Vanessa Rodrigues Lima
Palavra ao Associado AILD
Neta de portugueses, emigrados para o Rio de Janeiro. Por vicissitudes da vida, aos seis anos a sua família materna retornou a Portugal. Deixou no Brasil o seu pai e a restante parte da família paterna. Entre os 6 e 17 anos viveu em Monção. Completou a licenciatura em Coimbra e o mestrado em Lisboa. Tendo vivenciado em primeira mão o que é ser um imigrante desde muito jovem, logo que se deparou com o mercado de trabalho, a paixão pelo Direito da Imigração foi imediata. Desde 2013 é advogada, em Lisboa, focada na vertente da imigração e do investimento estrangeiro.
O que faz profissionalmente?
Sou Advogada em Portugal, focada na vertente da imigração e investimento estrangeiro em Portugal, nomeadamente na área de clientes privados, na transferência de residência para Portugal, desenvolvimento, execução e acompanhamento de investimentos, obtenção da nacionalidade Portuguesa e assuntos conexos. Sou também Vice-Presidente da PAIIR – Portuguese Association of Immigration, Investment and Relocation.
Pode descrever resumidamente o seu percurso profissional?
Sou Licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mestre em Direito Empresarial e pós-graduada em Direito Imobiliário tendo participado em várias formações no âmbito do Direito à nacionalidade. Contabilizo já quase 10 anos de experiência na assessoria jurídica a clientes privados e empresas nacionais e estrangeiras em diversos processos de investimento e transferência de residência para Portugal. Ao longo da minha carreira tive o privilégio de trabalhar em três dos melhores escritórios de Advogados em Portugal na área de Imigração e Investimento o que me possibilitou agregar uma elevada experiência e assessorar os mais variados casos, o que, inquestionavelmente, fez de mim a advogada que sou hoje.
O que a distingue profissionalmente?
Sobretudo na minha área de atuação, o que os clientes mais valorizam é a capacidade de resposta, rigor no aconselhamento e proximidade, no sentido de estar acessível e disponível para ajudar a solucionar os seus problemas. Nenhum assunto é pequeno demais para não merecer a minha atenção e interesse. Desta forma o cliente sente-se acolhido e a relação de confiança e empatia entre Advogado-Cliente é construída de uma forma bastante mais sólida e duradoura.
Desafios e projetos para 2021?
Recentemente, em Maio de 2021, fundei a VRL Legal e, desta forma, tornei-me Advogada & Empreendedora cuja principal missão é prestar assistência jurídica altamente personalizada, feita à medida das necessidades dos Clientes procurando sempre corresponder às expectativas, pensando fora da caixa, mas também apresentando-me como uma solucionadora de problemas. Dito isto, o grande desafio deste ano é desenvolver este projeto que, apesar de jovem, já esta a dar bons frutos e tenho recebido um excelente feedback de todos, mas principalmente dos clientes, o que me deixa mesmo muito feliz e realizada! Bem sei que tenho ainda muito a percorrer, mas o caminho começa caminhando! Aproveito para convidar os nossos leitores a visitar o site – www.vrl-legal.com
Considera importante a existência de políticas e ações para uma maior aproximação de Portugal às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo?
Sem dúvida. Aliás as entidades competentes portuguesas deviam estar mais atentas às necessidades da comunidade de lusodescendentes, adotando medidas e estratégias diversificadas que potencializem a proximidade entre as comunidades. O que poderia ser feito nesse sentido? Sem pensar muito, apostar fortemente na melhoria do nosso sistema consular que não corresponde às expetativas das comunidades.
O que mais gosta em Portugal?
Portugal tem fortes argumentos, mas diria que o que mais gosto e valorizo é o clima e a segurança. Mas não posso deixar de referir a gastronomia!
O que menos gosta?
Sem dúvida a burocracia e inércia dos serviços públicos.
Porque se tornou associada da AILD?
Com a criação da VRL Legal sinto cada vez mais a necessidade de participar, de uma forma mais ativa, na vida associativa dos lusodescendentes e aprofundar essa ligação.
Quais os projetos que pretende desenvolver na AILD?
Pretendo participar de forma ativa nas iniciativas desenvolvidas e a desenvolver pela associação de forma a contribuir, na medida do possível, para a proximidade das comunidades lusodescendentes.
Inevitável no momento que estamos a atravessar perguntar-lhe como está a “sobreviver” a esta pandemia? Que impacto está a ter na sua vida?
Com a reabertura das escolas, posso dizer que o “pior” já passou. Foi muito complicado conciliar a visa profissional e pessoal quando temos de cuidar de um bebé. Esse foi o grande desafio que considero ter ultrapassado com sucesso contando com o apoio da minha família! A nível profissional, não houve muito impacto, pelo contrário: com tantas restrições de circulação e alteração constantes da legislação, houve uma forte procura de aconselhamento jurídico da área da imigração.
Uma mensagem para as comunidades portuguesas e/ou lusodescendentes?
Espero, sinceramente que estejam todos bem. Desejo a todos ânimo e força para ultrapassar esta fase que, com certeza, passará! Fiquem em segurança e não corram riscos.