Mensagem do Presidente Philippe Fernandes

Coesão

Para celebrar os 70 anos da emigração portuguesa no Canadá, O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado por outros altos representantes nacionais, visitou as comunidades portuguesas e os lusodescendentes entre os dias 13 e 17 de setembro.
A ligação de Portugal a esta área geográfica é bastante antiga. No Stantley Park de Vancouver, por exemplo, existe uma estátua de um português conhecido por Joe Silvey de nome José Silva, Açoreano, que foi viver para o Canadá em 1846, sendo a sua filha Elizabeth a primeira criança de sangue europeu nascida em Vancouver e Joe o primeiro europeu a receber a nacionalidade canadiana.
A sua estátua foi feita pelo seu trineto Luke, também ele lusodescendente.
Joe casou com a filha de um grande chefe índio local, que a tratou como sua semelhante, procurando assegurar o bem-estar futuro da sua família e da comunidade da sua mulher, garantindo-lhes território e sustento, cuidando dos mais pobres e criando inclusive uma escola.
Estima-se hoje que existem entre 500 a mil descendentes vivos de Joe, e cuja vida, inspirou inclusive um livro e um documentário.

Joe é um bom exemplo de um europeu, que se tornou um nativo canadense como seu semelhante, assegurando os seus direitos legais que para muitos, somente os brancos deveriam ter.
Os portugueses há muito que já frequentavam a região, muito antes do Canadá existir. Os portugueses já desde o século XV que pescavam o bacalhau na Terra Nova e o Labrador no Canadá, que aliás têm nomes muito portugueses…
Mesmo atualmente, o Canadá parece tão distante, apesar de nos dias que correm, a tecnologia torna qualquer distância em quase nada.
Saibamos criar uma coesão entre todas as comunidades portuguesas com a que, por agora, reside em Portugal, quebrando distâncias, aumentando o grau de representação dessas comunidades no parlamento nacional e tornando a vida dessas comunidades presente nos meios de comunicação social nacionais, evitando confiná-las na RTP Internacional. Acaba por ser irónico, os portugueses em Portugal dificilmente terem acesso à RTP Internacional e os portugueses no estrangeiro dificilmente terem acesso à RTP nacional, como se existisse uma vontade política de separar uns e outros.

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