Igreja, do Marquês concretamente, depois passando pelo coro da Sé que era um coro bastante interessante e um ano antes de começarmos a “andar juntos” fazíamos circuitos com amigos, onde víamos exposições, íamos às livrarias, aos cineclubes e na prática o que acontece é que percebemos que os nossos interesses eram muito parecidos para não dizer iguais, inclusivamente a nível social e político, e uma coisa levou à outra. Depois, integramos o grupo do José Mário Branco onde passamos da ópera, para a música de intervenção e fazíamos concertos em todo o lado.

E nessa altura já namoravam?

Mário: Já. Andávamos a fazer esses circuitos em paralelo com a atividade profissional. Eu trabalhava em arquitetura no Fundo de Fomento de Habitação – num projeto muito interessante chamado SAL, que durou cerca de quatro anos e acompanhou o período em que estive em arquitetura. Depois do casamento (acho que foi o único choque da nossa vida) estive seis meses sem fazer nada porque zanguei-me com os professores da escola, abandonei o curso e fui dar aulas de educação visual para Riba de Ave. Além disso, estive na área do marketing, trabalhei numa companhia de seguros e depois estive 15 anos em jornais.

Beatriz: Eu era professora do ensino secundário, comecei na escola Infante D. Henrique no Porto e fui fazendo o curso ao mesmo tempo que dava aulas (desde os 18 anos); ainda fui para Coimbra durante um ano e regressei ao Porto quando abriu o curso de Filologia Germânica. Toda a minha vida enquanto professora (durante 30 anos) foi feita a viajar pelo país e a fazer o FantasPorto.

Fotografia ©Memorabilia Studio

A paixão pela cinematografia como é que surgiu?

Mário: No meu caso foi muito simples – era um passatempo. Ao estar a viver no Marquês de Pombal e estar muito sediado naquela zona, existia lá um cinema, o único ao ar livre, o cinema do Terço que só funcionava no período de verão e eu tinha uma espécie de lugar reservado, eu via filmes uns atrás dos outros, isto desde os meus sete ou oito anos. Tanto via um filme de autor como um filme de grande espetáculo. Esse início de ligação ao cinema permitiu-me ter uma leitura do cinema abrangente e começar a sistematizar na minha cabeça o que era o cinema, e as características de cada filme.

Beatriz: Eu comecei aos seis anos a classificar filmes. Comecei desde muito cedo a colecionar papéis (uma tradição de família), a minha mãe fazia desenhos de atores, o meu pai levava-me ao cinema e o colégio onde eu andava tinha sessões semanais de cinema. Também a igreja do Marquês onde eu andava costumava exibir filmes. Portanto, era muito normal acompanharmos o desenvolvimento do cinema. O meu pai sempre me disse que “saber é poder”, a minha mãe era menos cinéfila, mas sempre exigiu trabalho e brio.

Todos os dias 24 horas juntos como gerem a vida pessoal e profissional?

Mário: Não é verdade. A Beatriz esteve sempre de um lado para o outro a viajar, principalmente pelos períodos da semana. Nós sempre vivemos no Porto e no meu caso, a partir do momento que temos a revista Cinema Novo, em 1978, eu estava pelo menos 15 dias por mês fora em vários festivais, a realizar diversas entrevistas. Esse tipo de vivência permitia que quando estávamos juntos, estávamos mesmo juntos. E, quando estávamos juntos tínhamos muito trabalho, porque fazer uma revista dá muito trabalho.

Beatriz: Todo o nosso tempo livre era para o Fantasporto. Era a vantagem que tínhamos e temos em sermos casados, nós podemos discutir em casa, ao jantar, ao almoço. Levamos o trabalho para a vida privada. Temos sempre maneiras diferentes de ver o problema e assim vamos conseguindo fazer coisas.

Durante estes anos foram imensos os prémios que receberam, entre eles a Medalha de Mérito Cultural pelo Governo Português e as Medalhas de Grau Ouro das cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. Ainda se lembram como se sentiram e o que pensaram?

Beatriz: Sentimos reconhecimento pelo trabalho que tínhamos feito, pela notoriedade internacional que tínhamos na altura. Se esse mérito fosse traduzido em mais apoio, melhores condições de trabalho, teria sido bom,mas de facto não. Chegamos ao fim e temos as mesmas dificuldades.

