Artur Pastor

O que será que tanto atrai e prende a Portugal?
…Será o sol? O sol de apoteose, que acaricia como uma promessa?
Será o mar? O mar que se ama e detesta, tão nosso como os próprios corações, o oceano que a gente lusa desvendou, em audácias incríveis, para dar ao mundo novos mundos?
Será o clima, que se oferece em eterna amenidade? Serão as noites que descem de mansinho, os crepúsculos que enegrecem os poentes ensanguentados?
…E tão apaixonado se fica, que os nacionais criaram a mágica palavra saudade, com que se obsequeia os que partem. A saudade é o milagre do afeto e da lembrança.
…Desde o Norte, serrano e empastado de verdes, até às praias transparentes do Algarve, diversidade enorme de usos, tipos, fainas e paisagens, se nos deparam.
Todas as imagens maravilham e entontecem, pela sua prodigalidade, multiplicando-se na medida de cada sensibilidade. Portugal não se visita apenas com o olhar, mas, também, com o coração.
…O país é na verdade estendal infinito de enternecedores detalhes, transbordante de momentos cheios de poesia e sabor próprio. Quando se sair da estrada, e em rápida decisão enveredar a esmo pelos campos, um pequeno mundo nos rodeará sempre.
…Portugal seduz como um verdadeiro apaixonado.

Artur Pastor

A Descendências Magazine agradece por toda a colaboração e preciosa ajuda de Artur Pastor filho, e à Divisão do Arquivo Municipal de Lisboa pela atenção e celeridade com que conduziram este processo, bem como pela cedência das fotografias.