Selectra

Empresa associada do mês

Comecemos a nossa conversa por conhecer um pouco melhor o percurso do Rodrigo Ferrão.

Ao longo do meu percurso acumulei experiência em diversas áreas, com foco em vendas e negociação. Durante os meus estudos em Direito, trabalhei em livrarias e na gestão de clientes na indústria têxtil do norte do país, atuando como intermediário entre a produção e algumas marcas, com enfoque na expansão para o mercado norte-americano. Posteriormente, dediquei-me à gestão e organização de eventos culturais, antes de ingressar no mercado imobiliário e, mais tarde, nas vendas de manuais escolares. Há mais de um ano, integro a equipa da Selectra, onde desempenho funções relacionadas com parcerias estratégicas, num contexto de expansão significativa da marca a nível nacional e internacional.

Como surgiu a Selectra em Portugal? Qual foi a motivação por trás da criação da empresa?

A Selectra iniciou as suas atividades em Portugal, em 2016, impulsionada por uma lacuna identificada no mercado. A motivação por trás da criação da empresa foi proporcionar aos consumidores uma maneira simples e eficiente de comparar e contratar serviços essenciais, como eletricidade, gás e telecomunicações, visando economizar tempo e dinheiro. Desde então, o nosso objetivo tem sido oferecer transparência, facilidade de comparação e economia de tempo aos clientes, capacitando-os a tomar decisões informadas sobre os serviços que melhor atendem às suas necessidades.

Atualmente, quais são os principais serviços/produtos disponibilizados pela Selectra e a quem se destinam?

A nossa especialidade é a mudança de titularidade ou ativação de contratos no tema de energia, isto é, tarifas de luz e gás natural – residencial e empresas. Logo a seguir vem o importante sector das telecomunicações, que engloba os pacotes de TV, Internet, móvel ou fixo. Entretanto entrámos no ramo dos alarmes, mas também temos serviços ligados à manutenção ou reparação de equipamentos e, por fim, uma subscrição para proteger a pegada de carbono, com apoio a um projeto internacional.

Rodrigo Ferrão, Head of Strategic Partnerships

Quais são as características distintivas da sua marca em comparação com outras empresas do mesmo ramo?

Em Portugal, não existe outra empresa que aconselhe tantos consumidores em relação às tarifas de luz ou gás natural como nós. Somos líderes na poupança que o nosso aconselhamento proporciona. Uma grande diferença é que não vamos atrás dos clientes: são eles que nos contactam através das várias páginas associadas à nossa marca. Também oferecemos serviços únicos, através de equipas que lidam com a ativação de contratos ou mudanças de titularidade, tudo sob o mesmo teto.

Como é que o Rodrigo Ferrão identifica e seleciona os parceiros prestadores de serviços pela Selectra?

É um trabalho de acompanhamento constante do mercado. Uma das formas é analisar o comportamento dos clientes residenciais e das empresas, tanto na eletricidade como no gás. Atualmente, uma tarifa pode ser a mais competitiva, mas a qualquer momento pode surgir uma nova oferta noutra empresa. O mercado ibérico de energia é altamente competitivo e essa tendência continuará. Além disso, estou sempre à procura de empresas interessadas em rever as faturas dos colaboradores e de todas as instalações ou empresas com as quais concordamos numa parceria baseada no envio de clientes: sempre que um contrato é convertido, pagamos uma comissão.

Como é que a Selectra ajuda os consumidores a compreender melhor as opções disponíveis no mercado energético e a fazer escolhas informadas?

A Selectra ajuda os consumidores a compreender melhor as opções disponíveis no mercado energético e a fazer escolhas informadas através de diversas iniciativas. Primeiro, oferecemos um comparador online onde estes podem comparar facilmente as diferentes tarifas e planos oferecidos pelas várias empresas de energia. Além disso, fornecemos informações detalhadas sobre os termos, condições e custos associados a cada oferta, para que possam tomar decisões bem fundamentadas. Também disponibilizamos apoio personalizado através dos nossos especialistas em energia, que estão disponíveis para responder a quaisquer perguntas e orientá-los no processo de escolha da melhor opção para as suas necessidades específicas. Em suma, facilitamos a vida aos nossos clientes, poupando-lhes tempo e dinheiro.

Quais são as tendências emergentes no setor energético em Portugal e como a Selectra está a adaptar-se a essas mudanças?

