Angola

Passado. Que futuro?

Rio Cuanza
O rio Cuanza é o mais extenso rio exclusivamente angolano. 960 Km de curva em direção ao Norte e Oeste, que depois desagua no Atlântico, na barra do Cuanza, a Sul de Luanda. A sua bacia hidrográfica soma 152.570 km², mas o rio é apenas navegável por 258 km, desde a foz até ao Dondo. Nos anos 70 e 80, os seus lagos artificiais também forneciam água para irrigação de plantações de várias culturas no vale do Cuanza, como por exemplo, a cana de açúcar, a qual já não existe. É no maior afluente do Cuanzan, o rio Lucala, que se encontram as grandes Quedas de Kalandula. E é junto da foz do rio que encontramos o Parque Nacional da Quiçama. O rio empresta o seu nome a duas províncias de Angola: Cuanza Norte, na sua margem Norte, e Cuanza Sul, na margem oposta.

Quedas de Kalandula
As Cataratas ou quedas de Kalandula revelam-nos a beleza de uma Natureza intocada e podemos apreciá-las à medida que vamos fazendo o percurso do rio Lucala. Estas quedas são uma das mais altas do Continente africano, com a magistral altura de 105 m. Estão entre as mais impressionantes maravilhas naturais de Angola e foram recentemente consideradas uma das 7 MARAVILHAS de Angola. Contrariamente às famosas cachoeiras africanas, como são as Cataratas Victoria, as quedas da Kalandula ainda são um refúgio de paz, silêncio e sons de fauna – cada vez mais rara, na atualidade – e brisas de flora, também já não tão exuberante nem cuidada. A continuar num decréscimo de valor natural, animal e vegetal, o turismo de massa pode não chegar. Outrora, tudo convidava uma viagem de introspeção e tranquilidade. Nós e as quedas. Por sua vez, a província de Malanje é profícua em zonas de potencial interesse turístico. As “pedras negras” é um exemplo de lugar místico com uma história interessante.

Angola, Angola
Angola foi um dos três países do mundo com maior biodiversidade. Isso refletiu-se especialmente nesta região. A vida vegetal exótica, em comunhão perfeita com espécies raras, mas, atualmente, ameaçadas de animais, torna a visita a Malanje uma experiência única para todos os sentidos. Se mergulhar nas florestas tropicais mais recônditas de Angola pode tocar África do mesmo modo que África continua a tocar em nós: nos que lá nasceram e naqueles que a visitam: de modo profundamente veemente e genuíno.

Parque Nacional da Quiçama
Este magistral Parque Nacional localiza-se a 70 km a Sul da cidade capital, na Província de Bengo, com uma vastidão de 960.000 hectares. Tem como limites naturais o rio Kwanza, o rio Longa e o Oceano Atlântico. O seu potencial turístico foi desmedido, dada a sua proximidade à capital do país, como também devido às suas paisagens de diferentes ecossistemas e de grande diversidade da fauna e flora, atualmente em perigo. Onde existiam elefantes e outros, existem no momento algumas cabeças de gado bovino, que alguns resistentes insistem em manter. Apenas para quem gostava de observar as variadas espécies, sem desrespeitar o seu fervilhar de vida, esta foi uma zona exuberante. No presente, e de acordo com plataformas turísticas, as infraestruturas existentes têm aptidão para acolher alguns turistas e já existe um roteiro turístico que permite aos visitantes a observação de alguns animais, como o desfrutar das paisagens brutalmente naturais. No Parque predomina o bosque seco em mosaico, do tipo savana. No entanto, também encontramos zonas lamacentas e mangais (árvores de manga).
O clima é seco-chuvoso, com temperaturas médias a rondar os 27-28 ºC, na época de chuvas e de 23-24 ºC, durante a época seca. Para visitar com sol, a melhor época do ano é de maio a outubro. Relativamente à sua flora, o Parque Nacional da Quiçama situa-se na região fitogeográfica zambezíaca, que ocupa mais de 80% de Angola. Os géneros mais representativos no Parque Nacional da Quiçama são a Acacia, Sterculia, Adansonia, Euphorbia e Commiphora. A espécie específica da área é a Tessmannia camoneana. Quanto à fauna do Parque, esta era, ainda no início do novo século, tradicionalmente, tipificada por elefantes, pacaças, palancas vermelhas, gungas, hipopótamos, manatins, tartarugas marinhas, nunces, golungos, bambis, seixas, facocheros e javalis. Nos anos 70, existiam, por exemplo, cerca de 800 elefantes e 3000 pacaças. Estas últimas representavam o símbolo do Parque. Hoje, infelizmente, avistam-se, com raridade, estes animais. O ecossistema marinho compreende 120 km de costa atlântica, desde a barra do Kwanza até à foz do rio Longa. A diversidade biológica é abundante e destacam-se as tartarugas marinhas, espécie ameaçada de extinção. Contudo, a qualidade do peixe fresco não se tem mantido e simultaneamente, assiste-se a um êxodo rural para Luanda. Quando visitar Angola, informe-se sobre a atualidade da preservação destas zonas, não obstante a exuberância natural perdurar aos nossos olhos. Fique a par das vacinas que deve tomar e sobre os períodos que antecedem a sua toma. Boa viagem!

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