Sulpasteis

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Pode-nos contar um pouco sobre o seu percurso profissional antes de se tornar Diretor Geral da Sulpasteis?

Iniciei a minha atividade profissional em 2001, na Sulpasteis. Depois,exerci funções públicas de Chefe de Gabinete e Governador Civil de Coimbra, Presidente da Câmara Municipal de Arganil e Secretário-Geral da Associação Informática da Região Centro (AIRC). Em 2020, regressei à Sulpasteis, para integrar o seu Departamento da Qualidade, tendo em 2021 assumido a Direção Técnica, de Manutenção e Relações Externas da empresa. Há cerca de um ano, que exerço as funções de Diretor Geral da Sulpasteis.

Fale-nos sobre a história da Sulpasteis e como a empresa tem evoluído ao longo dos anos?

A Sulpasteis é uma empresa, que produz salgados ultracongelados, que nasceu em Fernão Ferro, Seixal, em 1994. Transferiu-se, em 1998, para Arganil, região de onde eram originários os seus sócios fundadores. De raiz familiar, a Sulpasteis ampliou as suas instalações em 2004 e, novamente, em 2023. Construiu uma segunda fábrica, em 2006, que se dedica à transformação e produção de elaborados de peixe.
Em 2020, a maioria do seu capital foi adquirido pelo Grupo Congalsa, que está sediado na Galiza (Espanha). Iniciou-se, então, um período de profunda transformação da empresa, com um forte investimento na modernização e automatização da área produtiva e com a criação de uma nova estrutura diretiva, incluindo a introdução de novas áreas, como a Inovação e a Melhoria Contínua.
No início de 2024, o Grupo Congalsa tornou-se o único acionista da Sulpasteis.

Quais são os principais mercados onde a Sulpasteis está presente? E como a empresa se diferencia da concorrência no setor?

Estamos, sobretudo no canal HORECA (Hotéis, Restaurantes e Cafés), mas no âmbito da estratégia de diversificação de mercados, entrámos recentemente no canal do Retalho, no qual já estamos a fornecer alguns clientes de referência.
A Sulpasteis sempre se diferenciou dos seus concorrentes pela excelente qualidade dos seus produtos. Neste domínio, a aposta na automatização dos nossos processos produtivos, não nos afastou do objetivo de continuarmos a produzir os melhores salgados de Portugal, sem nunca perder as suas características artesanais, que os distinguiram e continuam a distinguir dos demais.A qualidade dos nossos produtos é a nossa principal prioridade e a satisfação do nosso Cliente o nosso maior objetivo!

Ricardo Alves, CEO Sulpasteis

Que papel desempenha a inovação nos produtos da Sulpasteis? Há novos produtos ou melhorias que estejam a planear lançar em breve?

A criação da área da Inovação na Sulpasteis, marcou a vontade de, por um lado, apostar na modernização da sua atividade produtiva, com o enorme cuidado de nunca comprometer as características artesanais e a qualidade dos seus produtos, e, por outro, de desenvolver novos produtos, em linha com as tendências do mercado, como são os produtos vegetarianos e os produtos para o forno.

A sustentabilidade tem sido uma preocupação crescente para muitas empresas. Que medidas a Sulpasteis tem implementado para garantir uma produção mais sustentável?

A Sulpasteis tem investido, em primeiro lugar, nas pessoas, que são o seu maior ativo, com uma política de recursos humanos focada em premiar o mérito, visando a satisfação de todos os seus colaboradores.
Por outro lado, a estratégia de aumento da eficiência energética, com a introdução de novos equipamentos e novos processos, geradores de menor pegada ecológica e, simultaneamente, com menor consumo de energia, a diversificação das fontes de energia, com o recurso ao solar fotovoltaico, são ações concretas realizadas nos últimos anos, que visam a sustentabilidade económica, ambiental e social da Sulpasteis.

Quais são os maiores desafios que a Sulpasteis enfrenta atualmente no setor de pastelaria? E que oportunidades vê no futuro?