Mário: Por outro lado, sentimos que o processo de atribuição da medalha, não no caso da Câmara Municipal do Porto nem de Gaia, mas a nível do Ministério da Cultura e do Estado Português, um bocado como o, “toma lá”!

Ao longo dos anos participaram como júris em festivais internacionais de cinema. Sentem que existe um olhar diferente sobre a indústria da sétima arte comparativamente com Portugal?

Mário: Somos o único país do mundo em que o cinema é integralmente pago. Em Portugal os filmes são integralmente de autor onde fala das suas preocupações e transmite informações pessoais. Estes filmes são muito bem recebidos em festivais e bem aclamados por parte da crítica, mas como não ocupam lugar na sala de cinema passam ao lado do público no geral. A produção cinematográfica nacional está a cargo de grandes produtores. Em Portugal, a indústria do cinema estagnou.

Beatriz: Lá fora, gostam do cinema que fazem, cá não. Não se faz cinema para o público ver. E o espaço de exibição dos filmes portugueses é cada vez mais restrito. Lá fora há mais profissionalismo, menos compadrio e centralismo. É mais fácil filmar. Também há menos interferência do Estado, e há mais patrocinadores. Não são só os do costume que fazem filmes. O cinema português anda aos soluços.

Foi a primeira mulher a participar como colunista de crítica de cinema n’ O Primeiro de Janeiro e a primeira a publicar livros de cinema. Como aconteceu?

Beatriz: Na família que nasci tive sempre a noção que as mulheres podiam fazer uma coisa e os homens outras coisas e isso de alguma forma espicaçou-me. Quando eu entro n’ O Primeiro de Janeiro vou ocupar o lugar do Mário, e, entretanto, já tinha muitos textos feitos na revista Cinema Novo. Foi o meu primeiro trabalho como crítica de cinema. A noção de que sou um bicho raro em Portugal continua até hoje. As pessoas continuam a dizer “como é que uma mulher consegue fazer um livro de 600 páginas?” mas, eu nunca deixei de fazer nada pelo facto de ser desencorajada.

Como surge a Cinema Novo CRL?

Mário: A Cinema Novo revista aparece em 1978 e a Cinema Novo CRL aparece em 1988, com o objetivo de conseguirmos exibir filmes, o que, com a revista não era possível. A partir do terceiro número da revista começamos a acompanhar mensalmente ciclos de cinema. Foi bastante importante porque tínhamos acesso a um conjunto de salas de cinema, por exemplo no Lumière no Porto e do outro lado da rua no auditório Carlos Alberto que tinha sido na altura alugado pela Secretaria de Estado da Cultura. Dessa forma, durante 15 dias por mês fazíamos programação de ciclos de cinema, e assim cada revista estava relacionada com o ciclo que íamos fazendo. Neste seguimento, dez anos depois, existe uma produção especial chamada cinema fantástico que serviu de catálogo ao primeiro Fantasporto.

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Como nasceu a ideia de criarem o Fantasporto?

Mário: A ideia do surgimento do Fantasporto surgiu durante a cobertura do Festival de Cinema de Sitges em Espanha. Aquele era (e é) um festival de terror e em conversa com duas pessoas, ela era belga e ele francês, debatíamos sobre a pergunta “O que é cinema Fantástico”, e neste seguimento, – um deles até tinha escrito um livro sobre cinema fantástico – chegamos à conclusão que o Fantástico não tem nada a haver com o terror, porque este está diretamente ligado à realidade e tudo o que transcende a realidade, o imaginário, é que é de facto o fantástico. E foi dessa definição que trouxemos desse festival que surge o primeiro Fantasporto. Nós fomos buscar os filmes fantásticos portugueses que ninguém tinha visto, também filmes que já tinham estreado mas que poucos assistido, como a Guerra das Estrelas. Em 1982 já fizemos um Fantasporto mais competitivo, e começamos com uma mostra de sete sessões por dia. Fomos os primeiros a mostrar cinema Chinês, Australiano e Neozelandês. Ao fim de cinco anos já estávamos firmados nos festivais de cinema, foi uma coisa muito natural. O facto de ninguém recusar os nossos convites para participar, faz com que o Fantasporto seja melhor ano após ano.

