Obra de Capa

Forma de viver

Mesmo vivendo numa ilha no meio do oceano Atlântico, não conseguimos ficar isolados do mundo. Porque existe o fenómeno da globalização, que não somente se limita ao desenvolvimento das tecnologias e telecomunicações, mas também, a mobilidade humana imposta por diversas formas de condicionalismos geoeconómicos e políticos que forçam as novas migrações fazendo com que as pessoas estejam sempre em contacto umas com as outras. Nas frágeis ilhas, reina o ”leve-leve”, que é um modo muito peculiar da população viver em sociedade. Uma prática quase filosófica que no território todos que lá se fixam, adaptam-se a esta forma de viver e contemplar a natureza, quase na crença de que a entidade divina oferece a beleza da vida abrindo o espaço imaginativo de que o básico não é o suficiente para o quotidiano e que além da linha do horizonte marítimo que cerca a ilha existe outros mundos por explorar. Estar a janela em todas as auroras é um momento especial para a introspeção.
Assim, numa cultura em que as práticas do quotidiano é viver em grupos e conviver no quintal, a beira estrada, etc. alimentamos a esperança num plano macroscópico que o arquipélago esteja realmente mais conectado com os “quintais do mundo”.



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