Cravos da Liberdade


Na escura noite da Ditadura –
A coragem começou uma aventura.
Movimento das Forças Armadas –
Para Novos Tempos foram designadas.
“… o estado a que chegámos.” –
Decisiva declaração.
O princípio do fim pronunciado com convicção.
Coluna Militar – Secreta nas Estradas.
Novas Ordens bem guardadas.
Escola Prática de Cavalaria –
De Santarém para o Terreiro do Paço.
Entre Triunfo e Fatalidade decisivo Passo.
No Posto Comando da Pontinha começaram.
A Emissora Rádio Clube Português ocuparam.
Capitães suas vidas arriscaram.
Com Esperança duas senhas lançaram.
No silêncio na rádio entoaram.
Para sempre – na memória ficaram.
“E depois do Adeus” começou a História.
“Grândola Vila Morena” cantou Vitória.
De madrugada a Lisboa chegaram.
Com armas e coração rezaram.
Pararam ao sinal encarnado.
Porém, já tinham muito caminho andado.
Lenço Branco contra a Guerra elegeu.
Decisão de Vida à Ordem desobedeceu.
A Liberdade, ninguém consegue prender.
A Verdade tem a Justiça para crer.
O País em nome da Pátria defenderam.
Com a História de Portugal venceram.
No Quartel do Carmo a Ditadura se refugiou.

Secreta Poeta

Rosa dos Ventos – Poético Ensaio Biográfico

Palavra enigmática como a do “Emigrante” ou da “Emigração”. Emigrar é uma viagem para um Futuro incógnito. O emigrante procura nos quatro cantos do Mundo o seu Fado. Denominado “Estrangeiro” no país de acolhimento. “Emigrante” na sua Pátria. Por vezes, como vivi, “A pequena Portuguesa”. O nome? Não esquecido, mas situado no Mundo, onde procura sua identidade. Alma Lusitana dado a Descendência, Mente Multicultural e Coração, ao longo do tempo, que encontra
duas Pátrias. Ser Emigrante é também ser Cosmopolita. Viver entre Fronteiras, várias Culturas e diferentes Visões de Vida. No meio do Nacional e Internacional encontrar seu caminho é por vezes uma Odisseia. Como os Navegadores que admiram a Rosa dos Ventos e se questionam, se realmente chegam a Porto seguro. Escrever também é a procura do
singular estilo. Saber para onde se pretende de forma literária caminhar: Prosa ou Poesia, quais temas, áreas, em qual idioma (no presente caso: alemão, francês, inglês ou português) etc.
Desde a minha infância, que escrevo. De início reinava o “adorar” escrever. Navegava em
todas as direções da Literária Rosa dos Ventos.
Porém, um dia inesperadamente, quase de forma Divina, recebi a resposta. Finalista do Liceu (Abitur) e orgulhosa de começar como Estudante na Universidade de Frankfurt am Main, recebi um inédito presente:

O Livro “Ilustríssimos Senhores” de Albino
Luciani – Sua Santidade Papa João Paulo I.
Cartas Imaginárias – A Rosa dos Ventos da Vida começou a indicar o caminho para as “Cartas da Vida”.
Finalista com a formação de Historiadora
(Lic.) surgiu o inovador pensar:

Porque não constituir uma Aliança entre História e a Paixão da Poesia, circunscritas com Fé, Esperança e Coragem, que em Tempos difíceis simbolizam a celestial Tocha na Escuridão, que procura iluminar o Caminho da Vida para a realização de Sonhos e Objetivos? Ao mesmo tempo porque não deixar a Caneta Pena dançar no Papel como se tocasse nas teclas de um Piano Clássico (Pianista), a fim de escrever com o som de Letras e Palavras encantadoras Melodias de Literatura?

Lentamente a “Rosa das Letras” escrevia à Vida como quem escreve Cartas. Como nos Contos Natalícios guardavas na gaveta como se fosse uma “Misteriosa Musical Arca de Natal”. A “Secreta Poeta” foi a Figura escolhida para a Autora do conteúdo da “Histórica Arca da Poesia”. Sonhava com “Asas para voar”. Em vez de procurar publicar, decidi realizar um outro sonho:
Hospedeira de Terra no Aeroporto de Frankfurt am Main na área de uma Companhia Americana. Um Mundo bem diferente do conhecido Académico. Mas a Saudade da Caneta Pena era uma Voz mais alta. A Paz e Tranquilidade que como um Xaile oferece conforto quando se começa a escrever ou a ler, recordava a expressão, que possivelmente somente é Lusitana:

“Silêncio – canta-se o Fado!”

Voltei para o Fado que Deus destinou: Escrever a Luz da Vela e ser fiel à Caneta Pena, ao Tinteiro e Papel. O Segredo da escrita permaneceu. “Voltei” em 2007 para Portugal. Creio que a palavra certa, seria mais “emigrei” para o País, que, dado a Descendência, sempre pensei ser a minha Pátria. Estranho pensar? Talvez. Nasci na Alemanha perto de Frankfurt. Vivi e estudei no país de acolhimento. Quando cheguei a Portugal – deparei-me perante um incógnito Futuro. Em 2018 decidi dar atenção à chamada da Poesia e começar a publicar. Escolhi o Natal 2023, assim como, dado as “Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril” o Projeto “Coluna dos Cravos Encarnados – Ramo da Liberdade”.

Santarém – “Correio do Ribatejo” foi a resposta à Prece. Em 1974 a Coluna do Eterno Capitão Salgueiro Maia partiu de Santarém.
2024 – o mencionado Jornal, não somente apresentou a primeira entrevista, assim como o primeiro Poema da “Secreta Poeta” e concretizou a Poética Partida da “Coluna dos Cravos da Liberdade”.

Começou a Realização do Projeto. O eco surpreendeu e o Ramo da Liberdade conta até ao presente momento com mais de 25 Jornalísticos Cravos. Surgiu a proposta para se chegar aos 50. Verifiquei, que a Literária Coluna saiu da Esfera da minha Autoria e passou para o Mundo do Jornalismo. Significa uma Poética Honra. Por conseguinte, não perder a Coragem, a fim de realizar o Quadro-Postal com o desenho do Ramo da Liberdade: cada Cravo apresenta o Monograma de cada Jornalística Entidade que participou na Homenagem aos Capitães de Abril.

“Rosa dos Ventos”, que se transformou em “Rosa das Palavras” ao escolher o estilo: “Cartas da Vida”.

“Olhar para o Mundo. Com pensar profundo. Da tristeza à alegria –
À Luz da Vela escrevo Poesia.
Como Fernando Pessoa ?
– Não sei escrever.
Com Camões?
– Muito menos concorrer. Poemas gosto de oferecer. E uma Luz acender.
Que o ler traga conforto.
E chegue sempre a “Bom Porto”.
A atenção – do coração – agradeço.
E novo Poema – com prazer – ofereço.”

O escolhido Poema dedico ao “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”, assim como a todas/os Leitoras/es, que gostem de ler a Obra da Secreta Poeta:
Sou Lusodescendente, escrevo Poesias e em Portugal a “Misteriosa Musical Arca de Natal da Poesia da Secreta Poeta” recebeu reconhecimento para ser publicada.

Isalita Pereira
Historiadora-Poeta

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