Beatriz: Havia que fazer algo que não havia cá, seguindo a tendência da altura que era a descoberta do cinema fantástico. O primeiro Fantasporto, de 1981, não foi competitivo, mas já tinha a estrutura de um festival. Foi essa intensidade e excelente organização que valeu fama instantânea ao festival. O respeito internacional fez o resto. Fazer o festival envolve cerca de uma centena de pessoas…ou mais. Mas são precisas poucas para o idealizar. Felizmente, pertencemos a uma geração que viu filmes em sala. Sabemos a diferença entre o ecrã de uma sala e o de um computador. Não somos um festival de copos, somos um festival de cinema que respeita os filmes e os seus criadores.

Aquando da criação do Festival de Cinema Fantástico do Porto trouxeram grandes filmes, ainda se recordam como foi a estreia em 1981?

Beatriz: Uma sensação nos jornais, aplausos vindos de todo o lado muito apoio das entidades, nomeadamente da Secretaria de Estado da Cultura, da Câmara Municipal do Porto da altura, e ainda da comunicação social.

O festival ainda é recebido com o mesmo entusiasmo?

Beatriz: O festival mudou em 40 anos, como todos. Sempre nos adaptámos à evolução da tecnologia. Mas o nosso papel de pioneiros, por exemplo a criar uma secção competitiva generalista num festival temático, a introdução de atividades paralelas correlativas ao cinema como exposições, concertos, conferências e debates, o facto de termos sempre homenageado personalidades marcantes do cinema português, feito inúmeras edições de livros e filmes, ajudaram a manter o festival na crista da onda. Também as relações que criámos com distribuidores e produtores internacionais, o facto de trabalharmos com as escolas e universidades com cursos de cinema, entre muitas outras inovações, acabaram por nos dar a garantia de que o Fantasporto é respeitado e até admirado. Isso não quer dizer que sejamos os mais apoiados. Como em tudo em Portugal, há muita política e pouca cultura nos decisores. Mas temos espectadores fiéis há 40 anos, outros que entraram como estudantes e já fazem filmes que apresentámos no festival, várias gerações de cinéfilos, entusiastas vindos de todo o mundo atraídos com a lista impressionante de realizadores que descobrimos. É assim que se mede a importância de um evento destes.

Como é que fazem para todos os anos inovarem e trazerem ideias e conceitos novos para o vosso festival da Invicta?

Beatriz: A delineação do programa é feita pelos dois. As retrospetivas ficam decididas e perante os filmes novos, nós podemos apresentar um programa novo todos os anos. Por exemplo, para um rapaz ou uma rapariga de 20 anos que não conhece os clássicos dos anos 30 ou 40 nós criamos a secção Fantas Classics e depois temos as homenagens a realizadores e personalidades que achamos importantes. Todos os anos é muito fácil variar.

Mário: Nós consideramos que os públicos vão mudando e já vamos na quinta geração de públicos de cinema e sentimos que nos últimos anos os miúdos que já ouviram falar no Fantasporto não fazem a mínima ideia do que é o Fantasporto. O nosso festival é inspirado nos melhores festivais que se fazem lá fora. E tentamos todos os anos inovar. O Fantasporto tenta atrair o turismo, públicos jovens todos os anos, por exemplo os Erasmus. Nos últimos anos, os festivais e o cinema comercial assistem a um decréscimo significativo, de cerca de 30% de participação, porque todos os meses as pessoas têm 600 filmes para ver nas televisões. E, qualquer pessoa pode fazer streaming dos filmes, ou seja, pode ir buscar os filmes onde quiser e que tenha menos de 50 anos.

A edição deste ano realizou-se no Hard Club devido à pandemia. Como conseguiram gerir todas estas mudanças?

Beatriz: A nossa decisão era fazer online ou não fazer o festival. Nós tínhamos compromissos e apoio do ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual) para fazer o festival, bem como com os nossos patrocinadores. Nós fomos sempre adiando o festival (normalmente começa em finais de fevereiro ou inícios de março) e ninguém tirou os filmes do Fantasporto. Com alterações de datas e ajustes das normas do Governo, conseguimos dez dias de festival com espaço novo, os mesmos filmes de fevereiro e a mesma organização.

Mário: Tivemos muitas dificuldades, porque as pessoas tinham medo de sair de casa, os restaurantes estavam todos fechados… Apesar de tudo tivemos sala cheia com os lugares que estavam disponíveis.

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Beatriz Pacheco, durante a edição deste ano foi lançado o livro “fantasporto 40 anos – uma história de cinema”. Que balanço faz deste lançamento?

