Fernando Resendes

A primeira fotografia que me influenciou verdadeiramente, foi no início de 1980, teria eu cerca de 18 anos, já a máquina fotográfica era minha, uma Pentax K1000, comprada com o meu trabalho. Na rua detrás de mim, a da Mãe de Deus, morava uma senhora que percebi, por passar por ela muitas vezes, que sorria para mim. Um dia levei a máquina e perguntei-lhe se lhe podia tirar uma fotografia e ela disse que sim. Não foi preciso arranjar-se, pois estava sempre em pose cuidada. Enquadrei-a num retrato e disparei uma só foto. Poderia ter ficado mal, mas não ficou, até hoje considero que é a minha foto mais marcante. E se calhar foi mesmo o momento mais marcante da minha vida fotográfica. Obrigado Senhora!










Aprendi a fotografar como aprendi a nadar, fiz-me ao mar!
Logo o mundo à minha volta alterou-se completamente, as histórias da vida foram observadas, no aparente silêncio de uma fotografia. A minha visão deste pequeno mundo expandiu-se e fundiu-se com a imaginação do contador de histórias, que fixa o momento e lhe dá outra vida para além daquele. Não lhe chamo vício, chamo-lhe vida!
Durante todo o tempo, desde então, a minha forma de estar no mundo é fruto da mesma forma de o contar, se por um lado tenho que sair de mim para satisfazer um cliente com pensar diferente, acabo entregando um trabalho com tudo o que sou.
No tempo restante, viajo para outras paragens do olhar e conto outras histórias, as de nuvens, das rochas, do vento, do silêncio…
Também e sempre trago a cultura da minha terra, os Açores. Inseparável do mar e da terra, “como pão para a boca”.
O que aqui vos mostro sou eu.





Mariamar
6 dias agoMaravilhosos momentos/fotos 👏🏾