O mercado alimentar global está a sofrer profundas transformações, algumas que serão conjunturais, mas muitas, que são, inequivocamente, estruturais. As pessoas compram cada vez mais no supermercado e mudaram muito os seus hábitos alimentares, nos últimos anos.
Neste contexto, terão uma vantagem competitiva enorme as empresas que apostarem na Inovação, na diversificação de mercados e na produção de produtos de elevada qualidade, ao menor custo possível. É nesse caminho que estamos a trabalhar, enfrentando enormes desafios, mas procurando captar as melhores oportunidades.

Há planos de expansão internacional ou reforço de presença noutros países? Quais são as vossas metas para o mercado global?

Sim. Apostamos fortemente na exportação dos nossos produtos, especialmente daqueles que têm notoriedade internacional, mas também de outros produtos, sobre os quais se possam desenvolver receitas inovadoras, que vão ao encontro das preferências alimentares dos países, para onde queremos exportar ou reforçar a nossa presença como empresa exportadora, que estão na Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia.
Pretendemos, nos próximos anos duplicar as nossas exportações no mercado global.

Que importância dá a Sulpasteis à formação dos seus colaboradores e ao desenvolvimento de talento interno?

A satisfação dos nossos colaboradores, o bem-estar, o comprometimento e o seu envolvimento na a execução da estratégia da empresa são uma das nossas grandes prioridades. Neste contexto, o desenvolvimento de planos de carreira, a formação e a valorização do mérito são essenciais, no âmbito dessa prioridade estratégica. Procuramos desenvolver o talento interno, através da atribuição de novas responsabilidades a quem revela uma elevada competência e abertura à mudança no desenvolvimento do seu trabalho e na abertura de oportunidades de promoção interna, que surgem sempre antes do eventual recurso ao recrutamento externo.

Como vê o futuro da Sulpasteis nos próximos 5 a 10 anos? Quais são as grandes ambições e objetivos da empresa?

A Sulpasteis pretende ser a maior empresa portuguesa do setor dos Salgados, tendo feito, nos últimos anos, um forte investimento nas pessoas, mas também na modernização e automatização dos seus processos produtivos, com o objetivo triplicar as vendas, até 2028.
Pretendemos também ter uma forte presença no mercado internacional, tornando-nos uma empresa de referência na exportação de salgados ultracongelados.

Há alguma parceria futura que esteja particularmente entusiasmado em anunciar?

Trabalhamos todos os dias, no sentido de tornar a nossa “rede” cada vez mais forte, estabelecendo e reforçando verdadeiras relações de parceria, com os nossos fornecedores, clientes, prestadores de serviços e organizações Públicas e Privadas. É isso que nos anima e entusiasma, criando valor para a empresa e riqueza para a região e o País.

Como sente a portugalidade? É um tema presente na sua empresa?

A Portugalidade é uma expressão única e singular, que transporta o orgulho e a capacidade empreendedora dos portugueses, por todo o Mundo e que está sempre presente, em qualquer lugar, em qualquer contexto, em que se encontre um excelente produto, um ótimo serviço ou uma magnífica obra, feita por portugueses. Na Sulpasteis temos também esse propósito: produzir os melhores salgados de Portugal e vê-los reconhecidos, pela sua qualidade, em todo o Mundo.

A AILD está a criar uma rede internacional de pessoas que se vão poder interligar e colaborar entre si. Como vê este projeto e quais as vossas expectativas?

Com muito interesse e entusiasmo! O desenvolvimento de redes colaborativas, nas quais se partilham experiências e oportunidades é, cada vez mais, um instrumento essencial para a valorização das Pessoas e das Organizações, num contexto global.

?Tendo em consideração que esta entrevista será lida por muitos empresários espalhados por todo o mundo, que palavras deixaria sobre a AILD relativamente a esta plataforma global?

A AILD desempenha um papel central na afirmação e valorização da Portugalidade, alicerçada na nossa Diáspora, que tanto nos orgulha. Neste contexto, o envolvimento e a participação de todos, em particular dos empresários, nesta plataforma global, é extraordinariamente importante para o reforço da Portugalidade, mas também para a afirmação de Portugal no Mundo, nas vertentes económica, social e cultural.

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