Beatriz: Sempre reuni material do “Fantas”, por isso tinha a base, mas faltava o resto, desde quantas pessoas nós descobrimos, as pessoas que passaram, enfim fazer um pouco de estatística sobre estes 40 anos e que explicasse a importância deste festival que tanta gente comenta no estrangeiro. O livro conta sobre as cartas que fomos recebendo ao longo destes anos, as críticas que fizeram do festival e isto diz muito mais do festival do que propriamente da listagem de filmes que nós apresentamos. Para mim era importante registar todos os dados em papel e que as pessoas soubessem o que é o Fantasporto. O livro tem um trabalho gráfico fantástico do nosso filho João Dorminsky e a necessidade de comentar um evento que dura há 40 anos com as mesmas pessoas. O Fantasporto continua a viver quer na memória dos espectadores, quer das pessoas que estão no estrangeiro. Tenho muito orgulho em ter feito este livro.

Se tivessem de descrever a importância do Fantasporto para a cultura portuguesa, qual seria?

Beatriz: Temos a Medalha de Mérito Cultural do Estado Português e, portanto, devemos ter feito alguma coisa de jeito. Temos prémios vários, nacionais e internacionais. E, como temos uma visão alargada e integrada do cinema – as Artes e as Ciências do cinema entraram no festival desde a primeira edição – não duvido de que trabalhamos muito para levar a cultura portuguesa ao mundo. Não conheço outro festival português que tenha o nosso historial.

Mário: Quando se olha para o cartaz nomeadamente para os filmes que serão exibidos, culturalmente o festival existe e de uma forma muito forte. É um evento cultural com o objetivo de levar o cinema que não é normalmente visto porque as pessoas não frequentam salas de cinema e esta é uma oportunidade de assistirem aos filmes. O Fantasporto é muito mais do que cinema, do que filmes é tudo o que está à volta, por isso, existem exposições. Nós alargamos o Fantasporto a tudo o que faz parte da vida e da cultura.

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Gostávamos de saber a vossa opinião sobre a forma como o Estado apoia a cultura e o cinema em particular? Como está afinal a nossa cultura?

Beatriz: A cultura é muito protegida em Portugal pelos lóbis que estão no poder, os grandes nomes são apoiados por Lisboa e os que estão fora da Capital não existem em termos de notoriedade. Por exemplo, quando se diz que um grande pianista ou cineasta tem de ir lá para fora ganhar prémios e voltar para cá para ser conhecido, isso não é bem assim para toda a gente, porque depois não são apoiados e têm imensas dificuldades em serem produtores independentes. Os músicos portugueses, de música clássica quase não têm carreira em Portugal; e a música popular a mesma coisa. A nossa televisão favorece a música pimba em detrimento da boa cultura. Quando era miúda tínhamos peças de teatro que passavam na televisão, as grandes obras de cinema passavam na televisão. Era necessária uma regulamentação para manter o público culto, e em Portugal não se faz nada disso. Continuamos com uma população quase analfabeta, a maioria das pessoas está totalmente alheia a espetáculos, a cinema, teatro e música. Depois, temos a elite que é maioritariamente sediada em Lisboa que tem os apoios que precisa, que concorre e ganha prémios. A minha perspetiva é muito negativista e pessimista.

Mário: O cinema não existe a norte, salvo alguns casos de cineastas independentes, como é o caso do Luís Diogo. Tudo porque nem o Estado nem os orgãos de comunicação social divulgam a cultura e o cinema em particular. Os produtores culturais foram obrigados a ter que fazer publicidade, para conseguirem vender o seu produto, o que é verdadeiramente inacreditável.

Beatriz: Porque a acabou a crítica, de cinema, de teatro de música. Anuncia-se um grande concerto na Casa da Música, mas não temos um texto sobre isso. Ninguém aprecia o que se faz. As pessoas passam a ir aos eventos pelos locais e não pelos programas. Porque ninguém fala disto! Este esvaziar da comunicação social em geral é muito grave, porque não se sabe o que vai acontecer e por isso não se ama o teatro, não se ama a música, não se ama a cultura.

Gostaríamos de agradecer a vossa simpatia de receber a Descendências Magazine e de nos dar esta oportunidade de conhecer internamente um festival e os seus fundadores.

Mário e Beatriz: Obrigada Nós!

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