Prefiro sublinhar que, num país que é culturalmente muito clubístico ou de modas, é importante observar que os portugueses estão mais abertos à mudança. É curioso que quando falamos de uma marca dizemos “Eu sou X!”, como se fossemos sua propriedade. Esta pouca abertura continua a fazer com que determinados sectores não evoluam, mas o da energia é algo que está a mudar.
Há cada vez mais clientes a experimentar novas empresas e a dar este passo de forma regular e com níveis de exigência maiores. A Selectra, enquanto facilitadora nesta cadeia, especializa-se no atendimento e a guiar os clientes neste caminho que é complexo e onde existem várias dúvidas. Obviamente que quem liga para cá procura que lhe sejam dadas várias possibilidades, com diferentes tarifas e soluções, pelo que é preciso centrar-nos cada vez mais na qualificação dos clientes. É importante demonstrar confiança na contratação por telefone, algo que é e será uma tendência futura. O longo tempo passado nas filas das lojas é um modelo que vai acabar.

Em termos de sustentabilidade e energias renováveis, qual é a abordagem da Selectra e como está a promover práticas mais ecológicas entre os consumidores?

Na Selectra, adotamos uma abordagem pró-ativa em relação à sustentabilidade e energias renováveis. Além de oferecermos serviços de consultoria energética para ajudar os consumidores a reduzirem o seu consumo e optarem por fontes mais limpas de energia como alguns fornecedores têm, também disponibilizamos um serviço de pegada de carbono. Este serviço permite que os consumidores compensem as emissões de carbono associadas ao seu consumo de energia, contribuindo assim para um ambiente mais saudável e sustentável. Há consumidores que querem fazer do mundo um espaço melhor e nós apoiamos um projeto que respeita a sustentabilidade e a natureza.

Como descreveria o cenário atual do mercado energético em Portugal e quais são os principais desafios enfrentados pelos consumidores?

Atualmente, o mercado energético em Portugal enfrenta diversos desafios e está a passar por algumas transformações significativas. A liberalização do mercado aumentou a complexidade na escolha de tarifas e fornecedores. É aqui onde a Selectra atua.
Os consumidores enfrentam desafios relacionados com a compreensão das tarifas, a escolha do fornecedor mais adequado e a própria gestão do consumo de energia. Muitas vezes, a falta de informação e transparência por parte das empresas dificulta a tomada de decisão dos consumidores, que acabam por não utilizar as melhores condições disponíveis no mercado. Na Selectra, temos diversos guias online que explicam uma variedade de conceitos e oferecem formas de poupar. Se o consumidor pretender uma ajuda mais personalizada, tem à disposição um dos mais de 100 especialistas em energia que a Selectra tem para satisfazer as necessidades das pessoas com ou sem contrato em Portugal.
Ainda neste sentido, as flutuações nos preços da energia e as oscilações na oferta de eletricidade e gás natural podem afetar diretamente o bolso dos consumidores, tornando essencial uma gestão eficiente e consciente do consumo, pelo que aconselhamos a revisão das suas faturas pelo menos duas vezes por ano.

Quais são os principais desafios que enfrentaram no início de atividade da Selectra em Portugal?

Os desafios iniciais prenderam-se sobretudo com a adaptação ao consumidor português, que tinha alguma relutância em utilizar o telefone e é tendencialmente mais desconfiado. Isto parece estar a desvanecer, apesar de existirem alguns receios, sobretudo porque existe uma franja substancial da população que não tem tanta destreza na informação que encontra na Internet. Quanto aos desafios de abrir um escritório de grande dimensão em Lisboa, prendem-se sobretudo com a criação de equipas, do desenvolvimento de uma cultura de vendas e identidade. É um trabalho constante de formação e partilha de casos e ocorrências no contexto de atendimento, procurando trabalhar a excelência.

Trabalha com clientes fora de Portugal? Os serviços da Selectra estão presentes em que países?

Imenso, cada vez mais. As pessoas estrangeiras não têm quem os aconselhe sobre múltiplos serviços e as particularidades de cada um como a Selectra faz. É uma mais valia ser atendido por equipas que falam diversas línguas e ajudam as pessoas a resolver dúvidas, algo que nem sempre se encontra numa forma direta ou a ir a uma loja. Além disso, muitos cidadãos ainda estão no seu país de origem, mas é possível organizar a contratação dos nossos serviços à distância.
No que toca à internacionalização da Selectra, esta tem sede em Madrid, mas está presente em 16 países como Espanha, México, França, Itália, Alemanha e Japão e conta com mais de 1500 colaboradores em todo o mundo. Para ajudar os consumidores do mercado português, a Selectra tem trabalhadores dedicados nos seus escritórios de Lisboa, Madrid e Sevilha, permitindo um atendimento personalizado a qualquer dúvida que chegue até nós.

Quais são os principais planos de expansão ou novos serviços que a empresa tem para o futuro?

