Jornal Luso-Americano

Jornal Impresso | 33.000 Exemplares | Bissemanal, quartas e sextas | Leitores em 46 Estados Americanos

Fundado à 94 anos

Quando e como nasceu o jornal Luso-americano e quem foram os seus fundadores?

O jornal Luso-Americano foi fundado por Vasco Jardim em 1928 e desde então tem-se afirmado como porta-voz das comunidades portuguesas em todo o país.

Com que apoios contaram para iniciar este projeto?

Não contamos com quaisquer apoios oficiais para além dos subscritores e da publicidade.

Quais as motivações que estiveram na base deste projeto?

As motivações foram a ligação intercomunitária. Todos querem saber o que se passa nas outras comunidades. Só em Newark e áreas circundantes vendemos mais de 15 mil jornais por edição. Em virtude das páginas de classificados há muitos leitores hispânicos que procuram emprego e americanos que pretendem comprar, vender ou alugar as suas casas.

Como foi realizada a transição para o online? Em que medida se justifica continuar a publicação em papel? De que modo se realiza a distribuição? Em que locais se pode adquirir o jornal?

A edição online começou em 2016 e já tem sucesso. Mais de mil leitores já leem o nosso jornal na internet. Muitos optam também por fazer publicidade na edição digital por estar disponível com algumas horas de antecedência. É publicado às quartas e sextas com leitores em 46 estados americanos. Tem uma tiragem média de 33 mil exemplares, com a maior parte enviada por correio para os assinantes e o restante distribuído por cerca de 300 postos de venda nas áreas de Nova Iorque e New Jersey. Possuímos cerca de duas dezenas de correspondentes nas comunidades de maior expressão nos Estados Unidos, desde a Califórnia à Nova Inglaterra. É importante referir que possuímos assinantes há mais de 50 anos. Possuímos um arquivo em papel do jornal desde a sua fundação e está completamente digitalizado e tem servido para inúmeras teses académicas. Temos uma rede própria de distribuição que levanta o jornal da gráfica, pela uma hora de Newark e posteriormente procede à distribuição pelas comunidades a qual demora várias horas.

Quais as temáticas mais interessantes para os leitores de outrora e do presente?

Optamos, no contexto editorial, por dar destaque às comunidades portuguesas, notícias de Portugal que interessam às comunidades e notícias americanas com relação direta com as comunidades. De uma forma geral destacamos também os portugueses de sucesso e as iniciativas dos clubes e associações. Em relação ao passado, as comunidades eram maiores e tinham outra expressão. Atualmente o congelamento da emigração tem sido prejudicial ao aumento das comunidades. Continuam a ser os ranchos folclóricos os grandes transmissores da promoção da cultura popular. Cerca de 5 mil jovens dividem-se por dezenas de grupos etnográficos aos quais dedicam o seu tempo livre. O sistema escolar tem ajudado, sobretudo onde ainda há escolas portuguesas, que é o caso de Newark, Elizabeth, Long Branch, Lodi, Harrison e outras. Por exemplo, A escola Luís de Camões já teve 400 alunos e hoje está reduzida a pouco mais de 100. Atualmente o jornal é propriedade da família Matinho, António e Natália e do filho Paul. A redação é composta por sete jornalistas.

António Matinho e o filho Paul

O jornal “Luso-Americano” foi fundado em 1928 em Newark, New Jersey, por um grupo de portugueses da qual faziam parte o Dr. J. Lobo, o Dr. M. Conceição Junior, Manuel Castro e Valentim Rocha. O arranque não foi fácil. Era reduzido o mercado existente para um jornal em língua portuguesa. Segundo o Censo de 1930, residiam no estado de New Jersey apenas 6209 portugueses, 4411 dos quais nascidos em Portugal. Por outro lado, na economia americana afloravam os primeiros sintomas da profunda recessão económica que marcaria o fim da década e o início dos anos 30. O jornal não resistiu.
Em Dezembro de 1939, o título foi retomado por Vasco Jardim, que lançou o jornal que é hoje o “Luso-Americano”, sendo seu diretor até 1979, ano em que o passou ao seu genro António Matinho. Em 1988, tornou-se um bi-semanário, estatuto que mantém, sendo publicado à quarta e sexta-feira. Em 1998, a redação e a secção de publicidade do jornal foram instaladas num prédio moderno situado no 66 da Union Street, Newark, permanecendo o escritório no endereço “histórico” do jornal 88 Ferry Street, Newark, onde foi a sua sede desde 1944; em 2019, a administração do jornal decidiu consolidar toda a sua operação no edifício-sede da Union Street, onde hoje se mantém. Nesta estão localizados os departamentos de distribuição, contabilidade, serviço ao cliente e livraria. Em 2010, o LUSO-AMERICANO lança o seu portal, onde presentemente é também possível ter-se acesso a vários conteúdos noticiosos e de carácter comercial (nomeadamente a sua extensiva secção de classificados).
Fazem parte do corpo redatorial deste bi-semanário 5 jornalistas a tempo inteiro, vários colaboradores e dezenas de correspondentes. António Matinho é o diretor executivo do jornal, Paul Matinho é o diretor de operações e o chefe de redação Henrique Mano. Presentemente, o “Luso-Americano” é o único órgão de informação em língua portuguesa com circulação nacional entre as comunidades portuguesa e brasileira nos Estados Unidos.

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