Mensagem do Presidente Philippe Fernandes

Associação Internacional dos Lusodescendentes

Língua Portuguesa

Seis anos depois do grande incêndio do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, vai ser agora reinaugurado, em pleno coração de São Paulo, na Estação da Luz, num edifício que já ardeu duas vezes e que foi reconstruído três, o que talvez seja um bom presságio para a Língua Portuguesa.
A criação deste Museu reveste-se de maior importância na valorização e na afirmação da Língua Portuguesa, mas não é suficiente para que ela ganhe o estatuto que merece.
Pensemos por exemplo na língua inglesa, que se tornou a língua franca em todo o mundo, conseguindo mesmo ser a língua oficial da Comunidade Europeia, sem, no entanto, ser a língua oficial de nenhum dos países membros. Não deixa de ser interessante estudar como é que isso foi possível, já que este feito não se deveu unicamente a uma acção concertada do Reino Unido e/ou dos EUA.
A CPLP, as empresas e cada um de nós pode no seu dia-a-dia contribuir para defender o estatuto que a Língua Portuguesa pode alcançar, procurando aprender com os outros o que fazem para defender a sua língua.
Se acompanharmos os campeonatos de outros países, constataremos que as circunstâncias desses países, impelem os jogadores estrangeiros que chegam a esses campeonatos, a falarem a sua língua nacional e o mesmo acontece com os treinadores de futebol estrangeiros. Graças a isso, podemos ver o José Mourinho a falar inglês, castelhano e até italiano. Seria interessante verificar quantos jogadores e treinadores estrangeiros que passaram pelo campeonato português, saíram de Portugal a falar português.

Os portugueses têm um péssimo hábito de não ajudar os estrangeiros a dominarem a nossa língua, uma vez que, fazemos sempre o esforço de falar a língua do nosso interlocutor, privando-os do privilégio de conhecerem esta nobre Língua.
Podemos alterar esta situação contribuindo todos para que os estrangeiros aprendam a nossa língua, por exemplo, se cada empresa portuguesa incentivar nas suas delegações que todos dominem a nossa língua, também não seria má ideia se as empresas portuguesas, descobrissem o tesouro que constitui empregar os lusodescendentes locais. Decerto que estes veriam com bom grado a oportunidade de dominar melhor a língua portuguesa.
No mês passado, na XIII cimeira da CPLP, reafirmou-se que a “mobilidade constitui um desígnio fulcral para a materialização da comunidade, pela sua importância para o incremento e a consolidação das relações de cooperação e amizade existentes entre os Estados-membros da CPLP e entre os seus povos, e pelo seu contributo para a aproximação da comunidade aos seus cidadãos”.
A mobilidade é importante para haver um maior conhecimento entre seus membros, e para que a riqueza gerada nos diferentes países aumente. Ninguém duvidará que se a riqueza entre os membros da CPLP crescer, se estará a dar um grande empurrão para que a língua portuguesa alcance um estatuto maior.

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