A nossa presença no mercado português está a dar resultados positivos. Estamos a estudar a possibilidade de alargar a nossa oferta de serviços e estamos atentos a novas oportunidades de negócio e parcerias. Como responsável pelo lançamento de novos projetos, insisto na importância de nos sentirmos preparados antes de avançarmos. É essencial formar e capacitar as equipas, analisando cuidadosamente os benefícios e os desafios de cada nova iniciativa.
O nosso serviço Mudança Fácil continua a ter um grande impacto e recebemos o interesse de várias parcerias, especialmente no sector imobiliário. Orgulhamo-nos de ter estabelecido mais de 100 parcerias até à data e estamos empenhados em reforçar esta rede. No entanto, estamos sempre abertos a novas oportunidades e estamos constantemente a trabalhar para expandir a nossa oferta.
Também estamos a apostar em apoiar os portugueses a monitorizar os seus consumos, num futuro próximo vai ser lançado um produto onde podem acompanhar e seguir dicas para otimizar a sua casa de forma interativa.

O que podemos continuar a esperar da Selectra num futuro próximo?

Compromisso com o cliente. Não é por acaso que podemos ler tantos comentários positivos na Internet sobre o nosso atendimento, é algo que estamos sempre a trabalhar. Isto eleva a nossa responsabilidade com os nossos clientes, mas também a exigência junto dos parceiros. Fazemos parte de um ciclo de venda de produtos onde existem muitas reclamações, muitas vezes mal direcionadas. Fico orgulhoso de pertencer a uma empresa que está nos topos do atendimento e é lá que queremos estar no futuro.

Como sente a portugalidade? É um tema presente na sua empresa?

Esta é uma pergunta bastante interessante, pois somos um país pequeno, mas com grandes feitos. Pertencendo a uma empresa de escala mundial já presente em 4 continentes, não posso deixar de elogiar todos os colaboradores que constroem a nossa identidade e o orgulho imenso de atingirmos as metas com sucesso. O perfil português é muito apreciado, pois somos resolutivos e falamos várias línguas. Acredito que isso nos vai fazer chegar às latitudes onde se fala português, sob a nossa orientação. Todavia, não posso deixar de agradecer a todas as nacionalidades espalhadas pela lusofonia que participam neste sonho. Sente-se muito a portugalidade no meio de uma discussão sobre pratos e sabores, música ou influências culturais. Vivo o meu país e o mundo português todos os dias no escritório, sinto-me um verdadeiro privilegiado.

A internacionalização é importante para o futuro da Selectra?

A internacionalização faz parte da Selectra, pois o sonho começou a ganhar escala entre um grupo de amigos em França, rapidamente chegou a Espanha e hoje está em 16 países. É um negócio que faz sentido, pois as pessoas querem estar informadas sobre tarifas e não ter que estar constantemente preocupadas com as contas. O princípio é facilitar a vida das pessoas: deixar de ficar dependente de uma fatura para passarmos a ser a Selectra a sugerir alterações. Neste sentido, em breve, vamos desenvolver algo muito importante para o nosso futuro e o dos consumidores. O processo de operação é muito interessante, pois começa com a preparação num país e vai-se, aos poucos, estudando a implementação noutro. A evolução no mundo espanhol permite-nos estar em vários países latinos, quem sabe até onde vai o mundo português? Espero que longe!

A AILD está a criar uma rede internacional de pessoas que se vão poder interligar e colaborar entre si. Como vê este projeto e quais as vossas expectativas?

Numa era em que a globalização traz tanto de bom, é preciso criar estruturas e associações como a AILD, pois a identidade e pertença é um valor que está relativamente ameaçado. É preciso preservar cultura, língua, tradições e modos de estar. Os portugueses e os povos lusófonos sempre construíram pontes extraordinárias e ricas, não só no seu canal privilegiado de relações, como na diplomacia e relação com as demais nações. Esse humanismo exemplar é algo que o mundo tem a aprender connosco. As empresas, as associações, os cidadãos e os governos devem trabalhar nisso. Vejo este projeto como uma iniciativa extremamente positiva, que não apenas promove a lusofonia e as suas ramificações, mas também garante a preservação da nossa rica cultura e língua. Expresso a minha esperança de que este projeto continue a atrair pessoas e a crescer, fortalecendo ainda mais os nossos laços linguísticos e culturais.

Que palavras deixaria sobre a AILD aos empresários que irão ler esta entrevista relativamente a esta plataforma global?

A todos os empresários que me leem deixo uma palavra de encorajamento para que persistam, através do trabalho e perseverança, na busca de soluções de implementação em novos países. É muito importante dar passos seguros e isso implica estudar bem todas as oportunidades e dificuldades no terreno. É também necessária uma certa dose de paciência, pois é sempre improvável despistar todas as pedras no caminho. É preciso ter bem trabalhadas as emoções, pois muitas coisas advêm da tentativa e erro. Não desistir, não virar a cara na primeira dificuldade, mas colocar energia e trabalho em tudo o que se faça.

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